"Era uma vez, mas eu me lembro como se fosse agora, eu queria ser trapezista. Minha paixão era o trapézio, me atirar lá do alto na certeza de quem alguém segurava minhas mãos, não me deixando cair. Era lindo mas eu morria de medo. Tinha medo de tudo quase, cinema, parque de diversões, de circo, ciganos, aquela gente encantada que chegava e seguia. Era disso que eu tinha medo, do que não ficava para sempre." (trecho de "A Trapezista do Circo" de Antônio Bivar)
Quanto mais intimidade se tem, melhor se joga, pois não improvisa-se do nada, não é mesmo? Numa perspectiva de sujeitos como comunidade (Vicent Colapietro) em que somos seres históricos, culturalmente inseridos nas relações, não nos é possível nos tornar uma página em branco e criar "do nada". Criamos de nós mesmas/os, das nossas vivências, referências, do que temos à nossa disposição no momento. O treinamento em Impro é o que nos permite perceber (ouvir/preseça plena) e aceitar o que está em nós e a nossa volta como ofertas à cena. Também nos oferece, a partir desse princípio, ferramentas para desenvolver narrativas, personagens, movimentos, efeitos cênicos e relações. Neste ponto, a intimidade de um grupo que improvisa, se conhece, se decifra em olhares e referências comuns do tempo que compartilham juntas/os, abre não somente ofertas, mas um universo paralelo de possibilidades. A intimidade permite o toque, a aproximação, o entrar em casa e tirar os sapatos sem o medo do desrespeito.
E ao mesmo tempo que é extremamente fecundo se jogar (atirar-se a, ou brincar) com quem se em intimidade, num lugar de conhecimento e pertencimento de relações, a Impro permite entre pessoas desconhecidas, que nunca se viram antes, encontrar uma conexão rápida, por vezes profunda, para o desenvolvimento de cenas.
Eu comento na minha dissertação de mestrado sobre a diferença entre intimidade e cumplicidade (e como considero ambas como princípios de treinamento em Impro). Também narro um momento que foi especial em relação a Impro quando fiz, em 2011, um curso intensivo de Impro no centro de Treinamento The Second City de Chicago (EUA). No último dia nosso professor Micah Philbrook nos informou que nos juntaríamos a outra turma para jogar. E que, apesar de cada qual ter tido experiências diversas, exercícios diferentes, háviamos sido treinadas/os nos mesmos princípios e agora falávamos a mesma língua (o que para mim, improvisando em inglês e fundindo meus neurônios com isso, fez sentido em dobro). Falar a mesma língua é conhecimento, é cumplicidade, é um grau de intimidade, conexão e comunicação.
Eis que estou em Portugal, a falar um português, e que me convido sendo convidada a participar do Festival NIM - NOITE IMPREVISTAS promovido pelo grupo Improvisto.
Dia 19/10/2018, noite de Abertura do Festival. Até então só conhecia pessoalmente o técnico/improvisador de luz Pedro Caseiro e o improvisador Paulo Cintrão do grupo Sem Rede (com o qual eu me apresento no dia 31/10/2018 no espetáculo "A Origem do Medo"). As demais pessoas, só por conversa de whatssap com informações pontuais (à uma brasileira perdida) e o telefonema de primeiro contato com o Mário Abel via celular (telemóvel) do André Sobral. O Festival se organiz num novo fomrato em sua quarta edição, ao invés de espetáculos de diferentes grupos, o Improvisto apresenta seus diversos formatos de espetáculos tendo o elenco formado por improvisadoras/es de diferentes grupos (e comigo e o Zeca Carvalho, agora também diferentes países, hehehe).
Às 20h do dia da apresentação nos encontramos e então conheço o pessoal do Improvisto: Lúcia Magalhães, o André Pedro, o Mário Abel; e também a Sarah Afonso do grupo Cardume, e o músico André Mesquita. Esta noite foi a noite de jogos formato curto do festival. Passamos os jogos rapidamente e assim tiramos as dúvidas de regras e nos conhecemos em cena um pouquinho/bocadinho.
Da esquerda para a direita de baixo para cima: Eu, Lúcia Magalhães, Paulo Cintrão,
Sarah Afonso, Mário Abel, André Mesquita (na horizontal) e André Pedro.
E ali falando nossos portugueses e nossas Impros desenvolvemos cenas conectadas, divertidas e com seu algum sentido, hehehe. Digo isso porque na estrutura de jogos, as narrativas/histórias não são necessariamente o foco principal, por vezes nem sequer importam. Nesta noite, além dos desafios a cumprir em cena em cumplicidade com o publico, contamos histórias curtas, que mesmo dentro da sua loucura, faziam... seu sentido próprio. E quando isso acontece, para mim ao menos, é um êxtase no trabalho com jogos. Outra curiosidade é que eu não me apresento oficialmente e em "português" (fora as finalizações de cursos nos Estados Unidos) no formato curto de jogos desde... desde... 2005 ou 2006.
Jogos da Noite:
1) Dublagem/Dobragem
Duas pessoas em cena ficam com a ação e fala em gramelot (que soa uma outra língua) enquanto outras duas fazem a tradução/dublagem instantânea da cena.
Eu e Mário como "atrizes/atores" da cena, Cintrão na voz/tradução do Mário e Lúcia na minha. Duas pessoas falando gramelô hebraico (e depois gramelô checo por mudança do Mestre de Cerimônias André Pedro) no zoológico na frente da máquina de lanches. Até perceberem que os lanches eram diferentes e não eram para humanos, era para sulicates. O que, por conta disso e da provocação de atirar comida nos animais ("Nunca atire comida aos animais") insitou-os ao ataque. Checocaecacheaca!
Observação: reescrever a história improvisada, além de um puta exercício para a memória, é um ótimo exercício de escrita, pirncipalemnte se for em estrutura de cena.
A história fluiu bem, tateando seu lugar no início e desenvolvendo um plot simples e que trazia simpatia das perosnagens ao publico: duas figuras inocentes, bobas até, em apuros selvagens. Não definimos qual a relação das personagens (pensando no triângulo defendido de definir Quem, O que e Onde)... e tudo bem. Sim, talvez isso acrescentasse mais informações na qual pudéssemos desenvolver mais a história, isso e qualquer outra informação. Essas indicações ou ferramentas ajudam, mas não são imprecindíveis. Posso me maquiar usando pincéis ou meu próprio dedo, o importante é usar bem o que se tem. Foi um bom auqeicmento de interação com o publico, a plataforma de espetáculo.
2) Objetivos
Duas/ois improvisadoras/es recebem objetivos de cena sugeridos pela plateia, um/a não sabe o objetivo da/o outra/o. A meta é cumprir o objetivo sem falar o que é. Os objetivos são direcionados à outra pessoa, fazer com ela faca algo específico.
Eu e Sarah como um casal divorciado. Eu tinha o objetivo de fazê-la beber direto da caixa de leite e ela teria que me fazer escovar os dentes com hashi (este é o nome dado aos "pauzinhos" para se comer comida japoneza, diga-se de passagem, hehehe. Quando eu finalmente descobri o objetivo da Sarah, usei o termo "hashi" e rolou uma dúvida cúmplice com a plateia se era mesmo aquilo). As duas se encotnram depois de muito tempo para um chá. - A ideia do chá me ocorreu por conta de uma conversa com a Sarah antes da apresentação, o que evidencia aqueles momentos de intimidade, mesmo que instantâneos, se matrializarem em cena e cumplicidade - E entre pequenas alfinetadas de "como está sua vida sem mim" e "você sempre fez ou faz isso", a Sarah rapidamente tomou o leite da caixa, porque tradicionalmente era assim que os chineses faziam (obviamente não). A tradição chinesa da cena veio pela minha inciiativa do chá, cerimônia do chá chinês, e da observação da Sarah às novas fotos da casa e todas as viagens que eu havia feito pelo oriente. Ela também observou que eu tinha algo no dente, mas antes que eu pudesse escova-los, ela precisava usar o banheiro/cada de banho. Oops! Ela derrubou minha escova no vaso sanitário, sempre destruindo minhas coisas. Neste momento já entendemos que eu deveria escovar meus dentes com qualquer outra coisa. Por que não meu dedo? (sim, eu uso meu dedo para maquiar, para escovar os dentes, o que há de mais natural que um dedo?). Tocam a campainha. Mário como entregador, trás comida japoneza. Algo faz sentido... Ainda não muito sentido. Talvez a capinha tenha sido bem antes, porque tocam a campainha novamente e é novamente o entregador que fala "japonês". Ele havia esquecido de entregar os hashis! E... opa! Será! Pois sim, posso usar o hashi para me maquiar!
Observações: este é um jogo de cumplicidade direta com a plateia. Ela sabe de algo que nós no palco não sabemos. Tem todas as informações secretas. Mas não tem todas as informações porque, é improviso, ninguém relamente as tem até serem definidas. A tentativa e o erro são aliados. É preicso errar! Vai para vida isso, ok? É preicso errar! E como o apoio das/os coleguinhas, fazer algo com o "erro". Véi, a gente devia cobrar o preço de uma sessão de terapia por ingresso!
A cena fluiu bem, a relação entre nós ficou forte. Tínhamos aqui, sem esforço o quem, o que e onde. E talvez (com certeza) o tempo que passamos a conversar antes da apresentação, a empatia entre nós, fortaleceu ainda mais essa relação em cena. Aqui a história não era em si importante,era este encontro.
Eu e Sarah como um casal divorciado. Eu tinha o objetivo de fazê-la beber direto da caixa de leite e ela teria que me fazer escovar os dentes com hashi (este é o nome dado aos "pauzinhos" para se comer comida japoneza, diga-se de passagem, hehehe. Quando eu finalmente descobri o objetivo da Sarah, usei o termo "hashi" e rolou uma dúvida cúmplice com a plateia se era mesmo aquilo). As duas se encotnram depois de muito tempo para um chá. - A ideia do chá me ocorreu por conta de uma conversa com a Sarah antes da apresentação, o que evidencia aqueles momentos de intimidade, mesmo que instantâneos, se matrializarem em cena e cumplicidade - E entre pequenas alfinetadas de "como está sua vida sem mim" e "você sempre fez ou faz isso", a Sarah rapidamente tomou o leite da caixa, porque tradicionalmente era assim que os chineses faziam (obviamente não). A tradição chinesa da cena veio pela minha inciiativa do chá, cerimônia do chá chinês, e da observação da Sarah às novas fotos da casa e todas as viagens que eu havia feito pelo oriente. Ela também observou que eu tinha algo no dente, mas antes que eu pudesse escova-los, ela precisava usar o banheiro/cada de banho. Oops! Ela derrubou minha escova no vaso sanitário, sempre destruindo minhas coisas. Neste momento já entendemos que eu deveria escovar meus dentes com qualquer outra coisa. Por que não meu dedo? (sim, eu uso meu dedo para maquiar, para escovar os dentes, o que há de mais natural que um dedo?). Tocam a campainha. Mário como entregador, trás comida japoneza. Algo faz sentido... Ainda não muito sentido. Talvez a capinha tenha sido bem antes, porque tocam a campainha novamente e é novamente o entregador que fala "japonês". Ele havia esquecido de entregar os hashis! E... opa! Será! Pois sim, posso usar o hashi para me maquiar!
Observações: este é um jogo de cumplicidade direta com a plateia. Ela sabe de algo que nós no palco não sabemos. Tem todas as informações secretas. Mas não tem todas as informações porque, é improviso, ninguém relamente as tem até serem definidas. A tentativa e o erro são aliados. É preicso errar! Vai para vida isso, ok? É preicso errar! E como o apoio das/os coleguinhas, fazer algo com o "erro". Véi, a gente devia cobrar o preço de uma sessão de terapia por ingresso!
A cena fluiu bem, a relação entre nós ficou forte. Tínhamos aqui, sem esforço o quem, o que e onde. E talvez (com certeza) o tempo que passamos a conversar antes da apresentação, a empatia entre nós, fortaleceu ainda mais essa relação em cena. Aqui a história não era em si importante,era este encontro.
3) Entra/Sai acumulativo
Um/a improvisador/a começa uma cena solo. Com o sinal da campainha da/o Mestre de Cerimônias, entra uma segunda pessoa começando uma cena completamente diferente, mas aproveitando as formas corporais de quem estava. Nova campainha, mais uma pessoa entra e começa nova cena. Isso continua até todas/os estarem em cena, então começa a volta. Com o sinal da campainha a última pessoa a entrar arranja um motivo e sai de cena. Assim, a cena anterior a esta continua. O mesmo acontece até só restar uma pessoa, a primeira, que finaliza seu solo.
A partir da sugestão de "colecionar selos" todas as cenas se inspiraram e foram criadas: "Cintrão" fez como solo um ator a ensaiar. Entrou Lúcia e fizeram uma cena nos correios em que "Cintrão" não teria dinheiro para os selos e precisava enviar o cheque para sua mãezinha doente e "Lúcia" propõe como atendente um pagamento sexual. Entrou Sarah... eu não lembro!!! Entrei eu: Somos um grupo a selar o pacto com a nova integrante da seita em que lançamos verdades. Entrou o Mário: e eu não lembro dessa também! Saiu o Mário. Voltamos à cena da seita e agora tínhamos uma nova deusa entre nós. Saí eu para pregar sua palavra ao mundo. Voltou para a cena que eu não lembro, e saiu a Sarah. Voltou a cena dos correios em "Lúcia" e "Cintrão" se assumem como casal e o próximo passo é apresentar a namorada à mãezinha. Sai Lúcia. "Cintrão" agradece ao público pós sua apresentação solo de teatro.
Nesta cena nossa conexão foi sendo construída, olhares, propostas como tentativas. Primeira cena em que todas/os interagiram. Assim, em relação as demais, foi um pouco mais "fraca". O jogo foi feito, executado e passou bem, só não tão bem quanto os demais, o que talvez a minha falta de memória seja uma indicação (ou somente o fato do meu HD estr cada vez mais cheio...). O"ritmo" , ao meu ver, foi do entendimento dos ritmos e vibrações. O que, por sua vez, fez toda a diferença para o jogo seguinte em que todas/os participamos e os elos de escuta e permissões conjuntas já tinham sido testados neste jogo cá.
4) Estilos
Uma cena se desenvolve mudando o seu estilo conforme indicação da/o Mestre de Cerimônias.
Na selva brasileira, duas/ois caçadores procuram o pássaro raro Irarucu Vermelho. Com a ajuda dos coelhinhos (super comuns nas florestas brasileiras) pela influência do estilo Disney, e cobras, encnontram o Irarucu Azul responsável por esta busca. Buscar o Irarucu é buscar a si próprio, seu elo com o mundo. E nesse meio de faroeste, livro RPG, musical, falar em sotaque português e brasileiro, o caçador gonzales na verdade é um Irapuru roubado quando pequeno e filho do Irarucu azul. Se enfrentam. Tragédia, morte, drama... A descoberta filosófica de quem somos e onde viemos. Se liga na potência poética!
5) Narrador Intrometido
Cenas se desenvolvem, e a/o Mestre de Cerimônias faz indicações e provocações que revelam segredos ou desafiam as/os improvisadoras/es em cena.
Uma funerária que atende principalemnte filhas/os que assassinam suas/seus progenitoras/es. Um filho (Mário) quer o caixão para o pai onde já está a mãe (eu) de alguém (Sarah). O atendente (Cintrão) faz a ligação entre as/os clientes, que resolvem enterrar pai e mãe no mesmo caixão. Nisso Lúcia tenta começar cena nova, mas não se sabe bem ao certo. Saem as/os demais e eu fico. Lúcia está a falar de flores. Eu estou a seus pés e dali, ela é a outra filha que o fantasma da mãe pede vingança (Óh, Hamlet!). Voltamos a funenária. O casal de assasinas/os tenta se esconder. Ele entra no caixão da mãe e é assediado pelo cadáver possuído enquanto as irmãs discutem a relação e como uma sempre se sentiu preterida pela outra. O problema causado pela mãe. As intervenções do narrador intrometido, o André Pedro, trouxe à tona segredos, sentimentos, confissões, poesia e a música final que era a música tema desta "mini-série" criada: "As pessoas mortas...". Blackout!
Com a participação de todas/os e agora com as relações e possibilidades plenamente quentes entre nós. Até os ruidos de comunicação/escuta, foram usados. O que torna mais uma questão de tempo do que de falta de escuta. Foi a não percepção de nova cena a começar que me manteve em cena como morta e que com isso fez o link entre as filhas e a vingança do fantasma da mãe. Tirando a filha assassina de dois nomes (graças a minha falta de atenção, mea culpa, chibatadas nas minhas costas, óh!) foi uma delícia estupidamente divertida. A Sarah usou em cena na bria entre irmãs uma conversa de camarim sobre a minha curiosidade em que o interruptor das casas de banho por cá ficarem do lado de fora do banheiro. Minha teoria e que isso foi criado por alguém que era a/o irmã/o mais velho para atormentar a/o caçula. Esse argumento foi usado em cena. E fez sentido na cena e entre nós que participamos anteriormente do "debate". Elos, encontros vivos, nesta mini-série de pessoas mortas... "As pessoas mortas..." ressoaou mais dois dias em meus ouvidos.
E de toda essa experiência, novidades, pessoas desconhecidas, eu me vejo com medo de altura e me atirando do alto na certeza de alguém vai segurar as minhas mãos não me deixando cair. Mesmo que eu não conheça quem vai me segurar. Soa romântico, eu sei, mas a questão é que também é verdadeiramente romântico se abir ao desconhecido. É a jornada de qualquer aventura, da pequena à grande. E, se nos consideramos sujeitos como comunidade, se não improvisamos do nada, se falamos a língua Impro, então esse desconhecido não é tão desconhecido assim. E a Impro começa bem antes do espetáculo, bem antes das conversas de camarim, bem antes da decisão de comprar o ingresso (porque começa com o publico também), bem antes de nós, com as "pessoas mortas...", que assim se tornam tão vivas, ou voltam a vida.
Fui longe, eu sei, mas tudo isso vem de bem longe e bem perto. Espero que estes meus relatos, desabafos, análises, que me são aprticulares (as/os improvisadoras/es que estiveram comigo no palco podem ter tido uma percepção completamente diferente, e isso é ouro), sirvam para se pensar um pouco do que nos aocntece em cena, como e porquê nos acontece. E assim, nos fortaleça ao perceber que há uma base poética, teórica que nos é natural para desenvolver o que fazemos. Ao perceber nossa conexão, saber usar nossos tempos com gentileza e força.
Fui longe, eu sei, mas tudo isso vem de bem longe e bem perto. Espero que estes meus relatos, desabafos, análises, que me são aprticulares (as/os improvisadoras/es que estiveram comigo no palco podem ter tido uma percepção completamente diferente, e isso é ouro), sirvam para se pensar um pouco do que nos aocntece em cena, como e porquê nos acontece. E assim, nos fortaleça ao perceber que há uma base poética, teórica que nos é natural para desenvolver o que fazemos. Ao perceber nossa conexão, saber usar nossos tempos com gentileza e força.
Minha primeira apresentação em terras portuguesas. Gratidão e empolgação imensa! Que venham mais (Dia 31/10 está a chegar)!
E tem disso também, de ser efêmero, de deixar encatar-se e soltar. De não ficar para sempre... O que também é paradoxal, já que a experiência, essa fica. Cola no corpo. É... vai rolar mais filosofia agora que eu voltei a estudar academicamente e estou a ler filosofia, teorias da arte e performance e todas as nerdices que fazem-me parte individualmente em conexão.
O NIM continua cá até sabado 27/10/2018 no Teatroesfera em Queluz, Portugal. Saiba mais pelo evento do facebook: https://www.facebook.com/events/2249503951949185/ Aliás, espaço deveras charmoso!