terça-feira, 8 de maio de 2018

Algumas visitas batendo à porta - IMPROV 3 Express - Dia 3 de 7

Medo tem sido um tópico. Acredito que a Impro tem haver com isso também, sobe sentir medo e lidar com ele.
Eu mesma diante dessa viagem, ter vendido todas as minhas coisas, não saber o que vai ser a minha vida a partir de julho, sem apartamento, carro, coisas, emprego, enfim. eu mesma, para me incentivar nessa emrpeitada uso o mantra: "Se está com medo, vai com medo mesmo." Ajuda. Me ajuda.  Aí lembro também da Adriana Lodi, amiga e artista daquelas: UAU! "Mate seus egos e administre seus medos". Por ocasião do... destino? Um flyer da exposição "A Cara de Brasília" caiu de dentro de um dos livros que eu trouxe comigo, a foto é a da Adriana Lodi. Então afrase dela está gritando em mim nos últimos dias. Estou bem grata, porque está ajudando. Vendo o medo como aliado, como autoconhecimento, como indicador dos limites a quebrar, respeitar e/ou contornar. a ser sincera comigo também e não "fingir" que o medo foi embora, mas constatar que ele passou e até a próxima a gente segue guiada também pela experiência dessa visita. Então, agradecida pela visita do medo, da Dinha (Adriana Lodi) e das memórias vou me fortalecendo para os últimos meses dessa viagem.




Aqui estou eu administrando medos e sentindo que a coisa está se encmainhando a partir desse esforço também. Aí... a aula de ontem... Aula de música... Impro e música... Pense a tremedeira.


IMPROV 3 - Express (Expresso)

DIA 3
07/05/2018 (segunda-feira), The Second City Training Center, Lounge, 18h30 às 22h. Professores: Tim Stoltenberg e Eric Schackne

Daquelas programações de aula que vêem do momento, de respirar a turma e se ouvir... ao meu ver (frase super sinestésica). Tim nos chamou para a roda de aquecimento e bateu uma palma quando se levantou. Eu bati outra, outra/o colega bateu mais uma uma, e eu duas, e uma musiquinha se formou discreta (algo que aocntece com frequência entre os Novos Candangos, grupo que faço parte em brasília). Tim respondeu com um exercício de aquecimento inicial, sem muitas explicações.


Exercício #1: PASSAR PALMAS

Em roda, duas pessoas (A e B) juntas batem uma palma cada uma, uma das pessoas (B) se vira para o outro lado e bate palma junto a próxima (C), e assim o círculo segue. Ex. A+B; B+C; C+D; D+E; E+A; A+B... O ritmo aumenta.

Comentários:
- contato visual com quem bate palma com você
- Escute o ritmo, dá para se preparar, mas não antecipar necessariamente: escute sua/eu parceira/o


Exercício #2: MUSIQUINHA DE DUAS PALAVRAS*

*Exercício realizado em Improv 2 também, se quiser conferir.
Em roda. O grupo marca o ritmo estalando os dedos. Uma pessoa (A) diz uma palavra e a pessoa ao lado (B) diz uma que completa. Todas/os (T) repetem no rimto as duas palavras juntas e cantam em seguida "Tudurudu". Agora (B) diz uma palavra e a pesosa ao lado (C) diz a segunda...
Ex.:
(A): Cachorro/
(B): Quente/
(T): Cachorro Quente/ Tudurudu
(B): Carro/
(C): Velho/
(T): Carro Velho/ Tudurudu

Comentários:
- O importante é manter o ritmo
- Pensar em completar a palavra e não associar: dia + noite (não se completam, se associam)


Exercício #3: ESTABELECER LOQ*

*Exercício realizado nas duas primeiras aulas de Improv 3 Express. Postagens dos dias 03 e 04/05/2018.

Em roda. Uma pessoa entra no centro e fala uma palavra ou sentença que define o Lugar (L), ou O que está fazendo (O), ou  Quem (Q) está fazendo. Outra pessoa entra e define alguma parte da LOQ que não foi estabelecida ainda, até a terceira pessoa entrar e fechar as definições da LOQ. Se duas pessoas entrarem ao mesmo tempo no círculo, elas se olham e falam juntas e ao mesmo tempo.
Ex.:
(A): Diana
(B): Comendo hamburguer
(C): Escritório
ou
(D): Tropeçando
(E): Vivian
(F): No meio fio da calçada


Exercício #4: EU TE AJUDO

Exercício de duplas que trabalham simultaneamente. Uma pessoa (A) começa a fazer uma ação que leve ao mensos 2 minutos para se completar. (B) entra ajudando a ação mesmo sem saber o que é. Quando terminarem, patem juntas/os as mãos para sinalizar o fim. O exercício é todo em silêncio. Depois trocam, (B) começa a atividade e (A) entra para ajudar.
Ex.:
(A) Começa a tirar algo pesado e cima do armário. (B) ajuda a tirar meso sem saber o que é, sabe que é pesado apenas e respeita o formato que (A) estabelece. (A) abre "a coisa" definindo como mala. (A) volta ao armário e começa a pegar "coisas" de dentro dele e colocar na mala. (B) sem saber que "coisas" são, só espelha e faz o mesmo. (A) percbe que (B) ainda nõ sabe que coisas são, então define que são roupas ao tentar escolher qual seria melhor (colocando na frente do corpo). (B) aponta para uma delas definindo assim que sabe também do que se trata. Fecham a mala. Batem a palma.

Comentários:
- Exercício de formação de figura e trabalho com objeto
- Ser precisa/o e específica/o
- Pular na atividade mesmo sem saber o que é, você vai descobrir


Exercício #5: EU TE AJUDO COM EMOÇÃO

Mesmo exercício que o #4, mas a atividade está linkada a uma emoção.

Comentários:
- Espelhar também a emoção
- Ser específica/o também com a emoção
- Criar um porquê para o que se faz com emoção. Ex: Trocando os lençois com nojo, porque a criança mijou na cama.


Exercício #6: TRABALHO DE CENA: EMOÇÃO E ATIVIDADE

Cena em duplas. Uma atividade e emoção são sugeridas pela plateia. As duas pessoas na mesma atividade e emoção justificam em cena a emoção.

Comentários:
- Estabelecer a LOQ
- Espelhar as intensidades também


Exercício #7: TRABALHO DE CENA: JOGOS DE OLHARES

Cenas de 2 pessoas. A plateia define Emoção e Lugar. É também estabelecido previamente umas dessas "regras' de contato visual:
- Não poder quebraar o contato visual
- Não poder fazer contato visual
- Uma mesma pessoa mantém contato visual sempre e a outra nunca
- Quando uma pessoa fizer contato visual a outra desvia

Comentários:
- Os contatos visuais ou não já estabelecem uma relação imediata entre as personagens
- A emoção e os olhares se justificam conjuntamente, construir juntas/os

Exercício #8: TRABALHO DE CENA: INICIAÇÕES FORTES

Cenas de 2 pessoas. A primeira fala deve conter um momento da verdade: revelação, segredo, opinião sobre algo ou a outra pessoa (O que trabalhamos muito na aula passada, publicação do dia 04/05/2018). Começar com uma emoção. Sugestão da plateia: profissão, ação ou lugar.

Comentários:
- Exercício que recaptula toda a aula passada já misturando com essa
- Trabalhar as potências de repetições de gestos em relação espacial ou na sua própria forma (Viewpoints de Anne Bogart gritando aqui)
- Ter uma opinião forte sobre algo (por pequeno que seja) faz com que você tenha que justificar, revelando algo sobre sua personagem
- Ao definir auma emoção de início trabalha-se a personagem de dentro para fora; ao se deixar afetar por um gesto e sua repetição, trabalha-se de fora para dentro (Stanislavski... Meiser... Meyhold... Toda a galera reunida para o debate)
- Saibam, afirmem, e aí não estarão mais tentando entender a cena, e sim, estarão em cena.
- Emoção leva a Ponto de Vista que leva a Justificativa



Exercicio #9: CÁPSULA DO TEMPO

Cena em duplas. Primeiro faz-se a cena em 1 minuto. Depois a mesma cena em 30 segundos. Depois em 5 segundos. Começar com uma fala de iniciação forte.

Comentários:
- Mais ação e menos verbalização
- Perceber os 3 bits, os 3 pontos fortes de emoção das cenas de 1min e de 30s, para serem o filtro para a cena de 5s.
- Na cena de 5s, as palavras basicamento somem para interjeições de emoção, ou se reduz uma frase a uma palavra.


Exercício #10: CÁPSULA DO TEMPO DE TRÁS PARA FRENTE

Mesmo exercício do #9, porém a última cena tem 10 segundos e na sequenca é feita de traz para frente. Ou seja: Cena de 1 minuto; Mesma cena em 30 sgundos; Mesma cena em 10 segundos; Mesma cena de trás para frente em 10 segundos.

Comentários:
- Só houve tempo para uma dupla realizar como demonstração.


AULA DE MÚSICA IMPRO.
Professor: Eric Schackne

Descobri que nos cursos regulares de Improv 1 e 2, ou no express, há sempre uma aula de música, como a que tivemos agora no Improv 3. Nos intensivos fica inviável pelo tempo. Embora acredito que Rich Baker, professor que tive nos dois intensivos anteriores, tenha se preocupado muito com a questão de ritmo. Enfim... Aqui estamos... tremendo. Veja bem, eu adoro cantar e dançar. MESMO! Mas quando eu TENHO que cantar vem a tremedeira. RIMAR? Aff! Em inglês???? 

Abracei a causa com o bom e velho "Foda-se!", em que comentei bem na última postagem do dia 04/05/2018. Mas aqui, na visitinha do medo, relembro que é isso: vai com medo mesmo, administre-o. Fiz, me sai bem, razoavelmente muito bem, surpreendemente diante da minha dificuldade, e ainda assim tremia e tremia e... tremia. 

Exercício #1: AQUECIMENTO VOCAL

Escala de notas (se é assim que se chama) em som de BR. (Acredito que pelo tempo foi mais para Eric nos escutar do que um super aqueicmento)

Exercício #2: RIMAR  ÚLTIMA PALAVRA

Em roda. O grupo marca o ritmo estalando os dedos. Uma pessoa (A) fala uma frase,a sua última palavra será aquela que o círculo inteiro irá rimar. Depois de cada rima Todas/os cantam jutnas/os "Tatatara Tarata Tata". Quando círculo se completa chegando novamente em quem definiu a palavra, essa pessoa (A) faz a última rima, Todas/os (T): cantam "Tatatara Tarata Tata" e em seguida: "Troca, Troca, Troca, nova palavra!" (Switch out, Switch out, Switch out, new word)

Comentários:
- Não tentar ser genial ou engraçada/o, manter o ritmo
- A rima não precisa ser precisa, mas venda-a com convicção
- Fazer escolhas ousadas, postura, convicção


Exercício #3: CONVERSANDO SOBRE CANÇÕES

- Contam histórias
- Normalmente formadas por versos, refrão e ponte
- Versos são as perspectivas e desenvolvimento
- Refrão é forte por conta da sua repetição na música e traz a "ideia central"
- Ponte é algo diferente, mudança, que depois volta para o conhecido refrão
- Padrão de músicas: Verso 1 - Refrão - vErso 2 - Refrão - Ponte - Refrão.


Exercício #4: IMPROVISANDO MÚSICA DE 4 PARTES


4 pessoas. O publico dá o nome da música. A melodia começa. (A) faz um verso inspirado no nome da música. (B) cria o refrão. (C) faz o segundo verso. (B) canta novamente o refrão com o acompanhamento das/os outras/os ou não. (D) canta/faz a ponte. (B) canta o refrão e encerra a música com as/os demais ou não.

Comentários:
- O Refrão pode ser uma palavra ou frase (o nome da música) repetida/o quatro vezes.


Exercício #5: NÚMERO DE GRUPO

Metade da turma (cerca de 7 ou 8 pessoas). Agora não é estabelecido quem irá cantar o quê, e nem se a primeira coisa a ser cantada será o refrão ou o primeiro verso, mas definido isso, e quantos versos a música terá, onde onde a Ponte entra. O grupo joga posicionado em meia lua para que se vejam, se colocar a frente é o gestual para se definir quem irá cantar.

Comentários:
- É a utilização da ferramenta de "dar e receber"
- No refrão tentar formar um coro, interagir, encontrar espaços pars segundas vozes, etc.

Saiu. Me diverti. Tremia e tremia e tremia até sentar para assitir ao espetáculo daquela segunda-feira à noite.


***
Espetáculo MAMA'S BOY



Casa semi-cheia, quase que pela metade, em grande parte por alunas/os do Second City que como eu ficaram para assistir depois da aula. O músico era o nosso professor de música do dia Eric Schackne. O espetáculo é realizado por um grupo só de mulheres "Mama's Boy" que se apresenta uma vez por mês no palco principal do Second City Hollywood e em cada apresentação tem um convidado homem diferente. O convidado do dia: Brian Palermo.

A partir de uma sugestão da plateia em referência a relação de mãe e filho como, o primeiro dia da pré-escola, um dia antes do casamento dele, etc., improvisam a primeira cena em que, ao menos no dia, todas são a mãe do ator num jogo de substituição por TAG OUT. A partir de algo da primeira cena improvisam a segunda e assim seguem. Há uma ligação em "call back" com o que foi criado no início e demais cenas que fecha a peça. Figurinos sem cores chamativas. Muita sintonia e escuta. Presenças fortes.

sexta-feira, 4 de maio de 2018

"Pule e a rede aparecerá!" - IMPROV 3 EXPRESS - Dia 2 de 7

Nessa da gente se julgar
Acaba tendo vergonha do que se é
Acaba
Se acaba
Nessa da gente julgar as outras gentes
Acaba sendo alguém que não queremos
Acabamos
Ambos
Nessa da gente se aceitar
Cada uma pessoa cuida da sua vida
Porque se tem cuida-do com a outra 

Poeminha de improviso para hoje, nas reflexões do dia a dia. Aceitando o que veio e percebendo minha fórmula feminista ganhando minha escrita. Inspiração: Minha luta interna constante em não querer parecer idiota por não falar a língua tão bem... No querer não parecer idiota, eu sou um tanto idiota comigo mesma... Aí, tem aquele botão do "FODA-SE!" e a gente se joga e a rede aparece!

Das memórias do Brasil que me falam alto ao coração.
Presente que minhas primas me deram de aniversário do ano passado.


IMPROV 3 - Express (Expresso)

DIA 2
02/05/2018 (quarta-feira), The Second City Training Center, sala G, 18h30 às 22h. Professor: Tim Stoltenberg.

Avisos de Início de aula: 
- Temos uma apresentação de turma no Teatro no dia 26/05 das 14h30 às 15h30. Vamos dividir o palco com outra turma. 
- Recebemos um email também que avisa que é obrigatório a alunas/os de Improv 3 assistirem a pelo menos 3 espetáculos no Second City durante o curso, sendo q1ue dois são de livre escolha e umdeve ser entre a lista de obrigatórios.
- No mesmo e-mail, avisa que além da apresnetação de turma, teremos uma apresentação de finalização do programa de Improv 3 no dia 19 de junho...

"Pule a rede aparecerá!" mantra para me acalmar... "Foda-se!"


Exercício #1: JOGA/RECEBE ESTALOS

Em roda. Olha para uma pessoa e estala o dedo em sua direção. Ela recebe o estalo também estalando os dedos e joga para outra pessoa estalando os dedos.

Comentários:
- Não era uma orientação inicial do exercício, mas começamos de cara a responder corporalmente ao tipo de jogada: quando a "bola" era alta, pulávamos apra pegar, etc.
- Aumenta-se a velocidade com o tempo.
- Foco e energia


Exercício #2: ESTABELECER LOQ*

* Exercício realizado na aula anterior. Publicação do blog do dia 03/05/2018.


Exercício #3: ESTABELECER LOQ FALANDO JUNTAS/OS*

* Exercício realizado na aula anterior. Publicação do blog do dia 03/05/2018.


Exercício #4: TRÊS FALAS LOQ*

* Exercício realizado na aula anterior. Publicação do blog do dia 03/05/2018.

Comentários:
- A diferença entre a execução nesta aula apra a anterior, é que nesta era dada previamente uma das informações LOQ (Lugar  onde estão - O que estão fazendo - Quem está fazendo)


Exercício #5: TRÊS FALAS LOQ COM COMBINAÇÃO DE AÇÕES

Ainda não encontrei a palavra para traduzir "matching actions". "Combinar" ainda me soa que se conversou antes. Na verdade, é ver o que a/o outra/o faz e espelhar, "imitar", completar... combinar. Enfim! Mesmo exercício que o anterior, mas ao se entrar em cena, começam uma mesma ação. É sugerido o Lugar.


Exercício #6: MOMENTOS DE VERDADE

Cenas de 2 pessoas. Ao estabelecer LOQ (uma das informações é dada previamente) traz-se o momento da verdade. Pode ser uma revelação, um segredo, uma emoção, etc.

Comentários:
- Revelação, Segredo, Emoção e Momento da verdade: estabelecem a relação entre as personagens
- Eliminar do exercício as cenas de transações: cliente e empregada/o
- Remover do vocabulário da cena palavras vazias como: melhor, pior, amo, odeio, primeira e última... Acabam por ser desculpas que podem desviar da relação. Ex.: Se é seu primeiro dia no trabalho você vai se atrapalhar, se é o seu último, você não liga. - Acredito nisso como indicações de treino, não como regras. Mas ao encararmos como regras, nos ajudam a treinar.


Exercício #7: MOMENTOS DE VERDADE COM "VOCÊ É TÃO..."

Cena de 2 pessoas. Aos estabelecer LOQ segue-se para o Momento da Verdade a partir de presentes a/o pareceira/o de cena com a frase: "Você é tão...".

Comentários:
- Não fale sobre o que está fazendo
- Combine a ação mesmo que você não saiba o que é, você vai descobrir eventualmente.
- Escute e use os presentes
- Neste momento da aula as cenas começaram a ter "brigas". O que vai um pouco "contra" a ideia de outras aulas em que são epssoas que se gostam e amigáveis, em ser positiva/o. Porém não forma brigas "vazias" em que só se briga, foram discursões de opiniões contrárias, defesas de ponto de vista... O que gera emoção, o que alimenta a cena e a transforma. Lembro que o problema apontado em outras aulas quanto as brigas era o da cena ficar girando em torno do "querer brigar", querer "discutir", quase como motivação e não como consequência. Faz sentido? 
Tendência incial em ficar parado discutindo... Uma das questões das cenas de "briga"


Exercício #8: CENAS SÉRIAS ou CENAS HONESTAS

Cenas de duas pessoas. É dada uma situação (LOQ). A cena se desenvolve pelas emoções.

Comentários:
- Não são cenas tristes ou "sem graça", mas são cenas honestas em que não se cava o riso
- Achar a honestidade a sinceridade
- Deixar-se afetar (Sim, e)
- Toda boa peça tem seus momentos de honestidade dos quais então se contrói a comédia (ou o drama se assim quiser)
- Performances mais realistas
- É um dos exercícios que acredito serem mais ricos para atrizes e atores. Porque se percebe que toda cena tem potencial para qualquer gênero. E não é a pausa, a intonação que se dá, é o teor, o que sustenta, a energia que se emprega.


Exercício #9: FAZER AS COISAS IDIOTAS IMPORTANTES E AS IMPORTANTES IDIOTAS

Cenas de 2 pessoas. É dada uma situação (LOQ). E na cena se dá importância as coisas idiotas e não se dá importancia ao que é importante. Ex.: Um casal hétero discutindo o nome e a cor do barco que vão comprar. Argumentam, debatem pois querem coisas diferentes. A mulher diz: "Não quero um barco rosa porque eu nào quero que nossa filha se sinta pressionada a seguir padrões de gênero estipulados pela sociedade!". O homem responde: "Então você sabe que é uma menina! E está tentando usar isso para ganhar a discussão. Ela não vai se sentir assim se souber que foi o pai que quis o barco rosa!" Ou seja, a filha seria algo importante na cena, mas se discute sobre a cor do barco.

Comentários:
- Se você pensar: "isso é idiota!" - Siga essa idéia.
- É um exercício que trabalha justificar o que a personagem pensa, sente com especificidade. As coisas idiotas exigem isso pois não tem o apoio da "importância" social, moral ou ética. Então deve-se criar a importância para elas.
- Tim construiu em alguns momentos por side coach, sua metodologia de trabalho (em que interfere na cena sem pausar necessariamente a cena), para que víssemos como poderíamos desenvolver a cena sobre as coisas importantes, como metáforas. Apesar de não ser o objetivo específico do exercício. 


Exercício #10: MOMENTO DA VERDADE COM REAÇÕES EXPANDIDAS

Cena de 2 pessoas. Estabelece-se LOQ e segue com o momento da verdade que desencadeia a expansão da emoção.

Comentários:
- Especificidade
- Momentos reais e sinceros são conectados com a graça, a "piada".
- O estilo Second City (ou o que consegui escrever correndo e traduzir aqui): desenvolver algo pequeno e "besta" que toca em algo profundo da relação entre as personagens. Desenvolve isso nesses momentos de honestidade, e no fim puxa de novo algum dos fatos "bestas" do início. Ex. meu que talvez não seja lá essas coisas: "Os equilos andam cagando no quintal, é perseguição, é de propósito. Mania de perseguição, descrença na/o outra. Nào acredita nem quando revela seu amor. Que bosta!"
- Faça listas na cena, especifique, enumere coisas específicas. Ex.: "Você sempre usa as sua dor nas costas para escapar do trabalho, tirando intervalos de 5 em 5min por que está com dor, mas na verdade vai na esquina fletar com o Antônio da loja do brechó; me fazendo carregar a sua bandeja porque precisa amarrar o cadarço, mas aí "encontra" alguém para conversar e "esquece" que a bandeja está comigo, até quando seus pais vêem aqui, você me faz servi-los porque está com dor nas costas!"
- Metáforas: use o universo da cena para dizer o que sente. Ex: Acampamento espacial: "Eu quero que nosso chefe se exploda como um meteoro colidindo com uma super nova!"


Exercício #11: MOMENTO DO OSCAR

Cena de 2 pessoas. Quando a/o condutor/a do exercício dizer: "Momento do Oscar" a pessoa indicada dá um passo a frente e, como se estivesse falando para a câmera, desenvolve e deixa crescer a emoção numa cena digna de ganhar o oscar. Com o sinal de voltar dado pela/o condutor/a, a cena continua. 

Comentários:
- Não é uma pausa de cena é um momento da cena que continua a partir dele
- Desenvolver emoções
- Não chegamos a fazer todas as pessoas por conta do horário em relação a outras atividades.


Exercício #12: MONÓLOGO DE GRUPO*

*Exercício realizado em Improv 2, vide postagens dos dias 30/04 e 01/05/2018.
Uma pessoa começa a falar sobre um assunto sugerido pela plateia. Outra pessoa assume fazendo uma TAG OUT em quem falava, e continua exatamente de onde a pessoa parou, com mesma energia na mesma personagem.

Comentários:
- Deixar a emoção crescer e se transformar
- Trazer algum tipo de rpesença, não precisa ser uma personagem grande.

CONVERSA DE TURMA

- "Straight guy": o cara "certinho" da cena. E se usa no masculino mesmo. As emoções tendem a ser "cinzas". É uma "função" em cena, a escada. Assim como a relação de Branco e Augusto do trabalho com palhaços.
- "Sim, e" vai mudar para você. Começa a ser o princípio da cena entre improvisadoras/es e não entre perosnagens.

Exercício #13: LABORATÓRIO

Momento de troca: apresentação e assitir outra turma. Pelo visto, por conta do horário e disponibilidade de outras turmas, vamos ter Laboratórios sempre. Bom se colocar nesse lugar da apresentação que é o que me aterroriza pela língua e... Foda-se!

Improv 3 Express: MONÓLOGO DE GRUPO

Com 3: CENAS DE GRUPO (3 PESSOAS)

Uma cena a partir da sugestão da plateia com 3 pessoas em cena. Tendência de serem 2 contra 1.


***

Ir ao Teatro e não ir ao Teatro...

Já que estamos aqui e teme espetáculo às 22h, vamos! 
Opa! Não vamos! É aquele Improv BINGO em que sorteiam pessoas para improvisar no palco.
Ai, cagaço... Ai não quero... Olha as desculpas aparecendo.
É só não colocar o nome no pote! Então, vamos!
Opa!
Não vamos! 
Só 4 pessoas para assistir.
Vou ter que colocar o nome no pote. Como não. Pára de desculpinhas...
"Pule e a rede aparecerá!" Foda-se, vamos! (não foi muito convicente, mas forte o bastante)
Opa!
Não vamos!
Não teve espetáculo porque só tinham 4 pessoas para assistir. De certo modo, é uma rede, hehehe.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Tudo novo de Novo - IMPROV 3 EXPRESS - Dia 1 de 7

"É tudo novo de novo, vamos nos jogar onde já caimos" (música "Tudo Novo de Novo" de Paulinho Moska)

Novo curso, nova turma, novo professor. Quinto curso, quinta vez que vou contar a mesma história... Tipo trabalho de atriz? Repetição com vida. "Ressucitar os mortos" como lembro de algo do livro de anne Bogart "A preparação do diretor",  ou sua perspectiva sobre o viewpoint repetição: é de novo, é sempre novo.

Diferente dos outros cursos, sim, diferente, essa é uma turma express. Significa duas coisas: ela não é exatamente um intensivo como fiz Improv 1 e Improv 2, mas também não é o curso "regular" daqui que dura 7 semanas com aulas uma vez por semana. As auals acontecem duas vezes, então são 3 semanas e meia. A outra coisa é que, neste caso, existe uma turma que está junta quase 2 meses desde o Improv Express 1. Já ha uma turma... e a gente (porque foimuita gente) vai entrar nela. Esta parte, eu confesso, não me agrada, porque para coisa andar vai depender MUITO da abertura de uma panelinha natural e piadas internas. Mas ei que estamos aqui e quem tem que se abrir primeiro? Eu.. e... foi meio que indo e meio que ótimo.

Será o curso de maior quantidade de aulas separadas a serem relatadas até o momento. Que comecem os jogos! Literalmente!

IMPROV 3 - Express (Expresso)

DIA 1
30/04/2018 (segunda-feira), The Second city Training Center, incialmente na Sala E depois Lounge, 18h30 às 22h. Professor: Tim Stoltenberg.

Por que as salas de aula também podem ser assim! 
Lounge Second City Hollywood!

Hoje é o primeiro dia do TERM 3, temporada de cursos 3 no Second City, então juntaram todas as turmas que começam hoje na Sala E para um aquecimento inicial conjunto.

Exercício #1: BOLA DE FITA*

*Exercício realizado com Holly Laurent na Master Class I LOVE IMPROV, veja em postagens anteriores.
Em roda. Joga de rebater uma bola feita de fita crepe. Não pode bater mais de uma vez em sequencia. Tenatr o maximo de toques possíveis sem deixar cair no chão e contar em voz alta.

Exercício #2: CAMPEONATO DE PEDRA, PAPEL E TESOURA

Começa em duplas. Faz uma jogda de pedra, papel e tesoura. Quem perde começa a torcer loucamente por quem venceu, que por sua vez procura outro vencendor para jogar. O ciclo se repete até que finalmente, de todas/os presentes sobra uma última dupla, cada um/a da dupla com sua multidão de fã torcendo, até que alguém vence e todas/os comemoram. É um jogo de dar suporte.

AVISOS GERAIS
- Espetáculos, Laboratórios, segurança, etc.

***

Nos dirigimos ao Lounge onde a nossa turma terá aula, ao menos hoje.
Foi uma aula difícil de anotar, quase toda em pé com todas/os fazendo os exercícios juntas/os, por isso os comentários serão poucos. Quse não deu para anotar a sequência de exercícios. Mas vamos lá!

AVISOS E ACORDOS COM TIM STOLTENBERG
- Não sejam escrotas/os com nós mesmas/os e com as/os outras/os. Sem julgar!
- Façam os exercícios para valer.
- Cheguemos no horário.

Exercício #3: FESTA DE NOMES

Primeiro em roda dizemos os nomes, jogamos os nomes uns para as/os outras/os. Depois, andando pelo espaço, como numa festa, olhamos para alguém e dizemos nosso nome e a pessoa nos diz o dela. Feito isso, os nomes são trocados, e nos apresentamos à próxima pessoa com o novo nome. Com ela trocamos de novo e assim segue até que você recebe o seu nome de volta e se retira da "festa".

Ex.:
(A): Oi, eu sou A!
(B): Oi, eu sou B!
(A agora se chama B e B se chama A)

(C): Oi, eu sou C!
(D): Oi, eu sou D!
(C agora se chama D e D se chama C)

(A): Oi, eu sou B!
(C): Oi, eu sou D!
(A agora se chama D e C se chama B)

(B): Oi, eu sou A!
(D): Oi, eu sou C!
(B agora se chama C e D se chama A)

(A): Oi, eu sou D!
(D): Oi, eu sou A! 
(A e D se retiram da festa pois acabam de receber seus nomes)

(B): Oi, eu sou C!
(C): Oi, eu sou B! 
(B e C se retiram da festa pois acabam de receber seus nomes)

Comentários:
- É um jogo de escuta e de contato visual.
- Você pode repetir o nome que recebeu ou perguntar novamente antes de deixar a pessoa. Lhe dê atenção total enquanto se falam
- Vai acontecer de você dizer o nome real da pessoa anterior ao invés do nome que ela disse. É a falta de atenção. Então vai rolar de ter o mesmo nome circulando mais de uma vez e a festa "não acabar". A/o condutor/a está atento a isso para finalizar e recomeçar, se desejar.
- É um ótimo exercício para mim que sou fraca com nomesnas cenas de Impro

Exercício #5: CENA SEM "S"

Cena de duas pessoas a partir de um local dado pela plateia. Quando alguém usa alguma palavra com a letra "s" em qualquer lugar da palavra, recebe um "BÉÉÉÉ" do grupo e é substiuíso por um TAG OUT. A cena continua de onde parou.

Exercício #6: ESTABELECER LOQ

Em círculo. Três pessoas vão entrar, uma de cada vez. Cada uma vai estabelecer com um fala um dos dados do contexto: Lugar (L), O que está fazendo (O), ou Quem está fazendo. (Q). As informações não precisam seguir a ordem LOQ, mas precisams e relacionar.
Ex.:
(A): Quadra de Tênis - L
(B): Marina Gonçales - Q
(C): Jogando tênis - O

Comentários:
- Quando duas pessoas entram no centro ao mesmo tempo, elas se olham e falam juntas.
- LOQ é o famoso WWW difundido por Viola Spolin, o contexto: What, Where and Who.

Exercício #7: ESTABELECER LOQ FALANDO JUNTAS/OS

Em roda. Uma pessoa entra na roda apontando para outra que imediatamente entra. Falando juntas, elas dirão o LOQ.

Comentários:
- Se olhar
- Começar um som e seguir
- Dizer novamente ao final a palavra "encontrada". Ex.: A...r....ma...du...gu...du...ra... Armadura!

Exercício #8: TRÊS FALAS LOQ

Duas filas. Cena de 3 falas em que devem se estabelecer o LOQ.
Ex.: 
(A): Professora, falta muito para o intervalo? - Q (aluna e professora) com uma proposta de L (sala de aula)
(B): Esse é o tipo de pergunta, Milena, que lhe colocou nesta detenção. - O (dentenção) e especificou L (sala de dentenção) e Q (aluna com nome Milena)
(A): Esse é o tipo de respota, Professora Simone, que lhe colocou como a chata da dentenção! - desenvolveu mais o contexto pela aceitação (ser uma aluna desafiadora) e espeficiou Q (professora Simone e personalidade)

Comentários:
- Nem lembro de onde conheço esse exercício, eu uso muito. E... eu sou péssima nele em inglês! 

Exercício #9: AÇÃO E SÉRIE DE JUSTIFICAÇÕES

Uma pessoa começa um movimento. As/os outras/os entram um/a de cada vez e justificam aquele movimento com cena. O mesmo movimento da mesma pessoa conduz uma série de cenas com justificativas desse movimento. 

Ex.: (A) Faz um movimento circular horizontal com uma das mãos.
(B) Aqueles moleques movitaram o bar inteiro, ainda falta limpar o banheiro. (justificou L - local bar - e o movimento como "limpar o balcão do bar")
(A): Vamos ser rápidos, Estevão, eu não abri o Joel's Bar para que seja fechado em um mês pela inspeção sanitária. (definiou Q - relação patrão e empregado, especificou nomes de cada um e do bar, e ainda que o bar tem só um mês de funcionamento)

Comentários:
- Essa "justificativa" é o contexto
- O trabalho de quem faz o movimento inicial é aceitar e acrescentar especificidade

Exercício #10: TRÊS FALAS LOQ

Repetição do exercício #8 com atenção a especificades e começando a cena com ações.

Exercício #11: CONGELA

Freeze ou Stop, ou não importa o nome. Duas pessoas em cena, ao sinal de "Congela" a cena congela, uma pessoa de fora (normalmente quem pediu apra "congelar" se não foi a/o condutor/a do jogo) TAG OUT alguém e assume sua exata posição começando uma cena completamente diferente a partir da posição incial de ambas as pessoas em cena. 

Exercício #12: CONGELA PARA A/O OUTRA/O

Mesmo exercício do tradição CONGELA com a variação de que quem fala "Congela" fala na seuência o nome pessoa, e é esta pessoa que vai entrar na cena.

Comentários:
- Sinto que este jogo foi escolhido apra que nós ousássemos mais, ficamos assistindo sem ir para a cena.

Exercício #13: CONGELA ÀS CEGAS*

Congela tradicional com a variação de que todas/os as/os outras/os jogadoras/es estão de costas para a cena. 

Comentários:
- Não há o apelo visual para entrar em cena.
- Acredito que, por que não estávamos ainda nos jogando nas cenas, o professor tenha tirado o apelo visual de "escolher a melhor posição" ou "escolher um momento no qual eu tenho uma ideia do que fazer com essa posição"
- É ótimo apra treinar pontos de edição de cena.
* Exercício realizado com Holly Laurent na Master Class I LOVE IMPROV, se quiser conferir postagens anteriores.
- Olhar para a parede é mais divertido do que entrar em cena?

Exercício #14: TROCA DE OLHARES E EXPLOSÕES

Em roda, ombros com ombros. Todas/os olham para baixo. Ao sinal da/o condutor/a levantam o rosto e olham ou para a pessoa a direita, ou para a da esquerda ou para quem você acha que está exatamente a sua frente. Se a pessoa está olhando para você também, vocês duas gritam e explodem para fora do círculo, que se fecha e recomeça.

Exercício #15: TIGRE, ALIENÍGENA E MARINHEIRA/O

Círculo. São estabelecidos o movimento do Tigre (mão como garras avançando para frente três vezes com o som do rosnar de um tigre), Alienígena (mão na cabeça com os dedos indicadores para cima fazendo o som de BLBLBL), e Marinheira/o (dando a mão para um cumprimento forte a frente e dizendo: Olá, Capitã/o!). Todas/os viram de costas. Após a contagem até três todas/os viram fazendo um dos três movimentos. A partir da percepção de padrão vão se repetindo as viradas até que todas/os estejam fazendo o mesmo movimento.

Comentários:
- Escuta e desapego
- Não pode mudar o movimento durante sua execução, só antes de virar para a roda novamente.

Exercício #16: CONVERSA AO FINAL
- Seja você mesma/o com atitude, já bom o sufiente (não precisar fazer super personagens)
- Pare de ser tão legal, faça, sua/seu colega aguenta (me lembra o documentário "Trust us, this is all made up")
- A base da cena é como um quadrado: um lado é o Onde, o outro Quem, o terceiro o O que e o quarto é o Por que. 
Dever de Casa: fazer sozinha/o exercçio de TRÊS FALAS WWH

Exercício #17: LABORATÓRIO

Voltamos a sala E. O Laboratório é quando as turmas se juntam e apresentam um jogo umas para as outras. Trabalha o compartilhamento, percepção o estado de apresentação. Todas as turmas começaram hoje.

Improv 3 Express: CONGELA ÀS CEGAS

Nossa turma.

Writing Sit Com 1: PIADAS

Leram piadas escritas num exercício.

Com 5: MONTAGE - REAÇÕES EMOCIONAIS

Série de cenas a partir de uma única sugestão da plateia. O foco da turma eram as reações emocionais.

Improv 3: CONGELA PARA A/O OUTRA/O e CONGELA COM OBJETOS

Turma regular de Improv 3 com aulas somente às segundas (7 semanas). Fizeram o CONGELA PARA A/O OUTRA/O que nós também fizemos, e ainda o CONGELA COM OBJETOS em que recebiam um objeto real e a cada cena o objeto ganhava uma nova leitura, sempre diferente e que não é sua leitura real, mas que obedece sua forma (podendo ampliar dimensões). Ex.: uma bola vira uma maçã, um planeta, uma pedra, etc.

Se parece com o jogo "Tudo menos o objeto", pode achar a descrição na minha dissertação de mestrado.

***

Ao final da aula com Laboratório algumas/ns de nós ficamos para assistir ao espetáculo de Impro daquela noite: "Moyer & Moroe/Wilcox". 

Entre as mesmas estruturas do que venho observando, este tinha duas partes, uma realizada por um grupo diferente, porém não houve tanta mudancá de cena, as cenas se desenvolveram por mais tempo. Aliás o segundo grupo ficou na mesma cena por quase meia hora talvez, nao houve qualquer mudança de cena (e sim na cena, mas não se foi para outra). E ambas as histórias desenvolvidas se fecharam de alguma maneira no todo de cada uma delas. Isso não é melhor ou pior do que os outros, só me faz mais sentido fechar ideias principais. A primeira metade: duas mulheres brancas. A segunda metade: três homens, dois brancos e um negro. Figurinos... mantenho meus comentários anteriores sobre os demais espetáculos.

***

Amanhã publicarei os relatos da segunda aula que aconteceu na quarta-feira 02/05. E a partir de semana que vem as postagens serão às terças e quitnas para acompanhar mais diretamente as aulas do Improv 3 express!

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Recaptulando e seguindo em frente - IMPROV 2 INTENSIVE - Dia 3 de 3

Realmente voltei a olhar com mais carinho para cursos intensivos. Em comparação com cursos mais, "regulares", por assim dizer, vejo com mais carinho agora as vantagens também.

Num curso "regular" rola um tempo de "maturação" entre aulas, de dormir, reverberar, misturar experiências do dia a dia com o aprendizado. Você fica por mais tempo, no sentido de duração (e não carga horária) com aquilo, as relações se desenvolvem num passo de caminho de migalhas pelo tempo de convivência. Aniversários e celebrações são partilhados durante a ocorrência do curso. Ao mesmo tempo que aumenta a probabilidade de faltas e atrasos (por pura matemática, mais encontros, maiores chances de ocorrência de imprevistos, por mais responsa'vel que a pessoa seja) e a necessidade de se recaptular o que se fez na aula anterior. Por exemplo, quando o curso é uma vez por semana se alguém falta uma vez fica 2 semanas sem praticar), há uma semana de distância entre o que se foi feito anteriormente, é necessário se aquecer, reintegrar e lembrar.

Quanto aos intensivos, eu via bem as desvantagens: menos tempo de prática em relação a durabilidade, extensão de tempo do praticar; muita informação de uma vez com pouco tempo de "digestão", quase como um experimetnar do que aprofundar; e também o quão exaustivos são devido ao seu carater... intensivo. Na verdade, a única vantagem real que via era a de possibilitar o curso a quem não tem o tempo, horário ou mora longe, para a realização de um curso "regular" (o que já colocava uma perspectiva de parâmetro de melhor e pior). Mas realizando agora dois intensivos (Improv 1 e Improv 2) com um professor que gosta muito de intensivos, algumas outras vantagens se fizeram brilhanes aos meus olhos. Sim, a intensidade cansa, mas a exaustão também é uma professora maravilhosa tanto criativamente, quanto nas relações humanas. Não há muito tempo para picunhas ou irritações, porque até quem quer discutir por nada percebe que não tem espaço temporal por isso e já desiste rápido também. Atrasos e faltas são mínimos, menos encontros, menor probabilidade. No exemplo destes intensivos de 3 dias: todo mundo se organizou para por "só" três dias ter quem fique com filha/o, dispensa do trabalho, etc. São "só" três dias, então as conversas e acordos da vida ficam um pouco mais flexíveis por não soar abusivo, afinal não é um longo período de tempo. É uma imersão também, e assim o seu olhar também é focado. A reverberação dentro da sua vida acontecerá no pós-curso com olhos atentos (se você se permirtir). Outro ponto é que, obviamente é preciso reaquecer entre uma aula e outra, mas isso acontecerá em qualquer curso, porém as infromações estão frescas, então não é uma questão de lembrar e sim, por incrível que pareça (pelo menos para mim agora) de aprofundar. Quando se repete um exercício de um dia para o outro, ele tende realmente a ser melhor. As relações são intensas e rápidas, muito tempo convivendo juntas/os, fica difícil sustentar uma postura ou comportamento que não sou eu.

Mas, obviamente, todas as experiências serão extremamente benéficas ou terríveis por conta das três principais variáveis: eu(você), a turma, e a/o professor/a. A postura e disposição serão sempre primordiais para o desenvolvimento ou não das atividades e relações. E essas variáveis mudam  completamente os pesos de argumentos de vantagens e desvantagens. Por sorte (?), amor e por mim também, as duas turmas de intensivos foram exteemamente abertas e generosas.


Turma de Improv 2 Intensive

Sigamos para os relatos do último dia de Impro 2 Intensive!

IMPROV 2 - 3 Days Intensive (Intensivo de 3 Dias)
De 27 a 29/04/2018.

DIA 3 (domingo), The Second City Hollywood, Lounge, das 11h às 19h (15h às 23h no Brasil). Professor: Rich Baker.


Um dia de muito ritmo... Coisa que eu tenho... e perco... e pego de novo e... preciso trabalhar!

Exercício #1: VAI RIMAR, SÓ QUE NÃO

Lembrando que os nomes dos exercícios, não importam, eles mudam de pessoa para pessoa. 
Em círculo. Num compasso de quatro tempos, TODAS/OS (T) marca e canta: "Você vai rimar a palavra que eu disser!" (tentativa tosca de traduzir com ritmo: "I'm gonna say a word, and you are going rime it". Percebam que não rima, por isso não rimei, e acredito que seja importante para o exercício). Mantendo o ritmo, no próximo tempo, a pessoa de quem é a vez diz uma palavra e a pessoa ao lado diz outra que não rima no próximo tempo. O grupo (T) usa os próximos dois tempos para: (1) repetir as duas palavras juntas e (2) cantar juntos: "hora de rimar" ("Rime time"). 
Ex.: (o que está sublinhado é a marcação do tempo... se ajudar)
(T): Vo vai rimar a palavra que eu disser!
(A): Cachorro
(B): Verde
(T): Cachorro-verde. Hora de rimar!
Vo vai rimar a palavra que eu disser!
(B): Vela
(C): Fogo
(T): Vela-Fogo/Hora de rimar!

Comentários:
- É um exercício de ritmo, de se jogar no ritmo.
- É particulamente difícil não rimar... A musicalidade dá uma empurrada para isso.

Exercício #2: QUANDO EU DIGO __________, VOCÊS DIZEM __________!

Em roda. Num compasso de 4 tempos a pessoa de quem é a vez canta num típico jogo de rap com a plateia: "Quando eu digo (primeira palavra), vocês dizem (segunda palavra)! (Primeira palavra)!" e Todo o grupo responde dizendo a (segunda palavra). A pessoa da vez (A) repete a primeira e TODAS/OS (T) repetem a segunda. Porém a (primeira palavra) é dia pela pessoa à Direita de (A) e a (segunda palavra) pela pessoa à Esquerda de (A). 

Ex.:
Posicionamento no círculo: (Z)-(A)-(B)-(C)-(Z). (T) somos Todas/os.
(A): Quando eu digo
(Z): Colher!
(A): Vocês dizem
(B): Bolha!
(A): Colher!
(T): Bolha!
(A): Colher!
(T): Bolha!
(B): Quando eu digo
(A): pis!
(B): Vocês dizem
(C): Papel!
(B): pis!
(T): Papel!
(B): pis!
(T): Papel!
(C): Quando eu digo
(B): Corrente!
(C): Vocês dizem
(Z): Demente!
(C): Corrente!
(T): Demente!
(C): Corrente!
(T): Demente!
(Z): Quando eu digo
(C): Foto!
(Z): Vocês dizem
(A): Flash!
(Z): Foto!
(T): Flash!
(Z): Foto!
(T): Flash!

Comentários:
- Manter o ritmo, falar qualquer coisa mesmo que seja gramelot, balblação, um som, vale, mas mantenha o ritmo.
- É muito comum a pessoa que está com a vez de conduzir acabar falando as palavras sem deixar que as pessoas ao lado falem.

Exercício #3: CARTAS DE AMOR

Duas pessoas se sentam no espaço de cena. O publico dá um período histórico. A pessoa da cadeira da direita começa a "escrever" (falar gesticulando a escrita) uma carta de amor para a pessoa da direita (A) usando se colocando dentro do período histórico estabelecido. Em alguns momentos (A) fará um gesto de apontar para a plateia (P) para que esta diga palavras que completem o que estava escrevendo. Depois que gesticular o envio da carta/mensagem, a pessoasentada à esquerda (B) escreverá a carta resposta e fará o mesmo jogo com a plateia (P). Enquanto (A) "escreve", (B) reage como se lesse, e vice e versa.

Ex.: anos 70

(A) Querida, Raio de Sol! Nesta minha viagem para encontrar a mim mesma, percebo que me encontro com saudades de você. Do seu rosto tão... (aponta para a plateia).
(P) Angelical! Verde! Torto! Lindo!
(A) Verdel e lindo! Consigo vê-lo em todas as jardins por onde passo por essas cidades de São Paulo. Flores selvagens como as que usa em suas coroas e deixa cair sob seus olhos. Lembro que no jardim do centro dessa grande gigante cinzenta, pensei em voce quando vi um... (aponta para a plateia).
(P) Músico! Exterco! Esquilo! 
(A) Músico tocando nossa canção favorita do Roberto Carlos. O que foi um alívio porque agora tudo anda soando algo que chamam de "disco". Espero que esteja bem em nossa comunidade, minha linda Raio de Sol, e que eu possa voltar em breve para seus braços cheios de... (aponta para a plateia)
(P) Cera! Amor! Raios de Sol! Política!
(A): ... Cera das velas aromáticas que sustentam nossa família! Paz e amor! Seu Tornado!

(B) Meu adorado, Tornado! A comunidade sente sua falta. Não é a mesma coisa meditar para o mundo seu os seus mantras tão... (aponta para a plateia)
(P) Tântricos! Fortes! Loucos! 
(B) tântricos, fortes e loucos! Eu particulamente sinto falta dessa sua louca, força, tântrica que rega os meus raios de sol. Afinal, são estes braços musculosos que me carregaram para cá embalados pela sua voz aguda como a do Roberto, por horas... e horas... e horas. Nossa família de flores está crescendo. A Samabaia está cada dia maior como um... (aponta para a plateia)
(P) Elefante! Imposto de Renda! 
(B) Imposto de renda, que anualmente nos surpeende com seu valor. Por isso acredito cada dia mais em mais na nossa vida sustentável. Ouvimos falar dessa música "disco" e captamos algo na nossa rádio pirata do amor, me pareceu bem... (aponta para a plateia)
(P) Dançante! Chata! Irritante! Opressora!
(B): Dançante e opressora ao mesmo tempo, como se ordenasse que nossos corpos dançassem. Por isso, no seu caminho para se encontrar, não se perca! Sempre sua e do universo. Raio de Sol!

Comentários:
- O gesto para a plateia tem que ser bem específico. Percebi uma tendência entre as/os colegas de apontar para uma direção específica da plateia, o que orientadava que parte seria ouvida. Isso pode ser bom se for uma escolha.
- Quem escreve é que escolhe a palavra ou as palavras da plateia.
- Repita a(s) palavra(s) que foi(rão) escolhida(s).
- Traga perosnagem e emoção na escrita.
- É uma escrita fictícia, não abaixe os olhos para escrever, pode colocar a carta invisível e imaginária na sua frente, por exemplo.
- A primeira palavra da plateia lhe mostra como o publico vai responder adiante.
- Três pedidos a plateia é um bom número, menos que isso parece muito pouco e mais que isso depende do desenvolvimento, atenção ao tempo, pois ou há ainda mais uma carta ou já foi lida uma carta.
- Comporações e atividades são bons momentos para solicitar a ação da plateia. Ex.: Onde eu fiz algo que nunca fiz antes, eu..." ou "Eu te amo tanto quanto eu amo..."
- Deixe-nos ver as personagens. Percebi que às vezes as duas cartas se concentravam em uma personagem, o que nao nos desenhava a outra.
- Não há necessidade de reafirmar a carta anterior, no caso de ser a segunda. Sim, e. Acrescente, construa a partir dela.
- Se você não entende algo que plateia disse, use o que entendeu, mas não tente fingir isso para fazer uma piada.
- Repita o nome da pessoa destinatária no final (principalmente a primeira carta), porque relembra o publico e a/o parceira/o de cena
- Se alguma coisa não fez sentido, repita e explique, não corrija.
- Use a sua primeira carta ara dar presentes para a segunda
- Você pode pegar uma ou mais palavras sugeridas, é você quem escolhe
- Formação de figura de escrita, envio e recebimento da carta colorem a cena
- Tudo que você recebe da plateia é um brinquedo com o qual voce quer brincar. Desenvolva a palavra no texto, não só complete. (a não ser que a palavra venha fechar algo que você já desenvolveu).

Exercício #4: EU GOSTO DA/O MINHA/MEU MULHER/HOMEM COMO EU GOSTO DE...*

Todas/os em fila no fundo. É dado um complemento para a frase, por exemplo: Iphone. "Eu gosto da/o minha/meu mulher/homem como eu gosto da meu Iphone". Agora, quem quiser, se dirige a frente e traz uma explicação/justificativa para a sentença. A/o condutor/a mantém a mesma palavra até quando pensa que as jsutificativas esgotaram ou desenvolveram tempo suficiente. Então muda a palavra e recomeça.

Ex.: Eu gosto das minhas mulheres como gosto da meu iphone, pronts para me dar direções.
Eu gosto dos meus homens como eu gosto do meu Iphone, melhorados a cada ano.
Eu gosto das minhas mulheres e dos meus homens como eu gosto do meu iphone, prontas/os no apertar de um botão.

Comentários:
- Tipo de jogo chamado de "Joke Game", ou "Pick up Lines"
*Este jogo é do mesmo tipo do "185" realizado em Improv 1, se quiser checar as postagens anteriores (postagem do dia 13 de março de 2018).
- É bom para treinar personagens e é mais divertido assim.
- Dê um tempo depois da sua explicação antes de sair
- Qualquer reação da plateia significa que você "ganhou"

Exercício #5: CRÍTICOS DE CINEMA*

Jogo com 4 pessoas. Duas se sentam de um lado e outras duas ficam em pé do outra. As duas pessoas sentadas estão num programa como críticas de cinema (não necessariamente profissionais "chatos" e blablabla, pode ser um canal de Youtube, por exemplo) e irão comentar três filmes. As outras duas pessoas farão clipes, partes dos filmes comentados. A plateia dá 3 nomes de filmes reais (com mais de duas palavras no título, de preferência). As críticas anotam os nomes dos filmes. Abrem o programa, se apresentam, e, misturando os títulos dos filmes reais, criam 3 títulos diferentes. Quando dão sinal, pela fala ou gesto, direcionam a atenção ao clipe de cada filme.

Comentários:
* Este jogo é parecido com o OLIMPÍADAS EM CÂMERA LENTA ou até mesmo ao INTAGRAM, ambos feitos em Improv 1, se quiserem chegar as postagens (postagem do dia 13 de março de 2018).
- Críticas/os: falar um pouco sobre o tipo de filme, se gostaram ou não, da história e da cena a ser assistida antes de cada clipe. Dar presentes.
- Críticas/os podem discordar, mas não entrem em briga, validem a opinião da/o outra/o.
- Especificidade
- Qualquer coisa da qual chamar o programa é certa
- Repita o título do filme antes do clipe
- Use os nomes e códigos criados entre as/os críticos
- Respire!!!!

Exercício #6: GLAM GLAM*

*Exercício descrito na postafem do dia 30/04/2018 sobre a Aula 1 de 3 do Curso Improv 2. Ritual de fechamento da aula.

SEGUNDA METADE DA AULA

Exercício #7: É ASSIM QUE EU FAÇO*

Exercício descrito em Improv 1 na postagem do dia 14 de março de 2018. Trata-se de tentar ao máximo reproduzir exatamente o que a/o outra/o fez em passar adiante.

Exercício #8: O QUE NÓS GOSTAMOS EM VOCÊ*

Exercício descrito em Improv 1 na postagem do dia 14 de março de 2018. Trata-se da maneira de fazer um feedback pontual a cada um/a da turma.

Exercício #9: A PIOR CENA DE IMPRO QUE EXISTE*

Exercício descrito em Improv 1 na postagem do dia 14 de março de 2018. Trata-se de cenas de duas pessoas tentando fazer tudo que é "errado" em Impro.

Exercício #10: GLAM GLAM*

*Exercício descrito na postafem do dia 30/04/2018 sobre a Aula 1 de 3 do Curso Improv 2. Ritual de fechamento da aula.


***

Das despedidas e alguns drinks no bar pós-aulas, fica vontade de continuar treinando, sempre. Talvez essa galera se articule, ao que me parece na troca de e-mails... Por falar em e-mail, segue o e-mail sobre a última aula do professor Rich Backer, que tento traduzir aqui as partes que julgo pertinentes compartilhar (lembrando que sou quem faz a interferência do feminino e masculino na escrita):

Um final de semana incrível.

Obrigada a todas/os por suas palavras gentis.
(...)
Abaixo está uma recaptulação do dia três,

Mantenham contato

Rich

Recaptulando:
- No final do dia, "sim e" é de longe a coisa mais importante
- Não pense, reaja
- Confie no processo
- Divirta-se
- Não importa o que aconteça, aconteceu. Nós não precisamos corrigir. Só diga sim e some a isso.
- Use todo o seu corpo
- A plateia só sabe que falhamos se nós mostramos

Cartas de Amor

- Deve ser óbvio para a plateia quando você quer uma palavra para completar a ideia
- Aproximadamente 3 palavras por carta
- A pessoa que nao fala deve mimetizar estar lendo a carta
- Mostre-nos emoção em seu rosto
- Quando em dúvida, use os nomes reais
- Deixe sua personagem e método de composição serem inspirados pelo período histórico
- Repita a palavra que pegou da plateia
- coloque sua mão para fora quando quiser que lhe provenham com uma palavra
- Não esqueça de responder a carta escrita a você
- Se algo soar estranho, clarifique o que quer dizer. E, já que você nào quis deizer aquilo, você deve improvisar o esclarecimento.

Críticos de Cinema

- As/os anfitriãs/os normalmente trabaham melhor sendo peas in a pode (combinando as energias, sendo do mesmo tipo)
- Título, gênero, prepare a cena, passe a cena
- Deixe claro quando a cena começa e termina
- As/os duas/dois críticas/os devem contribuir igualmente
- Atorizes/atores do filmes, façam suposições
- Se inspirem pelas/os críticas/os, mas não se limitem a elas/es
- Essas cenas quase sempre precisam ser energéticas

***

Nesta segunda-feira, 30/04 já comecei as aulas de Improv 3 que acontecem às segundas e quartas. Amanhã, 03/05, postarei sobre a primeira aula e no dia 04/05 sobre a segunda aula. Desta maneira, já conseguiremos acompanhar mais em "tempo real", ou o mais possível que consigo postar, hehehe.

A partir de agora a cosntante de postagens acontecer;a às terças e quintas para aocmpanhar as aulas de Improv 3.

"Vem comigo que eu te sigo" (música "Meu caminho" de Flora Mattos)

terça-feira, 1 de maio de 2018

Número 2 - IMPROV 2 INTENSIVE - Dia 2 de 3



Dia 2 de Improv 2 com 2 professores.

O professor Rich Backer nos avisou que não estaria conosco na primeira metade da aula de hoje e que por isso estaríamos com James Gangl. Pontinhos extras para a diversidade já que os relatos e a experiência em Improv 1 foram também com Rich Backer.

Os exercícios que aparecerem sinalizados com * são aqueles que sofreram repetição em alguma das aulas de Improv 1 ou na aula anterior de Improv 2 e terão suas descrições em outras publicações.

Improv 2 - ênfase em personagens! Vamos lá!

IMPROV 2 - 3 Days Intensive (Intensivo de 3 Dias)
De 27 a 29/04/2018.

DIA 2 (sábado), The Second City Hollywood, Sala B, das 11h às 19h (15h às 23h do Brasil). Professores: James Gangl e Rich Baker.

Se em um curso intensivo já há pouco tempo para se estabelecer uma relação mais cúmplice entre professor/a e alunas/os, imagina substituir alguém num curso intensivo! Poder dar feedbacks necessários (ainda mais por ser um curso intensivo novamente, não dá para deixar passar o feedback). E obviamente há as diferenças, comparações entre os professores e preferências, por mais que, como estudantes, estejamos abertos.

Uma observação sutil que faço no comparativo, é a abordagem.Sim, o Second City visa comédia e esse é o papo por aqui. Rich fala de comédia o tempo todo, mas ainda assim sua abordagem de discurso não se direciona especificamente à comédia. James, num olhar bem, bem, bem rápido meu, já nos conduz um tanto para um caminho específico. Aí a diferença está em mim, em filtrar o discurso da "comédia" pra espalhar por todo o meu fazer de Impro.

Exercício #1: BASQUETE DE PALMAS

Em roda, jogamos umas/uns às/aos outras/os uma bola invisível ao direcionar um bater de palmas para alguém.

Comentários:
- Conheci esse jogo, nesta sua forma mais simples, como "basquete" nas aulas de Interpretação 1 com o professor Fernando Villar na UnB. E anteriormente em oficinas de teatro como parte do jogo "Zip-Zap".

Exercício #2: JOGAR SOM

Mesmo exercício do Basquete de Palmas, porém sogando sons, onomatopédias junto às palmas.

Comentários:
- Se deixar contaminar pela energia, personagem, som da/o outra/o e permitir que isso se amplifique em você: Sim, e.

Exercício #3: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?*

*Exercício descrito na postagem do dia 30/04/2018 sobre a Aula 1 de 3 do Curso Improv 2.

Exercício #4: DR.A. SABE TUDO*

*Exercício descrito na postagem do dia 30/04/2018 sobre a Aula 1 de 3 do Curso Improv 2.

Comentários:
- Se coloque em problemas. A palavra "porque" lhe ajuda a se colocar em problemas.
- Buscar especificidade nas respostas
- Trazer uma personagem para DR.A. e responder por essa personalidade também.

Exercício #5: MONÓLOGO*

*Exercício descrito na postagem do dia 30/04/2018 sobre a Aula 1 de 3 do Curso Improv 2.


Comentários:
- Quem é você? Para quem você fala? (perguntas de direção: quem é o publico na relação?)
- O que a personagem ama, odeia e espera da vida são três idnicações que já trazem uma epsecificidade de início para a personagem estar mais viva e real.
- A pergunta: "Por que" traz as motivações. Se pergunte, se coloque em problemas.
- Me mostre seu dever de casa, sua pesquisa: explique as coisas didas, as novas, as analogias do seu monólogo.

Exercício #6: Informação do Shopping

Uma pessoa senta-se numa cadeira no centro para ser aquela que é responsável por dar informações no shopping. Um/a a um/a das/os outras/os improvisadoras/es entra com a imitação de uma celebridade e pede informações para alguma coisa do shopping. Recebe as informações e sai.

Indicações:
- Não é um jogo de adivinhação, então mantenha as celebridades reais. Ex.: Michael Jackson não andava por aí fazendo "moon walk" ou cantando. A ideia é lhe dar ferramentas para uma perosnagem e não fazer com que adivinhássemos.
- Objetivo: ser pessoas que não são você
- Por que sua perosnagem está indo àquela loja? Traga uma razão.

Comentários:
- Se você está em dúvida na cena, seja a voz da plateia. Ex.: Não entendeu o que alguém falou, a plateia provavelmente também não entendeu, pergunte: "Desculpe, pode repetir?"

Exercício #7: Conselhos Bons, Ruins e Pior Ainda

3 pessoas uma ao lado da outra. Cada uma com uma personagem, a que quiser. dá um passo a frente e se apresenta como perosnagem brevemente. Ex.: "Sou Diana, gosto sou professora do jardim de infância, gosto de andar de bicileta e detesto café." A plateia pede um conselho (e não uma pergunta). Cada personagem, não há uma ordem, responde ao conselho pelo seu ponto de vista.

Comentários:
- São respondidos mais ou menos 3 conselhos a plateia
- Responda a pergunta, dê o conselho mesmo que a personagem não queira, mesma que seja sarcástica, mas não desvie do conselho
- Algumas respostas podem ser conselhos para tudo, quase como um bordão. Ex.: Como confiar no meu mecânico? - Leve biscoitos, ninguém é mal com você quando leva biscoitos. - Como apimentar minha relação com minha namorada? - Biscoitos, todo mundo aceita fazer qualquer coisa quando você leva biscoitos.
- Se você estabelecer um padrão na suas respostas, tmabém pode quebra-lo. Ex.: Responde o primeiro conselho como uma mãe preocupada e cuidadosa: "Você pode conquistar um cargo melhor no seu trabalho se você se agasalhar bem, escovar os dentes e fazer seu dever de casa todo dia". O segundo também: "Você pode diminuir o seu estresse se domrir na hora sem reclamar, tomar um copo de leite com biscoitos e fazer suas tarefas". E no terceiro, sem se contradizer, dá uma resposta inusitada: "Por um milhão de dólares eu durmo com esse homem no seu lugar, eu tenho 3 filhos para criar, meu amor!"

Exercício #8: Entrevista de Emprego

Duas pessoas. A plateia estabelee o local que se "deseja" trabalhar. A/O entrevistador/a tem a função de puchar provocações do currículo enquanto a/o entrevistada/o tem que justifica-las.

Comentários:
- Ter algo da primeira justificativa que se desenvolve por toda a cena como parte da personagens. Exemplo: A/O entrevistador/a fala que no seu currículo está escrito wque você trabalhou no circo e você diz com uma energia explosiva que isso fará você divertir as pessoas do escritório e dimunir o estresse. Essa energia eplosiva deve aparecer nas próximas respostas.
- A/O entrevistador/a é a voz da razão. Pode adiconar algo àjsutificativa da/o entrevistada/o, mas não justificar por ela/e.

SEGUNDA METADE DA AULA

Agora já com Rich Backer.

Exercício #9: TELEPATIA

Em roda. O grupo fala junta num ritmo de quatro tempo: "Mente, mente, 1, 2 3!" ("Mind, mind, 1, 2, 3!"). Na seuquencia duas pessoas devem falar simultaneamente a primeira palavra que lhes vem a cabeça. Como falaram juntas quase sempre é necessário que se repita separadamente cada palavra. As próximas duas pessoas (sendo que uma ainda é a mesma da primeira dupla que falou) devem agora falar a primeira palavra que lhes vem a mente que combina as duas outras anteriores. Antes da dupla falar o grupo sempre entoa a musiquinha. O jogo acaba quando duas pessoas falam simultaneamente a mesma palavra. 
Ex.:  
1. (TODAS/OS) "Mente, mente, 1, 2,3!", (A) "Carro" e (B) "Caneta". 
2. (TODAS/OS) "Mente, mente, 1, 2,3!", (B) "Tinta" e (C) "Azul".
3. (TODAS/OS) "Mente, mente, 1, 2,3!", (C) "Pintora" e (D) "Lata".
4. (TODAS/OS) "Mente, mente, 1, 2,3!", (D) "Pintura" e (E) "Pintura"

Exercício #10: MATRIZ

Chamo este exercício de matriz porque identifico os mesmos princípios do trabalho de matriz corporal que aprendi com Ricardo Guti na disiciplina de Interpretação II na UnB, baseado no trabalho no grupo Lume em Campinas (descrito no livro "A arte de Não interpretar como poesia corpórea do ator" de Renato Ferracini) e o trabalho que desenvolvi durante anos nos cursos de teatro na No Ato Produções em Brasília. Alerto que não é o mesmo exercício de MAtriz corporal, mas joga com os meus princípios.

Andando pelo espaço. Cada pessoa escolhe uma parte do corpo. A/o condutor/a então fala de forma crescente e com um espaçamento de tempo razoável para se desenvolver e experimentar, os números de 1 a 10. Esses são os níveis de "exagero" da parte do corpo. Entre os níveis, a/o condutor também faz algumas perguntas sobre esta personagem que vai aparecendo. Exemplo: "Quantos anos tem?", "O que mais gosta de comer?", "Qual é seu lema de vida?". As respostas são ditas em voz alta por todas/os ao mesmo tempo (quase como uma retórica, mas que é externalizada, se isso fizer algum sentido). Ao se atingir o número 10, depois se continua o exercício decrescendo até o nível 1 novamente.

Liberam o espaço. Um/a a um/a se senta na sua vez na cadeira posicionada ao centro e responde uma entrevista que a/o condutor/a faz.

Comentários:
- As respostas estão lá, o corpo sabe. Nós somos corpo, nós sabemos.
- Personagens partem de pontos de vista. Uma parte do corpo é um ponto de vista

Exercício #11: ESTERIÓTIPOS E ATIVIDADES

Cena de 2 pessoas. De uma lista o/a condutor/a tira em sorteio um esteriótipo ou profissão (o mesmo ou a mesma para as/os duas/ois) e de outra uma atividade ou ação (a mesma para as/os duas/ois).

Comentários:
- Pensar nas perosnagens em mais de uma dimensão. Bailarina/o que gosta de dançar: essa é uma dimensão apenas.
- Não conversar sobre a atividade e não ficar só no esteriótipo, eles são pontos de partida
- Sintam a conexão, o silêncio e aí então falem
- Eu usei a ideia da pergunta pessoal em que trabalhamos na Master Class I LOVE IMPROV. Manteve a cena sobre a relação das personagens e me ajudou a responder a pergunta por uma perspectiva minha adaptada/filtrada pela realidade e voz da personagem. PAra saber mais, só olhar as postagem sobre as 4 aulas de I LOVE IMPROV with Holly Laurent.
- Comentamos sobre o documentário "Trust us, this is all made up" ("Confie em nós, é tudo inventado") de David Pasquesi e T.J. Jagodowski. Em que eles não pegam sugestões das plateias, eles s eolham e apartir daqueles 30 segundos de silêncio estabelecem uma conexão que desenvolve a peça toda.

Exercício #12: VIAGEM DE CARRO

Cena de 3 pessoas. duas sentadas nas cadeiras da frente que desejam os dois bancos da frente do carro, e uma em pé do meio e atrás para melhor ser vista como banco de trás do carro. A/o motorista traz uma personagem/energia e as/os demais combinam, seguem essa energia/personagem. Quando a/o condutor/a diz: "Troca", a/o morotista sai de cena, quem estava sentada/o ao lado senta como motorista, quem estava em pé senta-se ao lado e uma nova pessoa assume o banco de trás. Nova/o motorista, nova personagem.

Comentários:
- Combinar com a energia da/o outra/o faz com que nos coloquemos em lugares não comuns que talvez não optássemos ir.

Exercícios #13: OH, MEU DEUS, ESTÃO ROUBANDO NOSSO CARRO!

Mesma fromação de carro e três pessoas do exercício Viagem de carro: duas sentadas em cadeiras a frente e uma em pé atrás. 3 outras pessoas esperam do lado da cena. São dadas duas letras para cada trio. Ao sinal da/o condutor/a quem está no carro sai do carro e a pessoa que estava sentada no lugar da/o motorista diz: "Oh, meu Deus, aquelas/es (Alguma coisa com a Srimeira Letra) (Alguma coisa com a Segunda Letra) estão roubando nosso carro!". Enquanto saem do carro, o outro grupo assume o carro e as personagens dadas pela/o motorista do trio anterior. Então a/ condutor/a dá novo sinal e há troca de grupos novamente. A/o nova/o motorista então determina as personagens. As trocas acontecem até a/o condutor/a decidir trocar os dois trios.

Ex.:Trio 1 (que começa no carro): letras "R" e "L". Trio 2 (que começa fora): letras "D" e "J".

Trio 1 sai do carro e motorista fala: "Oh, meu Deus, aqueles Ratos Lindos estão roubando nosso carro!"
Trio 2 assume o carro como ratos lindos. Ao sinal da troca, saem do carro e a/o motorista diz: "Oh, meu Deus, aquelas Deusas Julgadoras estão roubando nosso carro!"
Trio 1 assume o carro como deusas jejuítas. Ao sinal de troca, saem do carro e a/o motorista diz: "Oh, meu Deus, aquelas Rainhas Loucas estão roubando nosso carro!". E assim segue.

Exercício #14: DUBLAGEM INSTANTÂNEA

Cena de 2 pessoas, com uma terceira em off. Uma pessoa faz ela mesma, a outra faz só corpo para que sua voz seja dada pela pessoa em off.

Comentários:
- Tentar combinar os movimentos e voz o mais preciso possível
- Atenção ao posicionamento de quem dubla para conseguir ver os gestos
- Quem faz o corpo também sugere momentos de fala pelo movimento.
- Não existe "caras e bocas demais"

Exercício #16: GLAM GLAM

*Exercício descrito na postagem do dia 30/04/2018 sobre a Aula 1 de 3 do Curso Improv 2.


***

Mais tarde naquela noite ou madrugada, recebemos o email de Rich com os apontamentos da última aula! Segue minha tradução de partes que considero pertinentes desse email:

Aqui vai um vídeo da minha tupe de dois homens no Oklahoma Improv Festival há um meses atrás. É um dos melhores em qualidade de video/audio das minhas performances. Vocês podem ver que eu pratico o que eu ensino se você quiser ver: https://www.youtube.com/playlist?list=PLvGvpbnS1y9HteZPug_eCJRe0ZIw0mmTI 

Obrigado

Rich

REcapitulando:

Personagens
- Não há necessidade de conhecer/saber sua personagem antes de entrar em cena
- Descubra sua personagem com o progresso da cena
- Deixe seu corpo guiar o caminho
- Sinta como é andar por aí com essa perosnagem e deixe isso lhe informar sobre ela
- Permita que uma conexão genuína ocorra entre suas personagens e as personagens das/os suas/eus parceiras/os e transborde a cena a partir delas.
- Fazer duas personagens diferentes significa andar e falar de formas diferentes

Grande Roubo de Automóvel
- Fale com clareza quando rotular
- Tudo bem em pré-planejar os rótulos
- Assim que você ouvir o rótulo, entre na personagem
- Pretique bons dar e receber para que você não esteja apenas falando um/a encima da outra/o o tempo todo
- Faça as personagens de forma grande e ousada
- A/o motorista é quem rotula
- Se você não sabe o que é o rótulo, faça uma escolha grande e ousada de qualquer forma

Dublagem
- Um/a parceira/o de cena é simplesmente ela/e mesma/o.
- A/o outra/o parceira/o de cena é metade de um/a improvisador/a (um/a é a voz, outra/o o corpo)
- Vá grande!
- Pessoa que está sendo dublada deve mostrar seus rosto para a plateia o quanto for possível
- Mexa sua boca como um fantoche ou uma personagem de animação
- Tente mexer a boca corretamente com as palavras mesmo que você não possa
- Também mova muito o seu corpo
- O quanto mais simples a cena, melhor

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