Sorte, sincronicidade, o que seja. Tenho tido ótimos grupos nas salas deaula. E isso faz toda a diferença no desenvolvimento das aulas e aprendizados. Improv 2 foi uma dessas turmas, e por e-mail, tendo a liderança de uma colega (sempre dependemos de alguém, não é?), combinamos de nos encontrar mais um dia para treinar com nosso professor Rich Baker. Não foi possível ter toda a turma, mas 7 de nós estáamos lá com as/os demais sinalizando que "nesta data não dava, mas que estão dsipostos a estar na próxima vez!". E isso, vindo dessa galera, é bem sincero.
Pois bem! Colocamos nos e-mails a vontade de trabalhar maisan personagens e cenas sem sugestões prévias. E na quarta-feira, 23 de maio, num salão bem aconchegante de um prédio no charmoso bairro Los Felizes, treinamos das 19h às 22h. Vou ressaltar aqui, porque é iportante, é importantíssimo: pagamos o professor! Valorizar o trabalho! E, evidentemente, dividindo o valor, foi tranquilo para todas/os.
Arte de rua pelos caminhos em Los Felizes.
TREINO EXTRA INDEPENDENTE
Turma IMPROV 2, 23/05/2018, das 19h às 22h, Bairro Los Felizes, Los Angeles. Professor: Rich Baker.
Exercício #1: MESMA FRASE, DIFERENTES INTENÇÕES
Em roda. Uma pessoa diz uma frase e um/a de cada vez na roda repete a mesma frase, mas com intenções diferentes.
Comentários:
- Depois de algumas vezes, acrescentar (caso ján não se esteja fazendo) mais fisicalidade nas intenções.
Exercício #2: FRASE E RESPOSTA, DIFERENTES INTENÇÕES
Em roda. Uma pessoa (A) diz uma frase se direcionando para outra pessoa (B). (B) responde. Na sequência, (B) diz a mesma frase de (A) com outra intenção para (C), que por sua vez responde a mesma frase do início de (B) com intenção provocada pela nova "situação".
Exemplo:
(A): (cochichando) Você não deveria estar aqui.
(B): (cochichando) Nem você.
(B): (autoritária/o) Você não deveria estar aqui!
(C): (com medo): Nem você...
(C): (debochando) Você não deveria estar aqui-i!
(D): (seco) Nem você!
Exercício #3: MONÓLOGO DE GRUPO* EM ROTAÇÃO
*Exercício realizado em Improv 2 e 3. Vide postagem do dia 04/05/2018: "Pule e a Rede Aparecerá! - IMPROV 3 EXPRESS - Dia 2 de 7.
Nesta versão: 3 pessoas, na formação de um triângulo, farão a mesma personagem discursando, uma de cada vez, sobre algum assunto sugerido pela plateia. A pessoa da frente fala até obter o sinal da/o condutor/a: "Gira". O triângulo "gira" no sentido horário, e uma nova pessoa está na frente e deve continuar a fala exatamente de onde a primeira pessoa parou: na palavra, fisicalidade e energia da personagem.
Comentários:
- Pensar em "pegar" a fala da/o outra/o como o jogo do CONGELA, mantendo a mesma posição da pessoa anterior.
- Maneirismos de fala, sotaques, gestos característicos da personagens são preciosidades a serem repetidas por todas/os ns suas vezes.
Exercício #4: QUATRO PELA PORTA
Exercício individual. Uma porta é delimitada (real ou fictícia, no nosso caso, o espaço entre duas cadeiras determinavam onde a porta estava). A pessoa (A) abre a porta e entra com uma personagem e diz uma fala. O grupo diz em uníssono: "Um!". Imediatamente (A) volta para trás da porta, a abre novamente com uma segunda personagem diferente da primeira. Diz uma fala, o grupo diz: "Dois!". Isso se repete quatro vezes no total e o grupo diz junto ao final: "Quatro pela porta!"("Four through the door")
Comentários:
- As portas podem ser diferentes ou iguais.
- Fazer o grupo contar e falar junto o mantém atento e presente no exercício "individual".
Exercício #5: TRÊS FALAS
Duas filas. A pessoa da fila da direita (A) diz a primeira fala da cena, a pessoa da fila esquerda (B), diz a segunda, e então (A) diz a terceira e última fala. (A) e (B) trocam de fila para uma nova rodada.
Exemplo:
(B): (fisializa que está abrindo um porta-malas de carro)
(A): Não coloca nada encima dos ovos para não quebrar.
(B): Diana, eu não sou um idiota.
(A): Idiota não, mas esquecido, isso você é!
(C): Esta é definitivamente a melhor foto do bebê da Suzana!
(D): Esse sorriso banguela mata a Dindinha!
(C): Quando que nós teremos o nosso?
Exercício #6: DA MESMA NATUREZA (PEAS IN A POD)*
* Exercício realizado anteriormente. Vide descrição na postagem do dia 30/04/2018: "O Caminho das Bases - IMPROV 2 INTENSIVE - Dia 1 de 3".
Comentários:
- Olhar para a outra pessoa em cena
- Não é siga o mestre, ambas/os contribuem
- Combine cada detalhe, tudo que puder: quando um/a ri, a/o outra/o ri junto e do mesmo jeito, etc.
Exercício #7: SUBSTITUTAS/OS
Quatro pessoas. São determinadas as pessoas que farão as mesmas personagens, exemplo: (A) e (C), e (B) e (D). Duas pessoas, (A) e (B), começam a cena. Quando a/o condutor/a do jogo fala: "Troca!", (A) e (B) saem de cena e são subtituídas/os por (C) e (D) que continuam a cena exatamente de onde parou e com as mesmas personagens de (A) e (B). O comando pode acontecer variadas vezes.
Comentários:
- É o mesmo princípio do MONÓLOGO DE GRUPO, mas com contracena.
- O ideal é que (A) e (B) não façam personagem "Da mesma natureza", para que reconheçamos a substituição quando (C) e (D) entrarem.
Exercício #8: "CONFIE EM NÓS, É TUDO INVENTADO" ("TRUST US, THIS IS ALL MADE UP")"*
*Exercício que Rich Baker traz dos improvisadores Dave Pasquesi (com que rich teve aula) e TJ Jagodowski. "Trust us, this is all made up" é o nome do documentário sobre o trabalho dos dois em que em seu espetáculo eles começam a improvisação sem qualquer sugestão da plateia. As luzes se apagam. Quando ascendem os dois apenas se olham por um tempo, se "lêem" e partem dali.
Em duplas. Uma pessoa de frente para a outra. fecham os olhos. Abrem quando a/o condutor/a fala: "Luzes acesas!". Se olham em silêncio, se lêem por um tempo e quando sentirem, "começam" a cena (que na verdade na começou).
Comentários:
- Aguentar o silêncio, sustenta-lo. Usar o silêncio.
- Tomar o tempo, respirar.
- Inicialmente as cenas tendem a ser mais sérias, mas não é um definidor.
- Paciência e tempo, não precisa ir rápido.
- Respire! Respire por esse momento.
- Se o que vou "leu" da/o outra/o não é o que ela/e trouxe para cena, você pode ou jogar fora a sua leitura, desapegar, ou combinar a sua "leitura" com o que a/o outra/o trouxe: "Sim, e...". Exemplo: (A) "leu" que (B) estava paranóico. (B) começou a cena se sentando no sofá para ver TV com toda tranquilidade. (A) pode descartar o que "leu" ou trazer a informação da paranóia a partir do noticiário da TV. Isso, de combinar, na verdade em faz mais sentido, porque o momento da "leitura", para mim já faz parte da cena. Algo já acontece, a plateia tambe'm vê.
- É intenso e verdadeiro.
- No momento do blackout, dos olhos fechados, eu gosto de ouvir a mim. O meu estado, a minha respiração, ler a minha pessoa, e também usar isso.
Exercício #9: OH, MEU DEUS! ESTÃO ROUBANDO O NOSSO CARRO!*
*Exercício realizado anteriormente. Para descrição vide a psotagem do dia 01/05/2018: "Número 2 - IMPROV 2 INTENSIVE - Dia 2 de 3".
Exercício #10: TRABALHO DE CENA*
*Exercício realizado anteriormente. Para descrição vide a psotagem do dia 01/05/2018: "Número 2 - IMPROV 2 INTENSIVE - Dia 2 de 3".
Comentários:
- Lembramos inicialmente o que aprendemos a quase um mês atrás nas aulas de Improv 2, sobre Trabalho de Cena: ser vista/o e escutada/o (presença); focar nas relações e deixar a atividade compor a cena e não ser o assunto; fazer afirmações e não perguntas; começar do meio; pessoas felizes que se gostam e se conhecem há algum tempo.
- Rich não trabalha pela definição da LOQ (Lugar, O que se está fazendo e Quem são). Não que essas idieias não estejam na cena, mas ele não traz o foco das/os improvisadoras/es para definir isso, e seim para o trabalho de cena pelas ideias mencionadas acima. O que também são guias e nao regras.
Exercício #11: CONVERSANDO SOBRE AS AUDIÇÕES
Como muitas/os de nós estão fazendo Improv 3 (final do programa de Improv do Seocnd City, mas pré-requisito para continuidade no programa de formação) e farão as audições para o Conservatório (próxima etapa do progama), o assunto e dúvidas a respeito vieram à tona. Aqui vão as dicas e apontamentos do Rich Baker. Na postagem do dia 21/05/2018 eu coloquei a perspectiva do professor Tim Stoltenberg, se quiser checar.
No início entram 8 a 10 pessoas, talvez mais e se alinham no palco. Perguntamos os nomes, às vezes pedimos para que diga algo a mais, como: "Me fale algo de você que nào tem haver com comédia", porque queremos ter tempo para anotar seu nome. Então, fale, não embrome. (gente, acho que nunca escrevi "embrome" na vida!)
A primeira parte são cenas em duplas de mais ou menso 30 segundos, bem rápidas que nao tem sugestão. Queremos ver vocês fazendo o básico (Sim, e...), e diferentes, seu alcance de personagens. Grandes emoções e personagens. Por favor, sem esquisitices e nojeiras para impressionar, já vimos de tuso e estamos fazendo as audições por horas ou ainda teremos horas de audições.
A segunda parte, cenas um pouco maiores, duas pessoas. Aqui queremos ver além do básico, personagens mais próximos de você e se você consegue jogar bem com outra pessoa.
Não é uma competição, se todo mundo passar, todo mundo passou.
Quando terminar o teste, saia rapidamente, as/os professoras/es precisam falar de vocês.
Seja afetada/o pela/o suas/eu parceira/o de cena.
Tudo bem ficar nervosa/o, só se mantenha escutando.
Exercício #12: CENA SEM FALA COM FUNDO MUSICAL
Cena em duplas. A aprtir de uma sugestão da plateia a cena se desenvolve com uma música no fundo e não há som na cena. Pode falar, mas sem som.
Comentários:
- A fisicalidade ganha maior espaço
- A fisicalidade tende a ser grande e exagerada, mas nào rpecisa, pode ser sutil e realista
- Diminua a velocidade no trabalho de objeto, isso os tornará mais reais
- Procure não dançar
- Tente não "ouvir" a música, não fazer um contraponto sonoro com o gesto. - Entendo este comentário como não ter a preocuação com isso e para não cair na dança, porque quando o contraponto sonoro acontece espontaneamente é bem legal. O tipo de "dica" para não se perder o foco da cena, mas que depois de entendido, poder se jogar mais e aproveitar.
- Lembrei o trabalho "Interiors" do grupo escossês Vanishing Point. Tive a oprotunidade de fazer uma oficina de improvisação com o diretor do grupo, Mattew Lanton numas das edições do Festival Cena Contemporânea em Brasília-DF. Na oficina ele trouxe as técnicas, exercícios e metodologia dos processos de criação do grupo (que não é de Impro mas usa improvisação na criação). e fizemos esse exercício de não ter som e foi de uma riqueza imensa. Primeiro proque lhe atesta a necessidade do gesto (quando falta ou quando é de mais), segundo porque lhe força a olhar para a/o outra/o, não dá para simplesmente falar com alguém de costas para você e acreditar que ela/e sabe que você está falando. O grupo tem o epsetáculo "Interiors" que usa exatamente isso. Uma janela que separa o publico de um ambiente no palco trazendo a ilusão de que não podemos ouvir o que dizem, e assim elas/es atuam. Há uma personagem fora da janela que traz impressões do que vê, mas não do que escuta (porque afinal não escuta). No site do grupo você pode conferir um trailer da peça e entender melhor esta dinâmica: http://www.vanishing-point.org/our-work/interiors/
Espetáculo "Interiors" do Grupo Vanishing Point
Imagem retirada do link: http://www.vanishing-point.org/our-work/interiors/
Exercício #13: GLAM, GLAM*
*Ritual de fechamenton das aulas com Rich Baker. Descrição na postagem do dia 30/04/2018: "O caminho das Bases - IMPROV 2 INTENSIVE - Dia 1 de 3"
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Nossos planos são de nos enonctrarmos novamente no final de junho. Mais um treino e minha despedida!
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Nossos planos são de nos enonctrarmos novamente no final de junho. Mais um treino e minha despedida!
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