segunda-feira, 30 de abril de 2018

O caminho das Bases - IMPROV 2 INTENSIVE - Dia 1 de 3

Vou começar por informar que a Vakinha não atingiu a meta ottal, mas com o que conseguimos arrecadar possibilitará que possamos completar com investimentos pessoais a nossa ida para a Colômbia afim de colher entrevistas para o nosso documentário independente de Impro no IX DIPLOMADO INTERNACIONAL DE IMPROVISAÇÃO TEATRAL! Mas quem ainda quiser colaborar, porque afinal está saindo do meu bolso ainda uma pouco mais da metade do investimento, só entrar em contato comigo!

***

Novo curso! IMPROV 2 INTENSIVE. a continuidade do Improv 1 (para quem quiser acompanhar "evolutivamentemente, as postagens sobre o Improv 1 são as dos dias: 12/03/2018, 13/03/2018 e 14/03/2018)

Por convergência energética, cósmica, coincidência, sorte, ou qualquer outra crença, o professor designado foi o mesmo da Improv 1: Rich Baker. Então, teremos uma certa continuidade de linha de condução aqui descrita, o que é bem interessante. Por outro lado, não teremos uma "diversidade" de perspectiva, o que poderia ser interessante também. Mas quis ou não esse negócio de destino que Rich não consiga estar na primeira metade da segunda aula, então teremos um professor diferente no fim das contas, podendo aproveitar a continuidade com a diversidade.

É uma outra turma, somente eu e uma colega do pessoal de Improv 1. Somos 13 alunas e alunos agora também, uma turma maior e também disposta a aprender e fazer, então, por sorte, caso acreditem, estou bem servida.

Vamos aos meus relatos e descrições!

IMPROV 2 - 3 Days Intensive (Intensivo de 3 Dias)
De 27 a 29/04/2018.

DIA 1 (sexta-deira), The Second City Hollywood, Sala D, das 11h às 19h (15h às 23h do Brasil). Professor: Rich Baker.



Primeiro dia, turma nova, eu já esperava que essa aula fosse um mix das aulas do Improv 1. Algo que integrasse a turma, gerasse as bases de confiança e recaptulasse Improv 1 fazendo a transição para Improv 2. Uma maneira também do professor nivelar e fazer "um diagnóstico" de turma para melhor conduzir as próximas aulas. Então, alguns exercícios irao "coincidir", estes exercícios estão sinalizados com asterico *, caso queiram verificar suas descrições anteriores.

Exercício #1: MUSIQUINHA DE DUAS PALAVRAS*

Este exercício, na verdade, está descrito nas postagens da Master Class I LOVE IMPROV, mas aqui feito em variações.
Em Roda, se estabelece um ritmo para o grupo estalando os dedos. Uma pessoa fala uma palavra e no tempo rítmico seguinte a pessoa ao lado, no sentido escolhido de início, fala uma palavra que completa a anterior. Essa é a diferencinha das aulas de I LOVE IMPROV, lá erão associações de palavras, Ex: (1) Casa... (2) Lar. Aqui temos a ideia de completar. Ex: (1) Casa... (2) Amarela. O objetivo principal é manter o ritmo, então, o que vier será usado. Depois que as duas palavras forem ditas, o grupo inteiro as repete no ritmo e cantam na sequência algo como: "tudutu". Ex.: "Casa amarela - tudutu". Então, no próximo tempo, a pessoa que falou a segunda palavra (a que completou), fala uma primeira palavra para que a próxima pessoa complet e siga o círculo.

Exercício #2: MUSIQUINHA DE QUATRO PALAVRAS

É uma variação do exercício MUSIQUINHA DE DUAS PALAVRAS. Agora ao invés de duas pessoas criarem a "letra" dessa música, quatro pessoas farão a "letra", de maneira que a primeira pessoa diz uma palavra e as demais completam, formando uma frase. Ex: (1) Casa... (2) Amarela... (3) No topo... (4) Do morro... E então o grupo todo repete no ritmo: "Casa amarela no topo do morro - tudutudutudutudu". A segunda pessoa que falou, no caso do exemplo seria quem falou "amarela", agora é quem começa a nova frase, até que todas/os tenham começado e finalizado uma "letra" de quatro palavras.

Exercício #3: VOCÊ É UMA PESSOA MARAVILHOSA SE... (UMA VERDADE)*

Em roda, todas/os sentadas/os em cadeiras, uma pessoa em pé no centro sem cadeira para ela em lugar nenhum. Ela diz: "Você é uma pessoa maravilhosa se..." e completa com uma verdade sobre si mesma. Ex: "Você é uma pessoa maravilhosa se nasceu fora dos Estados Unidos". Então, todas as outras pessoas que se encaixam nesta verdade tem que trocar de lugar. Ninguém que se levantou pode voltar para a cadeira de origem e a pessoa do centro procura um lugar para se sentar também. A nova (ou às vezes a mesma) pessoa que sobrou agora falará a frase com uma verdade sobre si mesma.

Comentários:
- É um bom jogo de atenção e que fatos curiosos e simples sobre as pessoas aparecem, assim, uma vai se apresentando ao grupo de certa maneira, e o grupo vai se abrindo.
- Há um tendência, que não é uma regra do jogo, de competir por lugar, como se fosse preciso ganhar. Natural. Observe!

Exercício #4: NOME E GESTO*

Cada pessoa no círculo fala seu nome com um gesto, o grupo repete. Procurar ter gestos diferenciados uns dos outros. Depois, "joga-se" o nome com o gesto das pessoas como uma bola: se eu falo seu nome, a "bola" foi para você.

Comentários:
- Eu entendo que uma das razões pelas quais Rich deixa para fazer as apresentações um tempo depois que a aula começou, seja para abarcar quem chega atrasado sem atrasar a aula.

AVISOS*:

- Rich falará a nós e não sobre/de nós, são feedbacks e não questões pessoais
- Segurança: tomar cuidado com a/o outra/o e consigo
- Sempre no final das instruções, Rich dirá: "Alguma pergunta?", se ele esquecer, perguntem mesmo assim
- Não é sobre ser engraçada/o, ou sucesso por rizada. Aqui são técnicas, exercícios, ferramentas que podem trazer o rizo como consequencia 
- Anotem
- Fala palavrões entre adultos, se alguém não gostar, avisar
- Sempre perguntem
- Ousem falhar
- A aula começa no horário, se alguém atrasar ok, mas terá perdido parte da aula
- Envia email com recaptulações no final do dia de aula
- Assistam shows/espetáculos

Exercício #5: ANDAR DE OLHOS FECHADOS*

Ums pessoa da turma anda de olhos fechados, o restante cuida para que ela não se machuque. O jogo é em silêncio. Segurar gentilmente a pessoa pelos ombros é sinal para que ela pare, dois tapinhas gentis nas costas é código para que ela ande. Quem a conduz pode virar a pessoa uma vez que ela esteja parada. Depois de uma tempo podem andar de olhos fechados duas ou até três pessoas (dependendo também do tamanho da turma).

Comentários:
- Confiança é básico. E não apenas básico de aprender, mas de se estabelecer.
- Historinha contada em sala: Um dos discursos de David Pasquesi numa premiação foi algo como: "Seu trabalho como improvisador/a é dar suporte a/os suas/eus colegas e faze-las/os parecer bem. Ao me darem este prêmio vocês estão dizendo que eu preciso fazer um trabalho melhor quanto a isso, obrigado!"

Exercício #6: ROCK STAR*

Em roda, em pé, uma pessoa no centro canta uma música como uma estrela do rock. Energia, presença, desenibição, errando letra com convicção. Outra pessoa entre com um TAG OUT cantando uma outra múscia inspirada na que ouviu. A relação entre as músicas não precisa ser óbvia ou explicada. O trabalho das epssoas do círculo é dar suporte a queme stá no centro.

Comentários:
- Não é sobre eu estar pronta/o, é sobre estar pronta para a/o outra/o.
- Citação que Rich gosta de fazer (sem saber de quem é exatamente): "Se jogue e a rede aparecerá." ("Lip and the net will appear")
- Foi muito mais libertador fazer desta vez, realmente não se importando com o "fazer bonito"

REVISÃO IMPROV 1

Exercício #7: DR.A. SABE TUDO*

De braços dados as/os improvisadoras/es são a mesma pessoa: DR.A. SABE TUDO. A plateia faz uma pergunta e cada pessoa que compõe a/o DR.A. responde falando uma palavra de cada, seguindo a ordem.

Exercício #8: MONÓLOGO

Três pessoas posicionadas em triângulo próximas uma da outra. Uma começa um monólogo/discurso sobre um assunto dado pela plateia. Por TAG OUT as outras duas pessoas substituem quem fala continuando a fala exatamente de onde parou e se tornando a mesma personagem. O ritmo das trocas aumenta com o passar do tempo.

Comentários:
- Precisão na hora de parar de falar e de continuar a fala da/o outra/o
- A TAG OUT é feita no ombro indicando apra que lado a pessoa sairá, evitando esbarrões.
- Grandes personagens ajudam, com caracterísitcas marcantes para "contaminar" as/os outras/os.
- Qualquer coisa que seja diferente do seu adrão de voz, posição corporal, ritmo, etc. já soa como uma personagem.
- Não antecipar o que dizer quando você vai fazer a TAG OUT.
- Observar também o padrão de "tráfego" para não cair num ritmo só as mudanças de pessoa que fala.

Exercício #9: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?

(A) faz uma ação,. (B) entra e pergunta: "O que você está fazendo?". (A) pára a atividade e responde algo completamente diferente do que está fazendo, que não parece com a ação que faz. (A) sai de cena. (B) começa a fazer  a ação que (A) falou que estava fazendo, e reage, diz alguma coisa sobre a ação que está fazendo. (C) entra e pergunta a (B): "O que voce está fazendo?" e assim, segue. Ex: (A) está passando roupa. (B) pergunta: "O que você está fazendo?". (A) responde: "Alimentando os pombos!". (B) começa alimentar os pontos e diz: "Espero ter pão suficiente para todas/os.". (C) entra e pergunta: "O que você está fazendo?". (B) pára de alimentar os pombos e diz: "Pintando a cerca", e sai de cena. (C) começa a pintar a cerca e diz: "Isso vai acabar com as minhas costas"....

Variação "competitiva": Agora (A) não sai de cena. É dada uma letra pela plateia e a partir de agora a resposta da atividade deve começar com aquela letra. (A) e (B) vão continuar se perguntando e respondendo (usando a letra estipulada) sem a entrada de uma nova pessoa até que alguém "perca": desistindo, enrolando, ou repetindo algo que já foi dito com aquela letra. Então entra (C) e, a partir de uma nova letra, começa o duelo com quem "venceu" o anterior. Ex.: Letra "P". (B) pergunta a (A):
 "O que você está fazendo?", (A) responde: "Plantando!". (B) começa a plantar e diz: "Eu ganharei o concurso de melhro jardim este ano!". (A) pergunta a (B): "O que você está fazendo?". (B) responde: "Planejando uma casa", e assim segue.

Variação "competitiva" 2: A única coisa que muda é que agora estão estipuladas duas letras para a resposta de "O que você está fazendo?". A resposta deve ter ao menos duas palavras e seguir as letras na sequencia dada. Ex. Letras dadas: "A" e "E". (B) pergunta a (A): "O que você está fazendo?". (A) responde: "Arrumando Elásticos". (B) começa a juntar elásticos e diz: "Nunca mais dou essa merda de presente para uma criança!". (A) pergunta a (B): "O que você está fazendo?". (B) responde: "Adoráveis Estilos de vestido!". (B) começa a fazer adoráveis estilos de vestidos e diz: "Eu arrazei, acho que vou ficar com todos para mim!". E assim segue.

Comentários:
- Nas variações não é preciso sair de cena ou se afastar. Estabeleça uma zona sua de cena no palco, para ganhar tempo na dinâmica "competitiva".
- energia faz tudo ficar divertido
- Aceitar o absurdo como natural
- Não colocar o "Eu estou fazendo" antes da resposta: dinâmica e fidelidade às letras.
- Eu fiz este exercício pela primeira vez em 2011 no curso Improv 1 Intensive do Second City de Chicago com Micah Philbrook como meu professor. Gostaria de informar que este jogo ainda é brutal para mim, porque a parte de vocabulário, escolher pela letra, ainda me faz voltar para o ponto de tradução mental e aí... caga tudo. Desafios... desafios... desafios!

Exercício #10: GLAM GLAM*

Em roda, no balançar das mão de um lado para o outro, cantamos "Glam, Glam" (em cada tempo um "glam"). Quando alguémm quiser compartilhar uma lembrança, um aprendizado, um comentário rápido do dia, bate uma palma e todas/os paramos para ouvir. Na sequência retomamos a dança com a música até não haver mais comentários. Juntamos as màos no centro e decidimos pela primeira coisa que alguém diz ao grupo neste momento como resumo de tudo, e gritamos juntas/os.

Comentários:
- Rich faz isso ao final de todas as suas aulas. como este é um intensivo, ele o faz ao final de cada turno. Aqui aconteceu o intervalo para almoço por volta das 14h30.
- É um exercício simples e eficiente de recaptulação e partilha.

SEGUNDA METADE DA AULA

Exercício #11: HEY, FRED SHERMAN, O QUE ESTÁ FAZENDO?

Em roda e num ritmo de quatro tempos cantamos:
"Hey!
Fred Sherman!
O... que está 
fazendo?"
Seguindo a ordem da roda, cada pessoa responderá algo, rimando ou não, mas dentro de 4 tempos e no ritmo, com sua melhor imitação do ator Fred Sherman. Depois que alguém responder, o grupo canta novamente a pergunta para que a próxima pessoa na roda responda.

Variação: Ao invés de Fred Sherman, agora será dito o nome de qualquer celebridade ou personagem famosa. Quem determina a celebridade é a última pessoa que respondeu para a pessoa ao lado que será a nova pessoa a responder. 
Ex.: 
(TODAS/OS): "Hey!"
(A): "Shakira!"
(TODAS/OS): "O que está fazendo?"
(B - imitando Shakira): "Dançando e cantando enquanto descanso"
(TODAS/OS): "Hey!"
(B): "Temer"
(TODAS/OS): "O que está fazendo?"
(B - imitando Temer): "Mantendo o golpe com força militar"

Comentários:
- Eu não sabia quem era Fred Sherman e não fez diferença nenhuma.
- A resposta não precisa ser, mas é legal se for, relacionada diretamente a celebridade. Ex.: "Hey Shakira, o que está fazendo?" e a respota é "Tomando banho e comendo chocolate". O importante é manter o ritmo e responder alguma coisa.
- Tentar não pensar antes na celebridade que dirá ou na resposta que vai dar, porque é possível fazer isso, caberá muito bem e manterá o objetivo do exercício de escutar e responder mantendo o ritmo. Mas tente se desafiar a não pensar previamente.

Exercício #12: TRABALHO DE CENA LIVRE*

Cena de 2 pessoas a partir de local sugerido pela plateia.

Comentários:
- Estamos retomando a última aula de Improv 1 já andando um pouco adiante em Improv 2 que tem como foco a construção de personagens.
- Obstáculos, dicas sobre o que pode atrapalhar o desenvolvimento das cenas: 
  * Pessoas invisíveis, 
  * Cadeira invisível (use uma cadeira de verdade ou escolha não sentar), 
  * Duplicidade (diga o que quer dizer, não há um estudo prévio de texto para que as coisas fiquem no ar com entendimento preciso), 
 * Necessidade do conflito com sua/eu parceira/o de cena (o conflito pode estar com alguém fora, vocês podems ser aliadas/os, e... qual é a real necessidade de conflito?)
  * Fazer perguntas para que a/o outra/o resolva na cena (sua/eu parceira/o sabe tanto quanto você)

Exercício #13: TRABALHO DE CENA - PRESENÇA*

Cena de 2 pessoas a partir de local sugerido pela plateia. Foco em ser visto e se fazer ouvir e entender.

Comentários:
- Presença numa perspectiva de se fazer ver e ouvir: para a plateia e para minha/eu pareceira/o de cena.
- Treinamento teatral básico. 
- A falta de treinamento, domínio das bases teatrais é uma das razões que fazem a Impro não ser levada a sério como forma de arte.

Exercício #14: TRABALHO DE CENA - FAZER AFIRMAÇÕES AO INVÉS DE PERGUNTAS*

Cena de 2 pessoas a partir de local sugerido pela plateia. Foco em se fazer ver e ouvir somado a fazer afirmações ao invés de perguntas.

Comentários:
- Na minha dissertação chamo isso de decisão e definição. E amplio da fala para o gesto: decidir e definir o que se faz em cena: precisão. Isso em nada mata criatividade pois tudo pode ser ressignificado.
- Pergunte na sua cabeça a pergunta que pensou em fazer em cena e então diga em voz alta a resposta com uma reação a ela. Ex: "Quantos anos você tem, gatinho?" - Na verdade quero dizer que ele é novinho, mas que estamos dentro das questões legais, e isso me agrada. Então a fala fica assim: "Que bom que você é já maior de idade, meu bem!"

Exercício #15: TRABALHO DE CENA - COMEÇAR PELO MEIO*

Cena de 2 pessoas a partir de local sugerido pela plateia. Somando a ideia de presença e de afirmação, o foco doe xercício também está em começar a cena pelo meio de uma ação ou momento da história.

Comentários:
-  A primeira fala da cena ser a resposta a uma pergunta, já estabelece que algo vinha acontecendo.
- A cena se encontra com pelo menos 5 minutos de algo está acontecendo e pelo menos mais 5 minutos de que este mesmo algo continuará acontecendo.
- Manter o foco na relação das personagens e não na atividade.
- Onde você está não é melhor ou pior do que qualquer outro lugar, não tente sair dali e ir a outro lugar, começará uma nova cena. Por isso a ideia de ainda haver pelo menos 5 minutos da atividade que se encontram.
- Assim nem todas as cenas serão sobre duas pessoas que se encontram e aí começam a fazer algo.

Exercício #16: TRABALHO DE CENA - PESSOAS FELIZES, QUE SE CONHECEM E GOSTAM UMAS DAS OUTRAS*

Cena de 2 pessoas a partir de local sugerido pela plateia. Mantendo as atenções à presença, afirmações, começar pelo meio, e acrescentamos o foco às personagens como pessoas felizes que se conhecem e gostam umas das outras.

Comentários:
- Entrar em briga com suas/eu parceira/o de cena leva a uma única coisa que não deixa a cena andar. O conflito pode ser com alguém de fora da ena. Ex.: duas/ois colegas de trabalho contra a/o chefe abusiva/o.
- Se conhecer faz com que as informações em cena sejam mais precisas.

Exercício #17: 5 SEGUNDOS DE SILÊNCIO ENTRE AS FALAS

Cena de 2 pessoas a partir de local sugerido pela plateia. Entre cada fala deve haver um silêncio de 5 minutos no qual a próxima pessoa a falar deve "ecoar" na sua cabeça o que ouviu anteriormente. Quem determina os 5 segundos é a/o condurtor/a do exercício.

Comentários:
- Não é preciso ficar em estátua durante o silêncio (mas é difícil para carambar não ficar)
- Movimento também é resposta (o que torna não ficar em estátua mais difícil)
- Tentar não usar os 5 segundos para pensar na resposta ao que foi dito e sim no ecoar e perceber o que foi dito e como isso te afeta. Para que então a resposta saia disso.
- A sua resposta será precisamente direta ao que foi dito e/ou feito.

Exercício #18: DA MESMA NATUREZA (PEAS IN A POD)

Cena de 2 pessoas a partir de local sugerido pela plateia. Combinar as energias das personagens. São praticamente as mesmas personagens, personalidades,

Comentários:
- Temos vários exercícios de combianr energia nas publicações da Master Class I LOVE IMPROV.
- Não há líderes: "Sim, e.."
- É algo que constrói a "mente de grupo"
- Como se lêssemos a mente um/a da/o outra/o.
- Aceitação instantânea.

Exercício #19: TROCA

Duas pessoas começam uma cena a partir de uma sugestão de atividade da plateia. Quando a/o condutor/a falar "Troca", a cena congela e outras duas pessoas assumem os lugares e personagens (usando TAG OUT) e dão continuidade a cena de onde parou.

Comentários:
- Conheci este exercício primeiro com os Anônimos da Silva em que trocávamos entre as/os atrizes/atores em cena. Ex. (A) é mãe e (B) é  a filha. Troca! (A) é a filha e (B) é a mãe. Do jeito que e feito aqui: (A) é a mãe e (B) é a filha. Troca! (C) é mãe e (D) é a filha.
- Personagens bem definidas fisicamente ajudam na "leitura" dessa troca

Exercício #20: RODÍZIO COM FLERTE (SQUARE)

Quatro pessoas. Quatro cenas diferentes com duas pessoas. (A) e (B) fazem a Cena 1; (B) e (C) fazem a Cena 2 em que (B) não é a mesma personagem da Cena 1; (C) e (D) fazem a Cena 3 em que (C) é uma personagem diferente da Cena 2; (D) e (A) fazem a Cena 4 em que (A) é uma personagem diferente da Cena 1 e (D) é diferente da Cena 3. Todas/os posiconados como um quadrado tendo duas pessoas na frente. As cenas trocam com o comando externo da/o condutor/a, dizendo direita ou esquerda. Este comando faz o quadrado de pessos girar ou para a direita ou para a esquerda. Quando uma cena volta para frente, ela continua de onde parou (pode haver passagem de tempo). Este é o formato padrão do "Rodízio" ou "Quadrado" (os nomes variam). Aqui ainda foi acrescentada a regra do "flerte". Em todas as cenas a spersonagens flerta umas com as outras. A plateia dá uma sugestão diferente para cada cena: Época histórica, local, profissão e ação, por exemplo.

Comentários:
- Também conhecie este jogo pela primeira vez com os Anônimos da Silva, nunca joguei com a regra do flerte até então
- A regra do flerte vem para acentuar a necessiade de construir personagens diferenciadas e outras energias, pois senào todas as cenas serão iguais isso confundirá quem faz e quem assiste.
- O flerte faz com a cena seja sobre a relação entre as personagens

Exercício #21: GLAM GLAM*

Aqui encerramos a segunda metade e dia de aula.

Comentários:
- Rich avisou que na primeira parte da manhã do segundo dia teremos um outro professor substituindo-o.

***

Eu e uma colega ficamos para assitir dois esptáculos de Impro da noite, um dirigido por nosso professor. Estávamos exaustadas. Os formatos são bem parecidos com os já descritos aqui sobre outros espetáculos com série de cenas. A direferença é que em um as cenas se transformavam em histórias e batalhas de hip hop, mas mantendo como estrutura a mesma coisa. Continuo com minhas indagações quanto às/aos apresentadoras e apresentadores... Uma fórumla de fazer, de ser anfitriã/anfitrião que não me pega... Enfim, eu realmente estava muito cansada, por isso os comentários são... gerais.

***

Rich Baker nos envia por email, assim que consegue, uma série de apontamentos da última aula. Com sua autorização, traduzo partes que acredito serem pertinentes de seu email:

Excellente dia de trabalho hoje, a todas/os vocês!

Este vídeo de dois minutos me ajuda muito sempre que estou aprendendo um nosso esforço criativo.

(...) 

Se divirtam com James na primeira metade da aula! Veja todas/os amanhã!

Obrigado! 
Rich
IMDB

Recapitulando:
- Ouse falhar
- Não vá atrás das rizadas, faça o trabalho
- Não pense, só reaja
- Esteja 100% no momento presente
- Dê toda sua atenção à escuta
- Confiança é necessária para uma boa impro
- Nãon julgue seu processo/fata de disso pelas rizadas
- Assita espetáculos (ver espetáculos ajudará você a aprender a arte mais rápido)
- Se divirta
- Pegue/aceite as changes/oportunidades

Dr.a. Sabe Tudo
- Você é a pessoa mais inteligente do mundo
- Voz alta e clara
- Fale confiantemente
- Restabeleça aprte da pergunta na resposta
- A reverência vem da próxima pessoa na fila (depois da último palavra)
- Não tente ser engraçada/o
- Soem como uma pessoa só
- Não pense sobre a palavra "certa", só honestamente reaja a última palavra
- A/O Doutor/a tem emoções
- Escute e não planeje à frente

Monólogo Time Tag
- Uma perosnagem performada por múltioplas/os atrizes.atores em tempo real
- Faça uma personagem que anda/fala diferente de você para que seja mais fácil para as pessoas se jogarem nela
- Pegue extaamente onde a pessoa anterior parou
- Incorpore a fisicalidade
- Com quem quer que seja que você está com falando, ela/e não fala durante a performance
- Seja a personagem, não comente a personagem
- Encontre oportunidades para mudanças emocionais
- Faça a transição entre pessoas simples, para evitar problemas de tráfego
- Combine/copie a fisicalidaede
- Não deixe de ser a perosnagem até você receber a TAG

O que você está fazendo?
- Não é uma cena, é uma competição
- Diga algo que não pareça com que você está fazendo
- Entre na atividade e na personagem o mais rápido que puder
- "O que você está fazendo?" é mais um desafio do que uma pergunta
- Não há necessidade de se mover para outro espaço, faça de onde está
- Não apenas faça a atividade, seja uma personagem fazendo a atividade
- Use suas palavras
- Dê suporte a/o sua/eu parceira/o de cena ao lhe dar um tempo em seu momento
- Quando usar uma letra, começa fazendo o som da letra e deixa sua cabeça reagir para criar a atividade

Trabalho de Cena
- Faça afirmações ao invés de perguntas
- Responda a ergunta na sua cabeça e então diga em voz alta sua próxima fala inspirada em saber a resposta
- Resposta à última coisa que foi dita
- Comece no meio da cena
- Diga "sim"
- Nao tente ser engraçada/o
- Jogque com emoções e personagens
- Não traga pessoas invisíveis para a cena com você
- Trabalho de objeto devagar e paciente
- "roube" no posicionamento para que possamos ver seu rosto
- Não improvise uma cadeira
- Toda cena é sobre um relacionamento entre duas pessoas
- No final do dia, tudo é sobre "sim, e"
- Pessoas felizes, amigáveis e que se conehcem e gostam umas das outras tendem a fazer cenas melhores
- Você não está tentando cehagr à cena, você está na cena
- Evite "monologar". Só diga uma fala e deixe sua/eu parceira/o reagir
- Reduza a velocidade, não é uma corrida
- Interaja com o ambiente
- Se você está focada/o no futuro ou no passado, só olhe para sua/eu parceira/o de cena e tente estar no presente
- "Como eu estou me sentindo neste momento em relação a tudo?  - sempre responde a pergunta desnecessária: "o que eu faço depois?"
- Não planeje seus movimentos/passos (ex. tipo, eu vou terminar maior no final, então vou esperar)
- Não se julgue
- Faça cenas merda em aula onde é seguro e fique bem com isso. Cenas merda vão lhe ensinar muito.
- Vá assistir outras/os performarem e analise o que estão fazendo
- Se você está sentindo uma emoção, não a esconda da plateia, experience para a plateia
- Se você dizer/fizer algo que não é uma reação a última coisa dita/feita, então você não está improvisando, você está escrevendo a cena na sua cabeça. Não faça isso.
- Não coloque você sob a pressão de ser engraçada/o. Só faça o trabalho e confie no processo.
- Silêncio não é seu inimigo, mas faça dele uma escolha e não uma tática de proscrastinação.
- Peas In a Pod = combinar filicalidade, emoção, personalidade, etc. Hiper acordo/aceitação.

4 Quadrado 
- Faça duas eprsonagens muito diferentes em suas duas cenas
- Saiba que direção é direita e esquerda
- Se você não está na cena, ainda preste atenção. Você nucna sabe quando você pode ser capaz de ajudar
- Pode haver passagem de tempo entre as vezes que vemos a mesma cena
- Seus pés não estão pregados no chão
- Flertar é um jeito fácil de rapidamente estabelecer uma cena 

Continuação
- Ajuda fazer perosnagens grandes
- Use sua fisicalidade
- Quando você trocar com alguém, pegue exatatemten de onde a outra pessoa deixou a cena
- Grandes reações emocionais


***

Hoje, 30/04, eu começo o curso Improv 3. Mas as próximas postagens ainda serão sobre os outros dois dias do Improv 2 e aí então, começarei as postagens do Improv 3.

Sigamos!



quinta-feira, 26 de abril de 2018

Despedidas amorosas - I LOVE IMPROV - Dia 4 de 4

A diretora estadunidense Anne Bogart, em seu artigo "Seis coisas que sei sobre treinamento de atores" (traduzido na revista Urdimento, clique aqui para acessar) e no capítulo "Erotismo" do seu livro "A preparação do Diretor", faz uma anologia do processo de criação e da apresentação de um espetáculo como o processo de se apaixonar. A qualidade de relação que se cria com quem está com você, no palco (fazendo o palco acontecer) e na plateia. Chegamos ao último dia e à despedida desse curso de amor a Impro e o sentimento é de muito afeto, de se sentir muito calorizada (escrevi "errado", aceitei e adorei), valorizada e fortalicida para as novas caminhadas. 

E hoje, uma quinta-feira, 26/04, estamos entre o último dia do curso de ontem e o último dia para contribuir com a Vakinha do documentário, amanhã 27/04. Aqueles R$10,00 seus vão fazer a diferença no todas/os juntas/os: "somos fecha e somos arco, todos nós no mesmo barco não há nada para temer. E no mundo dizem que são tantos Saltimbancos como somos nós!" (música da minha playlist desta manhã com sobrinha e sobrinho). Para colaborar nessa junção de forças, acesse o link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/visando-impro-rumo-a-colombia




"O amor não existe, o amor faz as coisas existirem" - algo dito em sala de aula de algo que se ouviu num podcast para algo que se fez sentido em nós: o mesmo e aplica em Impro: 
"Estamos fazendo amor!"


I LOVO IMPROV WITH HOLLY LAURENT 
(EU AMO IMPRO COM HOLLY LAURENT)

Dia 4
25/04/2018 (quarta-feira), The Second City Hollywood, Sala F, 19h daqui (23h no Brasil).
Professora: Holly Laurent

Não é sobre o que aconteceu, mas como aconteceu. Sei que pareço entusiasta, iludida e... apaixonada. E, de certa forma estou, pelo fazer, pelo praticar, por estar entre gente que quer fazer isso também. Isso sempre me puxou para perto, vontade de estar à vontade com vontade. Eu me apaixono fácil por vontade de me apaixonar. Segundo Bogart, apaixonar-se é interesse. E isso está relacionado com escuta, atitude, vontade. A terra virginiana grita em mim por razões descobrindo que as raízes dos afetos são razões: queremos estar aqui e faremos isso com afeto, no meu caso, afeto analítico. 


A maioria dos exercícios de hoje, último dia, são basicamente repetições dos dias anteriores de aula, estão sinalizados com *. Para acompanhar descriç!ões e análises evolutivas, busque as outras publicações do blog referentes a esta Master Class:
05/04/2018: "I LOVE IMPROV WITH HOLLY LAURENT - Dia 1 de 4"
12/04/2018: "Construindo as Tensões - I LOVE IMPROV - Dia 2 de 4"
19/04/2018: "Em equilíbrio, as coisas que amamos vão para a cena - I LOVE IMPROV - Dia 3 de 4"

Exercício #1: BOLA DE FITA*

Meta: superar nosso número 29 da úlima aula. Mais ou menos 4 tentativas e chegamos em 31.

Comentários
- Jogos com bola tendem as nos colocar em estado de prontidão. Eu escrevi na minha dissertação de mestrado (acesse aqui) um pouco disso e desenvolvi alguns treinamentos de elenco (como o premiado espetáculo "A Falecida" dos Novos candangos) a partir dessa ideia (que eu robei da minha experiência com esporte, dos ensaios do espetáculo "O Duelo" de Edson Duavy e Willian Lopes, assim como algunas aquecimentos que fazíamos com o Duavy no grupo "Anônimos da Silva").

Exercício #2: POEMA

Holly leu um poema (eu vou pedir para ela por e-mail os poemas, pode deixar!) sobre se permitir surpresas e coisas inimiagináveis, como abrir a porta e encontrar um urso.

Exercício #3: ACORDAR O CORPO*

Esticar, girar, mexer, cuidar. "Seu corpo é ótimo, cuide dele!"

Exercício #4: DE OLHOS FECHADOS: RESPIRAR E OUVIR*

De olhos fechados, escutar a respiração e o ambiente.

Comentários:
- Esse exercício simples de tudo é tão forte para nos trazer ao aqui e agora. eu estava muito dispersa e tensa (fui diringindo pela primeira vez para o curso e fiquei quase uma hora nas vias expressas daqui). Comecei realmente a pousar na sala aqui, quando comeceio a reparar que não conseguia prestara atenção nos sons a minha volta, somente aos da minha cabeça. Aí fui me forçando, respirando e chegando... É, galera, é meditação também.

Exercício #5: ASSOCIAÇÃO DE PLAVARAS ÀS CEGAS*

De olhos fechados e sem ordem, dizer quando vier a você, uma palavra associada à última palavra dita.

Comentários:
 Momento mágico do dia: duas pessoas de olhos fechados disseram juntas a  mesma palavra.

Exercício #6: MUSIQUINHA DE DUAS PALAVRAS*

Exercício #7: SIM, EU TAMBÉM*

Fizemos uma rodada apenas com a frase: "Eu amo..."

Exercício #8: STOP ÀS CEGAS

Também chamado de "Freeze" ("Congela"). Duas pessoas começam uma cena, as outras estão na linha de trás ou nas laterais de costas para a cena (por isso às cegas). Quando percebe o momento de edição, alguém das linhas de fora diz "Stop", ou "Freeze", ou "Congela". A cena pára, imrpovisadoras/es da cena ficam congeladas/os exatamente na posição do momento do comando. Quem falou entra e faz uma "TAG OUT" (dá um tapinha no ombro) de uma das pessoas que sai e a pessoa que entrou toma a exata posição da que saiu, inicialndo uma nova cena a partir das posições em que ambas/os as/os jogadoras/es estão.

Comentários:
- Para fazer render nosso tempo, Holly nos colocou para fazer a TAG OUT das duas pessoas sempre, então sempre que alguém pedia o "Freeze", duas pessoas novas entravam e tomavam o lugar e posições das duas que saiam.
- Os objetivos de fazer às cegas são os de ampliar a escuta; tirar a possibilidade de se pensar antes o que fazer com os gestos (que não é um problema em si, é só um exercício), e assim se colocar "sem ideia" alguma para o jogo: só entrar e jogar.
- Confesso que rolou um "delay" para mim. O visual me ajuda muito a entender o que é dito em inglês. O que ao mesmo tempo, foi ótimo, porque parei mais rápido de "traduzir" e virei a chavinha do "pensar em inglês".

Exercício #9: HISTÓRIA DE UMA PALAVRA

Ou "Uma palavra de cada vez" (lembrando que os exercícios tem muitos nomes mesmo, é um telefone sem fio de passar adiante). Metade da turma em grupo, meio círculo, contamos uma história cada pessoa falando uma palavra de cada vez. O título da história vem da plateia. 

Comentários
- Básico é básico. Conectamos raoidamente emoções, olhares e o desapego das nossas ideias.

Exercício #10: HISTÓRIA CONDUZIDA

Como um coral, a outra metade da turma se posicionou em meio círculo olhando para a professora. Contaram um história (título sugerido pela plateia) em que cada pessoa falava enquanto a professora apontava para ela. Quando trocava de pessoa, esta deveria continuar a história exatamente de onde se parou, mesmo que fosse na mestade de uma palavra.

Comentários
- Extrema conexão e escuta. 

Exercício #11: COMBINANDO ENERGIAS*

A edição ficou nas nossas mãos, procurando como exercício, o primeiro ponto para editar.

Comentários:
- Procurar entrar sem um plano: editar e jogar.
- Por que você se sentre atraído pela Impro? Talvez poruqe você esteja tentando não controlar. Talvez porque você esteja tentando acreditar. Talvez porque você esteja tentando confiar.
- Me lembrei várias vezes na aula do livro "A Arte Cavalheresca do Arqueiro Zen" de Eugen Herrigel (um livro bem pequenininho e fininho). Este foi um dos momentos, tenho este livro para mim como uma analogia do trabalho em arte. Uma das ideias que transponho para o teatro: permitir-se ser canal, como a/o arqueira/o para a flecha: algo atira, não é a vontade da/o arqueira/o em si, o seu estado de presença permite que algo atire. E atenção, uma das questões que mais gosto: atirar não quer dizer acertar o alvo, mesmo que se mire nele. Isso também me remete aos livros do ator Yoshi Oida, tanto em "O Ator Invísivel" e "Um ator Errante" há o argumento de se apntar para a lua: a/o atriz/ator faz um movimento em cena para que o publico veja a lua e não o movimento. Por meio do visível, possa ver o invisível.

Exercício #12: CÚMPLICES

Em dupla, contam uma história à plateia ou vivem um momento de cumplicidade que é relatado à plateia. Personagens que se conhecem bem e que sabem perfeitamente o que aconteceu ou que está acontecendo.

Comentários:
- Quase como se um/a completasse a frase da/o outra/o.
- Uma dica é a de completar uma informação que a/o outra/o acaba de dizer. Ex.: A - Nós fomos para o aeroporto primeiro. B - Por que era o lugar mais afastado que tinhamos que ir do nosso roteiro do dia.
- Acaba acontecendo naturalmente, se houver conexão e escuta, das pessoas dizerem a mesma coisa juntas.

Exercício #13: SALA DE ESPERA

(The Living Room). Tradiconalmente se joga assim: o grupo se senta em um lado do palco e conversa sobre assuntos diversos naturalemnte, smefazer personagens. São as opiniões próprias e jeitos próprios de falar das pessoas ali presentes. Alguém percebe que ha material suficiente para as improvisações e faz o sinal sonoro de uma sineta (DIN).  Todas/os levantam-se e se poscionam para começar uma série de cenas inspiradas na conversa, até que alguém faz o som da sineta (DIN) e todas/os voltam aos seus lugares e conversam dando continuidade ao assunto anterior, ou começando algo novo a partir do que surgiu nas improvisações. E assim se segue até o fechamento do formato por decisão do grupo ou da condução externa. 
Variação com a qual jogamos: Um grupo conversa na sala de espera e o outro faz o DIN! e executa as cenas, até que o grupo da sala de espera faz o SIN! e puxa de volta a conversa.

Comentários:
- É possível ver, principalmente no fromato tradicional: a/o atriz/ator e sua desconstrução ou construção em personagem.
- É uma estrutura, principalmente na variação que fizemos, que abarca elencos grandes. Éramos 15.

Exercício #14: MISTURANDO COM VOCÊ*

Comentários:
- Pessoas que se conhecem bem
- Responder a pergunta com as suas verdades pela voz da personagem
- Surgiram momentos emocionantes, trocas belíssimas e cativantes. Eu me emocionei profundamente e me descobri um pouquinho em "resuma a sua vida em 4 frases".
- Quando você pergunta para uma criança que está dançando se ela é uma dançarina, ela responde que sim. Em algum momento da vida comoeçamos a ter vergonha de ser mais de uma coisa. Como se fosse permitido se boa/m e ser apenas uma coisa. - Eu estoue screvendo exatamente sobre isso na minha aplicação de doutorado...Lembrei-me também de uma conversa com o diretor escosês Mathew Lanton durante a festa do Festival Cena contemporânea de Brasília. Alguém chegou e fez um tipo de comentário: "A Luana é uma diretora aqui da cidade" e eu na hora "corrigi": "Não, eu não sou diretora.", e então ele me perguntou: "Você já dirigiu?", eu respondi que sim, mas apenas uma ou duas coisas profissionais. Ele respondeu: "Então você é uma diretora". Issso me remete tanto a Augusto boal e conceito de não-atores: o trabalho era com "não-atores" por não serem pessoas que tinham a atuação como profissão, porém naquele momento em que faziam teatro, eram atores. Não falo em desvalorizar profissões e sim em valorizar ações. Simples e digno.

Holly indicou alguns artigos do New York Times em que são possíveis achar perguntas para criar intimidade (foi e onde ela tirou as do exercício). Seguem os links em inglês, se quiserem, só pedir aqui nos comentários do blog que eu tiro um dia para traduzir! AVou traduzir aqui só os nomes dos artigos para que se preste atenção:

PARA SE APAIXONAR POR QUALQUER PESSOA, FAÇA ISSO

36 PERGUNTAS NO CAMINHO PARA AMAR

Parece que pessoas que fizeram isso, se apaixonaram e até casaram... segundo os artigos. Então entendo, algumas/ns de nós terão/emos medo...

Fechamos a aula com mais um poema. 
Fecharemos a Vakinha amanhã, 27/04!

segunda-feira, 23 de abril de 2018

DICAS PARA NARRATIVA EM IMPROVISO de Katy Schutte

23 de abril de 2018... Faltam só 4 dias apra fechar nossa vakinha para o Documentário de Impro rumo à Colômbia! Para contribuir acesse o link:



Texto de hoje!
Dessas minhas traduções de textos de outras pessoas  no blog, esta aqui foi autorizada. Lembro que há esse meio jeito de tentar tratar a língua portuguesa com uma igualdade de protagonismo tanto femnino quanto masculino. O que não vem do texto original em inglês. 

As "Dicas para Narrativa em Impro" foram retiradas do blog da improvisadora Katy Schutte:

O CAMINHO DO/A IMPROVISADOR/A
Um Blog para Improvisadoras/es


DICAS PARA NARRATIVA EM IMPROVISO
17/1/2018

Existem vários estilos e formas diferentes de improvisação (como vocês já sabem) e um/a deles/as é a contação de histórias lineares. Eu certamente não a voz da narrativa improv, sendo mais Del Close em minha formação do que Keith Johnstone, mas eu amo e uso narrativa em alguns dos shows nos quais performo. Sem ficar muito presa a Jornada do Herói e usando fortemente a estrutura de história, você pode usar simples abordagens no seu espetáculo de improv para criar uma narrativa na qual você não está furiosamente tentando lembrar um monte de informações ou desajeitamento lutando para atar tudo nos últimos cinco minutos.

1. Conte uma história
É muito tentador ter uma história A, B e algumas vezes uma C. Você pode aproveitar as outras personagens que você encontra pelo caminho, sem ter que contar suas histórias individuais também.

2. Faça ou descubra sua protagonista
O jeito mais fácil de manter as coisas simples e contar uma história é fazer com que a história se encaixe em volta de uma personagem. Torne muito claro quem é essa personagem e a siga. Talvez a coloque em todas as cenas só para ter certeza.

3. Encontre um querer para sua protagonista
Uma necessidade emocional nos dá uma clara rota por dentro de qualquer história. Mesmo se é um objetivo físico que se crer, haverá uma razão emocional para o desejo. O que elas procuram vai guiá-las à pessoas e lugares.

4. Faça agora
Parece que seria divertido salvar a Formatura ou a Explosão ou Conseguir os Diamantes para o final do espetáculo, mas por que  preencher 40 minutos e esperar que todas/os estejam na mesma página para o final? Faça agora. Faça a Formatura na cena dois e veja o que acontece depois.

5. Seja super óbvia
Para evitar confusão, ateste que o que você pensa é verdade e  o que você pensa está em adandamento. Se este é o seu pai, chame-o muito de Pai, se essa senhora parece ser má: diga a ela que ela parece muito má. Guardar segredos ou ser subjetiva sobre uma ideia vai fazer as pessoas chegarem a diferentes conclusões.

6. Comece a reciclando a partir da metade
Quando você atingir o meio do caminho da sua história você não precisa adicionar nada a mais. Escolha qualquer personagem, lugar, objeto ou ideia que já tenha mencionado é usado antes. Pense na sua história na forma de um diamante; expanda, expanda, expanda, em seguida, no meio do caminho você a torna mais estreita até que tudo termine em um ponto.

7. Merdas estranhas vão acontecer de qualquer jeito
Você está improvisando, não escrevendo, então algumas coisas estranhas vão acontecer na sua história mesmo se você tentar  fortemente pará-las. Você realmente não precisa se esforçar para colocar coisas estranhas e interessantes. Seja óbvia. Faça a próxima coisa mais óbvia e justifique a esquisitice quando ela chegar organicamente.

8. Deixar acontecer
A história talvez vá facilmente para direção completamente diferente da qual você queria. Isso é ÓTIMO. Improv é uma arte de criação de grupo; fazer uma história coletiva que qualquer um/a de vocês não conseguiria ter escrito sozinho/a. Relaxe e aproveite a nova jornada ao invés de focar nos apontamentos da sua própria história.

Boa sorte e obrigada por ler!


Se você quer se tornar nerd quanto à estruturas, meu nerd favorito em estruturas é Dan Harmon. Você pode encontrar o blog de estruturas dele here (aqui).

Meu livro The Improviser’s Way: A Longform Workbook (O Caminho do/a Improvisador/a: um Livro de Trabalho Longform) será publicado pela Nick Hern Books mais tarde esse ano. this year. Para descobrir mais e aprender sobre minhas aulas e espetáculos por todo o mundo, junte-se ao meu mail (mensal) clicando here (aqui).

 The Maydays in Happily Never After
(imagem retirada da postagem original do blog)


***

Essa semana está bombando. Tem na quinta-feira a última postagem da Master Class I LOVE IMPROV WITH HOLLY LAURENT. Sexta, além de fechar a nossa Vakinha eu começo o quarto curso do projeto, um intensivo do final de semana: IMPROV 2, o que nos rendereá postagens para a segunda, terça e quarta da outra semana. E já tem curso novo na sequencia. Tudo fervendo. E... apoie a Vakinha do Documentário enquanto é tempo (repetição proposital!): https://www.vakinha.com.br/vaquinha/visando-impro-rumo-a-colombia

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Em equilíbrio, as coisas que amamos vão para a cena - I LOVE IMPROV - Dia 3 de 4

Aulas difíceis de anotar são aulas que te envolvem muito. Obviamente isso não quer que as que são possíveis não o sejam. Consegui fazer um roteirinho no final da aula de ontem e começo hoje a rememorar o que foi feito, dito e experimentado. Mas o que posso afirmar sem qualquer dúvida na memória é que foi amoroso e divertido.

Para quem chega por agora, esses são os relatos da Master Class I LOVE IMPROV WITH HOLLY LAURENT. Em itálico estão meus comentários e observações pessoais. Simbora mexer essa memória! e lembro que faltam poucos dias para fecharmos a vakinha do documentário de Impro, colabore pelo link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/visando-impro-rumo-a-colombia

I LOVE IMPROV WITH HOLLY LAURENT
(EU AMO IMPRO COM HOLLY LAURENT)

DIA 3
18/04/2018 (quarta-feira), The Second City Hollywood, Sala F, 19h daqui (23h no Brasil). Professora: Holly Laurent

Os exercícios com * são exercícios que foram feitos pela primeira vez na aula do dia 11/04/2018, para encontrar a descrição: ver postagem do dia 12/04/2018: "Construindo as Tensões -I LOVE IMPROV - Dia 2 de 4".

Exercício #1: BOLA DE FITA* 

Meta: superar nosso número 27. De primeira fizemos 27. Mais 4 tentativas e chegamos em 29.

Exercício #2: ACORDAR O CORPO*

Exercício #3: MUSIQUINHA DE DUAS PALAVRAS*

Essa para mim é bem complicadinha, porque rola um segundo de tradução na cabeça e aí eu perco ritmo... Mas taratará, a gente joga com isso também.

Exercício #4: SIM, EU TAMBÉM*

Com as mesmas regras, fizemos os exercíciso com rodadas divididas em categorias: EUA MO O CHEIRO DE... EU AMO GOSTO DE... EU AMO VER..., EU AMO OUVIR... EU AMO SENTIR... (tanto tato quanto sentimento).

Comentários:
- Generalizações funcionam!
- Especificidades funcionam demais!!!!

Exercício #5: O QUE VOCÊS QUEREM?

Como no primeiro dia, agora o començando o terceiro e assim, estando na metade desta Master Class, Holly nos perguntou diante do que já foi feito o que sentimos e queremos trabalhar ainda. Ela colocou que ela quer trabalhar conosco o EQUILÍBRIO, que, principalmente na aula passada percebeu que engatamos em padrões de ritmo de cenas. As respostas da turma foram até aprecidas com a primeira aula, mas continham palavras como "continuar", ex.: "continuar escutando". O que demostra que as coisas estão se desenvolvendo rápido e nos atingindo. Ao menos, eu sinto assim.

Exercício #6: EU AMO TODAS AS CENAS PARA MIM

Este exercício me remete uma fala do espetáculo "Cabaré Filosófico" de Domingos de Oliveira: "Esse espetáculo é apra quem gosta de mim. Quem não gosta de mim pode ir embora! Ninguém foi embora, então todo mundo gosta de mim!". Um pessoa vai para o centro da sala mais à frente, as demais se sentam na" plateia" de frente para esta pessoa. Há proximidade. A pessoa começa a falar várias coisas que ama, várias coisas verdadeiras. Um monólogo lista de mais ou menos 1 a 3min. Realmente é uma sensação de tempo, acredito que a/o professor/a pára quando percebe ter material suficiente para a próxima etapa e que a pessoa já se abriu um tanto. Todas/os se levantam e se colocam nas linhas laterais. Começam uma série de cenas em que "A" pessoa que fez o monólogo não sai do palco e as/os demais entram trazendo propostas a partir do que ouviram no monólogo. Edições acontecem pelas/os alunas/os, até a/o professor/a fechar a série de cenas.

Comentários:
- A qualidade de escuta que tivésmos sentados ouvindo o que "A" pessoa ama, é a qualidade de escuta na Impro
- É o exercício de dar preentes, não simplesmente porque as cenas giram em torno do que "A" ama, mas porque porque se entra trazendo algo para que "A" jogue.
- A sensação de jogar com coisas que você ama, numa metralhadora, é uma delícia. Além de perceber a descobertas que as/os outras/os fazem sobre o que você disse.
- Também é ótima a sensação de jogar para a/o outra/o algo que ela/e gosta.
- É um exercício de grande exposição, troca e conhecimento do elenco entre si.
- Todas/os que quiseram fazer fizeram. O que deu portagonismo a quem fez, mas envolveu todas/os em atividade. Tomou quase todas a aula.

Exercício #7: LONG FORM FREE STYLE

Holly disse que os nossos músculos de escuta, presentes e edições já estavam afiados naquele dia para fazermos um long form. Atenção: Equilíbrio nas edições: buscar ouvir os ritmos, os espaços (exercício YING-YANG* da aula passada), para que as cenas não entrem em padrões.

Comentário:
- Há algo de universal na especificidade. Algo que eu me indentifico quando você é específica/o.

Exercício #8: MISTURANDO COM VOCÊ

Cenas de duplas, com proximidade com a plateia. A/o professor/a procura dar personagens distantes da realidade das/os alunas/os. E dá também  uma pergunta para que um/a delas/es faça a/o outra/o no início da cena. A pergunta é de caráter pessoal e a ideia é que se misturem fatos reais da vida da/o improvisadora/o nas respostas das personagens. Depois a pergunta é rebatida a/o outra/o jogador/a.

Comentários:
- Holly tinha uma lista já pronta. 
- Exemplos de personagens que fizemos: Seguranças de uma boate de Striptease trabalhando na porta; Presidente e Primeira/o Secretária/o tomando um uísque à noite antes de irem para casa; Motoqueiras/os fumando um cigarro fora do bar; Jogadoras/es de futebol americano voando para casa após terem vencido o Super Boal, e treinadoras/es da NBA.
- Rolou na aula duas observações: as personagens tinham em comum empoderamento de si, serem boas e fortes no que fazem; e sobre serem personagens masculinas. O que se percebeu na hora que todas poderiams er femininas, mas enfim, na nossa cabeça elas automaticamente foram masculinas. O machismo cultural em que somos "ensinadas/os".
- Exemplos de perguntas (na ordem repectiva que fizemos as personagens, ams não precisam ser estas combinaçõeS): Se pudesse mudar algo na sua vida o que seria? Qual foi sua maior conquista de vida? O que seria o dia perfeito para você? O que você é mais grata/o na vida? O que você teria feito diferente na vida e porque não fez?
- Real X Verdadeiro: quando se mistura com suas coisas reais, aparecem reações, tensões e interesses verdadeiras/os. - Foi bem verdade ao assistir e fazer, me remeteu um pouco (o que não é exatamente, hein?) as questões de memória emotiva e sensorial de Stanislasvki... Algo a ser estudar a respeito...
- Não ficam pescando em cena pelo que pensar sobre o universo daquela personagem, o que a personagem é, pois se traz para o lado humano. Duas/Dois seguranças de boates podem querer ter outra vida, etc.
- Faz com que a cena não seja sobre o trabalho e sim sobre as personagens e sua relação.
- É legal porque distância do que sempre se vê em cenas de impro, ex.: duas/dois seguranças de boate falando de sexo, das dificuldades do trabalho e sendo esteriótipos vazios (porque eu acredito no poder do esteriótipo fervente, como Anne Bogart). Ao mesmo tempo é fácil se perder na própria história pesosa. Fazendo, e assistindo, é difícil voltar ou trazer de volta as realidades da cena. Eu fiz a cena das/os jogadoras/es no aviação, e foi difícl, por exemplo, permanecer no avião e na sensação do Super Boal. MAs acredito que esse seja o jogo, a mistura, que se consegue fazer com EQUILÍBRIO com a prática. E assim também encontrar o que se usa o que se muda, etc.
- As cenas se transformam em personagens contadoras de histórias também. Biográfias.

Exercício #9: RODA DE CONVERSA

- Conversa final sobre a aula. As pessoas se abriram e falamos de questões pessoais que nos tocaram fazendo e assistindo. Momento de partilha e respeito.
- Holly nos leu um outro poema... (eu tenho que lembrar de pegar estes poemas que ela nos lê, são ótimos!) e inidicou o livro "The Chase is the Thing" de Chris Getharal. Não é de Impro, é sobre, pelo que entendi, a ida dele ao Vietnã e de sua volta que como ele descreve as pessoa spelas coisas que elas carregam e que lhe são importantes.

Eu lembrei de uma música do espetáculo QUIDAN do Cirque du Soleil que eu adoro e que para mim tem tudo haver com a vida e com Impro. Acredito que a tenha usado na minha dissertação de mestrado. Chama-se LET ME FALL (Deixe-me cair).

Um trechinho de memória: "Someone I am is waiting for courage. The one I want, the one I will became will catch me. So let me fall if I must fall." (Alguém que eu sou está esperando por coragem. Aquela/e que eu quero, Aquela/e que eu irei me tornar vai me apanhar. Então deixe-me cair se eu preciso cair."

Foto do espetáculo QUIDAN do Cirque do Solei retrirada do link: http://www.richasi.com/Cirque/Quidam/act03.htm