Dia 2 de Improv 2 com 2 professores.
O professor Rich Backer nos avisou que não estaria conosco na primeira metade da aula de hoje e que por isso estaríamos com James Gangl. Pontinhos extras para a diversidade já que os relatos e a experiência em Improv 1 foram também com Rich Backer.
Os exercícios que aparecerem sinalizados com * são aqueles que sofreram repetição em alguma das aulas de Improv 1 ou na aula anterior de Improv 2 e terão suas descrições em outras publicações.
Improv 2 - ênfase em personagens! Vamos lá!
IMPROV 2 - 3 Days Intensive (Intensivo de 3 Dias)
De 27 a 29/04/2018.
DIA 2 (sábado), The Second City Hollywood, Sala B, das 11h às 19h (15h às 23h do Brasil). Professores: James Gangl e Rich Baker.
Se em um curso intensivo já há pouco tempo para se estabelecer uma relação mais cúmplice entre professor/a e alunas/os, imagina substituir alguém num curso intensivo! Poder dar feedbacks necessários (ainda mais por ser um curso intensivo novamente, não dá para deixar passar o feedback). E obviamente há as diferenças, comparações entre os professores e preferências, por mais que, como estudantes, estejamos abertos.
Uma observação sutil que faço no comparativo, é a abordagem.Sim, o Second City visa comédia e esse é o papo por aqui. Rich fala de comédia o tempo todo, mas ainda assim sua abordagem de discurso não se direciona especificamente à comédia. James, num olhar bem, bem, bem rápido meu, já nos conduz um tanto para um caminho específico. Aí a diferença está em mim, em filtrar o discurso da "comédia" pra espalhar por todo o meu fazer de Impro.
Exercício #1: BASQUETE DE PALMAS
Em roda, jogamos umas/uns às/aos outras/os uma bola invisível ao direcionar um bater de palmas para alguém.
Comentários:
- Conheci esse jogo, nesta sua forma mais simples, como "basquete" nas aulas de Interpretação 1 com o professor Fernando Villar na UnB. E anteriormente em oficinas de teatro como parte do jogo "Zip-Zap".
Exercício #2: JOGAR SOM
Mesmo exercício do Basquete de Palmas, porém sogando sons, onomatopédias junto às palmas.
Comentários:
- Se deixar contaminar pela energia, personagem, som da/o outra/o e permitir que isso se amplifique em você: Sim, e.
Exercício #3: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?*
*Exercício descrito na postagem do dia 30/04/2018 sobre a Aula 1 de 3 do Curso Improv 2.
Exercício #4: DR.A. SABE TUDO*
*Exercício descrito na postagem do dia 30/04/2018 sobre a Aula 1 de 3 do Curso Improv 2.
Comentários:
- Se coloque em problemas. A palavra "porque" lhe ajuda a se colocar em problemas.
- Buscar especificidade nas respostas
- Trazer uma personagem para DR.A. e responder por essa personalidade também.
Exercício #5: MONÓLOGO*
*Exercício descrito na postagem do dia 30/04/2018 sobre a Aula 1 de 3 do Curso Improv 2.
Comentários:
- Quem é você? Para quem você fala? (perguntas de direção: quem é o publico na relação?)
- O que a personagem ama, odeia e espera da vida são três idnicações que já trazem uma epsecificidade de início para a personagem estar mais viva e real.
- A pergunta: "Por que" traz as motivações. Se pergunte, se coloque em problemas.
- Me mostre seu dever de casa, sua pesquisa: explique as coisas didas, as novas, as analogias do seu monólogo.
Exercício #6: Informação do Shopping
Uma pessoa senta-se numa cadeira no centro para ser aquela que é responsável por dar informações no shopping. Um/a a um/a das/os outras/os improvisadoras/es entra com a imitação de uma celebridade e pede informações para alguma coisa do shopping. Recebe as informações e sai.
Indicações:
- Não é um jogo de adivinhação, então mantenha as celebridades reais. Ex.: Michael Jackson não andava por aí fazendo "moon walk" ou cantando. A ideia é lhe dar ferramentas para uma perosnagem e não fazer com que adivinhássemos.
- Objetivo: ser pessoas que não são você
- Por que sua perosnagem está indo àquela loja? Traga uma razão.
Comentários:
- Se você está em dúvida na cena, seja a voz da plateia. Ex.: Não entendeu o que alguém falou, a plateia provavelmente também não entendeu, pergunte: "Desculpe, pode repetir?"
Exercício #7: Conselhos Bons, Ruins e Pior Ainda
3 pessoas uma ao lado da outra. Cada uma com uma personagem, a que quiser. dá um passo a frente e se apresenta como perosnagem brevemente. Ex.: "Sou Diana, gosto sou professora do jardim de infância, gosto de andar de bicileta e detesto café." A plateia pede um conselho (e não uma pergunta). Cada personagem, não há uma ordem, responde ao conselho pelo seu ponto de vista.
Comentários:
- São respondidos mais ou menos 3 conselhos a plateia
- Responda a pergunta, dê o conselho mesmo que a personagem não queira, mesma que seja sarcástica, mas não desvie do conselho
- Algumas respostas podem ser conselhos para tudo, quase como um bordão. Ex.: Como confiar no meu mecânico? - Leve biscoitos, ninguém é mal com você quando leva biscoitos. - Como apimentar minha relação com minha namorada? - Biscoitos, todo mundo aceita fazer qualquer coisa quando você leva biscoitos.
- Se você estabelecer um padrão na suas respostas, tmabém pode quebra-lo. Ex.: Responde o primeiro conselho como uma mãe preocupada e cuidadosa: "Você pode conquistar um cargo melhor no seu trabalho se você se agasalhar bem, escovar os dentes e fazer seu dever de casa todo dia". O segundo também: "Você pode diminuir o seu estresse se domrir na hora sem reclamar, tomar um copo de leite com biscoitos e fazer suas tarefas". E no terceiro, sem se contradizer, dá uma resposta inusitada: "Por um milhão de dólares eu durmo com esse homem no seu lugar, eu tenho 3 filhos para criar, meu amor!"
Exercício #8: Entrevista de Emprego
Duas pessoas. A plateia estabelee o local que se "deseja" trabalhar. A/O entrevistador/a tem a função de puchar provocações do currículo enquanto a/o entrevistada/o tem que justifica-las.
Comentários:
- Ter algo da primeira justificativa que se desenvolve por toda a cena como parte da personagens. Exemplo: A/O entrevistador/a fala que no seu currículo está escrito wque você trabalhou no circo e você diz com uma energia explosiva que isso fará você divertir as pessoas do escritório e dimunir o estresse. Essa energia eplosiva deve aparecer nas próximas respostas.
- A/O entrevistador/a é a voz da razão. Pode adiconar algo àjsutificativa da/o entrevistada/o, mas não justificar por ela/e.
SEGUNDA METADE DA AULA
Agora já com Rich Backer.
Exercício #9: TELEPATIA
Em roda. O grupo fala junta num ritmo de quatro tempo: "Mente, mente, 1, 2 3!" ("Mind, mind, 1, 2, 3!"). Na seuquencia duas pessoas devem falar simultaneamente a primeira palavra que lhes vem a cabeça. Como falaram juntas quase sempre é necessário que se repita separadamente cada palavra. As próximas duas pessoas (sendo que uma ainda é a mesma da primeira dupla que falou) devem agora falar a primeira palavra que lhes vem a mente que combina as duas outras anteriores. Antes da dupla falar o grupo sempre entoa a musiquinha. O jogo acaba quando duas pessoas falam simultaneamente a mesma palavra.
Ex.:
1. (TODAS/OS) "Mente, mente, 1, 2,3!", (A) "Carro" e (B) "Caneta".
2. (TODAS/OS) "Mente, mente, 1, 2,3!", (B) "Tinta" e (C) "Azul".
3. (TODAS/OS) "Mente, mente, 1, 2,3!", (C) "Pintora" e (D) "Lata".
4. (TODAS/OS) "Mente, mente, 1, 2,3!", (D) "Pintura" e (E) "Pintura"
Exercício #10: MATRIZ
Chamo este exercício de matriz porque identifico os mesmos princípios do trabalho de matriz corporal que aprendi com Ricardo Guti na disiciplina de Interpretação II na UnB, baseado no trabalho no grupo Lume em Campinas (descrito no livro "A arte de Não interpretar como poesia corpórea do ator" de Renato Ferracini) e o trabalho que desenvolvi durante anos nos cursos de teatro na No Ato Produções em Brasília. Alerto que não é o mesmo exercício de MAtriz corporal, mas joga com os meus princípios.
Andando pelo espaço. Cada pessoa escolhe uma parte do corpo. A/o condutor/a então fala de forma crescente e com um espaçamento de tempo razoável para se desenvolver e experimentar, os números de 1 a 10. Esses são os níveis de "exagero" da parte do corpo. Entre os níveis, a/o condutor também faz algumas perguntas sobre esta personagem que vai aparecendo. Exemplo: "Quantos anos tem?", "O que mais gosta de comer?", "Qual é seu lema de vida?". As respostas são ditas em voz alta por todas/os ao mesmo tempo (quase como uma retórica, mas que é externalizada, se isso fizer algum sentido). Ao se atingir o número 10, depois se continua o exercício decrescendo até o nível 1 novamente.
Liberam o espaço. Um/a a um/a se senta na sua vez na cadeira posicionada ao centro e responde uma entrevista que a/o condutor/a faz.
Comentários:
- As respostas estão lá, o corpo sabe. Nós somos corpo, nós sabemos.
- Personagens partem de pontos de vista. Uma parte do corpo é um ponto de vista
Exercício #11: ESTERIÓTIPOS E ATIVIDADES
Cena de 2 pessoas. De uma lista o/a condutor/a tira em sorteio um esteriótipo ou profissão (o mesmo ou a mesma para as/os duas/ois) e de outra uma atividade ou ação (a mesma para as/os duas/ois).
Comentários:
- Pensar nas perosnagens em mais de uma dimensão. Bailarina/o que gosta de dançar: essa é uma dimensão apenas.
- Não conversar sobre a atividade e não ficar só no esteriótipo, eles são pontos de partida
- Sintam a conexão, o silêncio e aí então falem
- Eu usei a ideia da pergunta pessoal em que trabalhamos na Master Class I LOVE IMPROV. Manteve a cena sobre a relação das personagens e me ajudou a responder a pergunta por uma perspectiva minha adaptada/filtrada pela realidade e voz da personagem. PAra saber mais, só olhar as postagem sobre as 4 aulas de I LOVE IMPROV with Holly Laurent.
- Comentamos sobre o documentário "Trust us, this is all made up" ("Confie em nós, é tudo inventado") de David Pasquesi e T.J. Jagodowski. Em que eles não pegam sugestões das plateias, eles s eolham e apartir daqueles 30 segundos de silêncio estabelecem uma conexão que desenvolve a peça toda.
Exercício #12: VIAGEM DE CARRO
Cena de 3 pessoas. duas sentadas nas cadeiras da frente que desejam os dois bancos da frente do carro, e uma em pé do meio e atrás para melhor ser vista como banco de trás do carro. A/o motorista traz uma personagem/energia e as/os demais combinam, seguem essa energia/personagem. Quando a/o condutor/a diz: "Troca", a/o morotista sai de cena, quem estava sentada/o ao lado senta como motorista, quem estava em pé senta-se ao lado e uma nova pessoa assume o banco de trás. Nova/o motorista, nova personagem.
Comentários:
- Combinar com a energia da/o outra/o faz com que nos coloquemos em lugares não comuns que talvez não optássemos ir.
Exercícios #13: OH, MEU DEUS, ESTÃO ROUBANDO NOSSO CARRO!
Mesma fromação de carro e três pessoas do exercício Viagem de carro: duas sentadas em cadeiras a frente e uma em pé atrás. 3 outras pessoas esperam do lado da cena. São dadas duas letras para cada trio. Ao sinal da/o condutor/a quem está no carro sai do carro e a pessoa que estava sentada no lugar da/o motorista diz: "Oh, meu Deus, aquelas/es (Alguma coisa com a Srimeira Letra) (Alguma coisa com a Segunda Letra) estão roubando nosso carro!". Enquanto saem do carro, o outro grupo assume o carro e as personagens dadas pela/o motorista do trio anterior. Então a/ condutor/a dá novo sinal e há troca de grupos novamente. A/o nova/o motorista então determina as personagens. As trocas acontecem até a/o condutor/a decidir trocar os dois trios.
Ex.:Trio 1 (que começa no carro): letras "R" e "L". Trio 2 (que começa fora): letras "D" e "J".
Trio 1 sai do carro e motorista fala: "Oh, meu Deus, aqueles Ratos Lindos estão roubando nosso carro!"
Trio 2 assume o carro como ratos lindos. Ao sinal da troca, saem do carro e a/o motorista diz: "Oh, meu Deus, aquelas Deusas Julgadoras estão roubando nosso carro!"
Trio 1 assume o carro como deusas jejuítas. Ao sinal de troca, saem do carro e a/o motorista diz: "Oh, meu Deus, aquelas Rainhas Loucas estão roubando nosso carro!". E assim segue.
Exercício #14: DUBLAGEM INSTANTÂNEA
Cena de 2 pessoas, com uma terceira em off. Uma pessoa faz ela mesma, a outra faz só corpo para que sua voz seja dada pela pessoa em off.
Comentários:
- Tentar combinar os movimentos e voz o mais preciso possível
- Atenção ao posicionamento de quem dubla para conseguir ver os gestos
- Quem faz o corpo também sugere momentos de fala pelo movimento.
- Não existe "caras e bocas demais"
Exercício #16: GLAM GLAM
*Exercício descrito na postagem do dia 30/04/2018 sobre a Aula 1 de 3 do Curso Improv 2.
***
Mais tarde naquela noite ou madrugada, recebemos o email de Rich com os apontamentos da última aula! Segue minha tradução de partes que considero pertinentes desse email:
Aqui vai um vídeo da minha tupe de dois homens no Oklahoma Improv Festival há um meses atrás. É um dos melhores em qualidade de video/audio das minhas performances. Vocês podem ver que eu pratico o que eu ensino se você quiser ver: https://www.youtube.com/playlist?list=PLvGvpbnS1y9HteZPug_eCJRe0ZIw0mmTI
Obrigado
Rich
REcapitulando:
Personagens
- Não há necessidade de conhecer/saber sua personagem antes de entrar em cena
- Descubra sua personagem com o progresso da cena
- Deixe seu corpo guiar o caminho
- Sinta como é andar por aí com essa perosnagem e deixe isso lhe informar sobre ela
- Permita que uma conexão genuína ocorra entre suas personagens e as personagens das/os suas/eus parceiras/os e transborde a cena a partir delas.
- Fazer duas personagens diferentes significa andar e falar de formas diferentes
Grande Roubo de Automóvel
- Fale com clareza quando rotular
- Tudo bem em pré-planejar os rótulos
- Assim que você ouvir o rótulo, entre na personagem
- Pretique bons dar e receber para que você não esteja apenas falando um/a encima da outra/o o tempo todo
- Faça as personagens de forma grande e ousada
- A/o motorista é quem rotula
- Se você não sabe o que é o rótulo, faça uma escolha grande e ousada de qualquer forma
Dublagem
- Um/a parceira/o de cena é simplesmente ela/e mesma/o.
- A/o outra/o parceira/o de cena é metade de um/a improvisador/a (um/a é a voz, outra/o o corpo)
- Vá grande!
- Pessoa que está sendo dublada deve mostrar seus rosto para a plateia o quanto for possível
- Mexa sua boca como um fantoche ou uma personagem de animação
- Tente mexer a boca corretamente com as palavras mesmo que você não possa
- Também mova muito o seu corpo
- O quanto mais simples a cena, melhor
***
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