sexta-feira, 16 de março de 2018

Dando voltas e saindo do lugar: LA RONDE & THE PARTY - Dia 2 de 4

LA RONDE & THE PARTY: CHARACTER & RELATIONSHIP IN LONGFORM
LA RONDE (A VOLTA) E A FESTA: PERSONAGEM E RELACIONAMENTOS EM LONFFORM (FORMATO LONGO)

Sobre a Aula 01 vide em Postagem do dia 15/03/2018 - LA RONDE & THE PARTY - Dia 1 de 4

DIA 2
15/03/2018 (quarta-feira), The Second City Hollywood, Sala E, 19h daqui (Meia noite no Brasil). Professor Craig Cackowski.

Conversando sobre a última aula e o que reverberou em uma semana de lá para cá, algumas questões vieram à tona. Uma semana para mim pareceu um mês, provavelmente devido ao intensivo Improv 1 no final de semana entre as aulas. É muita coisa e te tira do eixo. ,as já me sinto mais conectada com a Impro novamente. Agora é praticar e melhorar e aprender e zás, zás, zás!
Um comentário pontual me chamou mais atenção nesse início de aula (e por favor, lembrem de que é a escrita de uma tradução do que é dito em aula, não exatamente uma citação)

Em itálico: meus links e observações pessoais, ou seja, coisas que não foram ditas na aula, são as minhas relações.

- Obviamente que quanto mais você sabe sobre tudo, cultura pop em especial, mais “ajuda” de informação você tem, mas Impro não é um teste de referências. Craig falando algo como:  Ás vezes me dizem que eu sei muita coisas, que eu falo muitas coisas interessantes em cena. Eu na verdade só falo de coisas que me interessam, por isso a plateia se interessa. E isso tem há ver com especificidade, por saber, você é especifica(o).

Exercício #1: RODA DE PERSONAGENS

Todas(os) em roda, uma pessoa no centro, as de fora dizem personagens para que as de dentro execute. São personagens instantâneas, com uma duração de cerca de 5 a 10 segundos.

COMENTÁRIOS EM SIDE COACHING DURANTE O EXERCÍCIO:
  • pensar uma profissão + adjetivo ajuda a criar personagens a dizer
  • Não é um desafio, diga a(o) outra(o) personagens que você gostaria de fazer 
  • Quem está no meio da roda: não pensar muito, muito menos no que vai dizer. Ir pelo corpo e rosto que a fala vem. A coluna, espinha dorsal, está ligada ao cérebro.

E a vergonha da língua começou... e por isso uma necessidade desparecer inteligente, um bloqueio... respirar, dar tempo... sim.

Exercício #2: CENAS DE DUAS PERSONAGENS OPOSTAS

  • Personagens “opostas”, ou seja, que não pertencem exatamente ao mesmo mundo/universo. O desafio é fazer isso ser “normal” ao estarem juntas. Pode ser num espaço neutro ou absurdo para uma e “normal” para outra. Exemplo: Uma líder de torcida é um vampiro, alguns lugares: Festa De Dia das Bruxas (espaço neutro), Ensaio da torcida (“normal” para a Líder de torcida e “absurdo” para o vampiro); Castelo (“normal” para o vampiro e “absurdo” para a Líder dez Torcida).

Indicações:
  • As personagens já se conhecem. Se começar com elas se conhecendo vai rolar um tipo de resolução de problemas e negociações, como: “Ah, você deveria ser mais assim... diferente...”. Elas já se conhecem e já se aceitam.

Comentários:
  • Só faça as personagens já se conhecerem, a graça está no contraste: ela são amigas, os opostos são amigos e convivem. Exemplo de cena que fizemos: um soldado é um guru espiritual, em que soldado ensina o guru a atirar em agradecimento pelas terapias de raiva anteriores.
  • Justificar porque estão juntas ali. Exemplo em relação ao exemplo acima: o soldado está retribuindo uma ajuda usando seu próprio campo de conhecimento
  • Atenção a energia das personagens que começam altas e se perdem quando as(os) improvisadoras(es) começam a pensar no que dizer
  • Achar o porquê da sua personagem agir/dizer sim para isso. Escolha a ação e depois justifique. É melhor do que o debate: se deveria ou não estar ali. Exemplo do soldado e guru: o guru já disse sim à ir ao campo de tiro e aprender a atirar. Justificativa possível para esta ação: topou por entender que a gratidão faz parte do processo de cura do soldado. Assim como repartir e compartilhar ensinamentos.
  • Se o debate vem, e tudo bem ele vir, não ficar no mesmo argumento, mudar de táticas. Isso eu já lembro das minhas primeiras aulas de Teatro-Esporte no início deste século (véi, pense!) com Edson Duavy (Edinho).
  • Dê presentes a você mesmo: defina coisas sobre você e compartilhe com a(o) colega de cena
  • NUVEM DE PALAVRAS DA PERSONAGEM, palavras que a personagem usa. Pode-se fazer uma pequena associação livre antes de começar. Exemplo: Guru: carma, nirvana, terceiro olho, iluminação, conexão.
  • Reparei que a tendência de justificar o encontro desses opostos e colocar as personagens como sendo da mesma família. Pode ter sido só na aula hoje, mas me parece plausível ser uma tendência. Familiares se conhecem e convivem por anos e tendem a ser bem diferentes. Isso é uma observação, não tem nenhum julgamento de certo e errado.

Eu, nervosa, sem muita escuta porque escutava muito em mim: “Tenho que fazer alguma coisa”, e não, eu não tenho...

Exercício #3: RELAÇÕES ESPERADAS NO INESPERADO

Comentários pré-exercício:
  • Nunca faça uma cena por obrigação: “eu suponho que essa é aquela cena que a gente tem que fazer tal coisa”. Exemplo: típica cena de pedir em casamento. Esteriótipos de filmes e séries, etc.

Exercício:
Pegar relações padrões dadas pelo(a) condutor(a) e trazê-las para novas perspectivas. Ex: colegas de trabalho. O padrão é colocá-los num escritório de alguma coisa (que demora para especificar), especifique primeiro e abra sua mente para colegas de quê trabalho: ex.: carrascos na Idade Média. E a conversa de escritório, sobre os problemas padrões (abuso do chefe, horas sem descanso, estresse, etc.) se encaixam aqui. 50%-50% dos dois mundos.

Comentários:
  • Amigas de infância: ser amigas e não só dizer que são. Atuar como amigas.
  • Não é uma questão de negar a primeira ideia e sim de ampliar horizontes. Exemplo: colegas de quarto que estão na balada, e não só em casa discutindo coisas da casa (o que seria o padrão)
  • Ajuda se se perguntar: O que é esperado no que fazem? O que que é absurdo na situação? E aí, com as respostas, trabalhar os 50%-50%.
  • Quando uma coisa soar estranha, ter consciência, aceitar e usar.
  • Especificar. Exemplo: Pai e Filho... quais são as idades?
  • Sua personagem pode ser mais confiante, saber mais, ela já concordou em estar ali. Personagens sabem, improvisadoras(es) não sabem. 
  • Das mudanças de perspectivas sacodem a relação e saem das referências padrões de sitcom, e das milhares de cenas que já vimos se repetirem. Ou são essas mesmas cenas, mas com outra perspectiva do padrão. O óbvio bate à porta...

Exercício #4: LA RONDE

Queda só o professor editando as cenas, desta vez por conta do tempo de aula que falta, de maneira a garantir que nós 11 possamos fazer o exercício. 11 pessoas, 11 personagens. Cena 1: A+B. Cena 2: B+C. Cena 3: C+D. Cena 4: D+E. Cena 5: E+F. Cena 6: F+G. Cena 7: G+H. Cena 8: H+I. Cena 9: I+K. Cena 10: K+J. Cena 11: J+A.

COMENTÁRIOS EM SIDE COACHING DURANTE O EXERCÍCIO:
  • primeira cena: se conhecem e tem energias diferentes.
  • Não fazer piada, mas entender o ritmo da cena em afirmação + virada/gancho (set up + punchline)
  • Véi!!!!! Eu não dei nome à personagem da minha colega de cena, na minha segunda cena. Lembrei de lhe dar foco, mas só no meio. Percebi que é difícil para todas(os) esse momento de dar foco à nova personagem, ficamos na tentação de continuar alimentando a personagem anterior, ambas as pessoas em cena, a nova e a antiga.
Foco de cada cena: Cena 1: A+B. Cena 2: B+C. Cena 3: C+D. Cena 4: D+E. Cena 5: E+F. Cena 6: F+G. Cena 7: G+H. Cena 8: H+I. Cena 9: I+K. Cena 10: K+J. Cena 11: J+A
  • Dar suporte, presentes.
  • Eu vou acreditar se você der suporte ao que foi criado com especificidades
  • “Show, don’t tell”: “Mostre, não conte!”. Não conversar sobre o que a relação deveria ou não deveria ser: sejam.
  • É muito bom quando a personagem de A é bem definida e marcante, porque depois de toda a RONDE, quando ela volta, é uma felicidade, uma delícia. “Eu conheço esta personagem! Eu gosto dela!” O elemento do reconhecimento é um dos mais empáticos com a plateia.

Relato das cenas criadas, (o que reforça para mim, que a estrutura conduz o enredo, então não nos é uma preocupação, apenas dar foco às personagens novas e desenvolver relações):

Cena 1: A - pai gay tentando fazer o melhor sushi com lagosta para a super festa de 25 anos da filha. B - Filha insegura que provavelmente é lésbica, e o outro pai fica lhe jogando isso na cara.

Cena 2: C - irmã adolescente, extremamente confiança e celebridade do Instagram que pressiona a irmã de 25 a sair de casa.

Cena 3: D - colega de escola de C que é nerd e desajustado. Ele é o novo projeto e C para virar popular e ela poder comer de graça no restaurante italiano do pai de D.

Cena 4: E - mãe fumante preocupada com aparência. Ex-modelo/celebridade de 50 anos. Divorciadas que pressiona o filho para ter notícias sobre o pai.

Cena 5: F - fotógrafa que tem todos os contatos das baladas de Los Angeles e é um tanto sexualmente vulgar.

Cena 6: G - amigo da fotógrafa... (não lembro bem...)

Cena 7: H - chefe de G no restaurante de macarrões que deseja ser pilota de aviões e rock star, ao mesmo tempo.

Cena 8: I - marido de H que não faz nada, não tem emprego, e é fascinado por gatos.

Cena 9: J - melhor amigo de I que sente que está perdendo o amigo por que ele vai arrumar um emprego para agradar a esposa. I também não faz nada e ainda mora com os pais e o gato.

Cena 10: K - pai de J que não quer mais que H venha visitar, brincar com o gato, e pressiona o filho a fazer algo da visa. Duro e ríspido. Talvez o filho deva ir morar com a mãe. 

Cena 11: Descobrimos que A e K são casados e os pais adotivos de B e C. J é filho do primeiro casamento de K. A festa de 25 de B foi um desastre porque K está sendo muito ríspido com as crianças. 

***

Corre para pegar 1 metrô, 1 ônibus e 1 Uber e chegar em Calabasas (onde estou morando com a minha irmã) meia noite e meia!!!! Total gasto para voltar: U$11.75 (U$1.75 pelo metrô e ônibus integrado com 1 bilhete apenas e U$10.00 pelo Uber. Se fosse 1 Uber direto do Second Vity seriam quase U$36.00 no Uber pool). O metrô começa a espaçar 20min entre os carros na linha vermelha às 21h. Assim como os ônibus integração com o metrô. Meu último ônibus (da linha de integração para casa) para de passar às 19h30. To contando isso para aquelas e aqueles que pensarem em dar uma estudada por aqui também.

Quinta-feira, 22/03/2018, que vem tem a publicação da aula 3!

Mas fique de olhe no Blog, pode ser que tenham publicações de outros textos e comentários de peças se rolar de ir neste final de semana!

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