segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Novos planos cruzando o oceano

No início de mês de agosto eu comentei aqui que estava cheia de novidades e que elas viriam com o tempo. Pois é, bem em tempo e encima da hora. Nesta segunda-feira, 17 de setembro de 2018, incio os meus estudos no programa de Doutoramento em Estudos de Teatro da Universidade de Lisboa... Sim, estou em Portugal. Meu visto de Residência para fins de estudos (3 a 4 anos de curso) só saiu nesta quinta-feira, embarquei para Lisboa no sábado, chegando no domingo. Ufa!

Fonte: https://www.neolo.com/blog/ahora-neolo-tambien-en-brasil-y-portugal.php

Por que contaria isso aqui? Porque minha pesquisa de Doutoramento (tenho que me acostumar essa palavra) está pautada em Impro. Tenho esse interesse de continuar pesquisando e produzindo material em português (por isso também escolhi Portugal) sobre a Impro, tanto como linguagem teatral quanto como ferramenta de criação e de treinamento de atrizes/atores.

Cá estamos! Quatro horas a frente no fuso horárioe começando nova etapa. E neste blog vou repartir as questões de Impro que apareçam por cá.

Já compartilho algumas ideias e porquês.
Por que Doutorado? Porque Universidade de Lisboa? Por que Portugal? Por que não outras instituições, cidades e países? Como é o projeto?

O meu caminho acadêmico encontrou com a Impro, como linguagem, bem no meio da graduação. A Improvisação sempre esteve lá, mas entender como se improvisa e possibilidades da improvisação como processo e como obra teatral foram desenvolvidas a partir da experiência como plateia do "Qual o seu pedido?", espetáculo apresentado por Edson Duavy e Fernando Booyou nos bares da capital federal a uns bons... 12 anos ou mais. Desenvolvi dali para o final do curso, fazendo parte do elenco do espetáculo, um interesse por uma dramaturgia jogo, sem saber exatamente o que era e o que existia.
Me preparando para o Mestrado e já desenvolvendo a pesquisa também: BOOM! A Impro se articulou a minha frente, e com ela, o preconceito que ela sofre. Eu estrevistei esta semana o Saulo Pinheiro da Cia de Comédia Setebelos em Brasília e perguntei se ele via preconceito em relação a Impro... ele começou incerto tendencioso para o não. E nós duas/dois conversando ali fomos encontrando as indicações daquele "bom" estilo de preconceito brasileiro: o velado. Quantas/os artistas foram te assistir nos seus espetáculos de Impro? Quantas/os foram fazer cursos? Quantas/os sabem o que é? E isso depois de quanto tempo existindo em Brasília? 
Enfim... Acredito piamente que uma das maneiras de descontruir qualquer preconceito é encara-lo como ignorância (em várias camadas dessa palavra). Uma maneira de combater ignorância é pela divulgação e partilha do conhecimento. Aqui temos esse blog, as palestras, e o projeto do documentário na tentativa migalha por migalha, grão a grão. E agora também o Doutoramento. Então: por que Doutoramento? Para desenvolver bibliografia em português sobre Impro.

Porque Universidade de Lisboa? Primeiro: por que não? Essa rebatida de pergunta sempre me abre o pensamento. Eu consigo mapear meus medos e também questões contundentes que me fazem seguir ou desviar. A Universidade de Lisboa porque é uma boa universidade com um programa internacional de Doutoramento que busca o hibridismo e o intercâmbio cultural. Ah... Mas tem outras várias universidades assim! Tem mesmo? Assim, de verdade? Com projetos reais e nào só um texto de site? Fica a provocação também e tomameos a premissa como verdadeira: existem várias universidades assim, por que essa? A resposta está vinculada com o porquê escolher Portugal! E também no porquê não outras instituições, cidades e países.

Primeiro: por que não Brasil? Simples: eu tracei um plano há anos: me graduar em Brasília, minha cidade, fazer o mestrado no Brasil mas em outra cidade (fiz em Uberlândia) e o Doutorado/mento fora do país. O objetivo: ampliar minha visão, senso estético, conexões. Vontade alguma de realmente ir embora, sequer de Brasília onde sempre fui muito feliz nestes meus quase 25 anos. Ao mesmo tempo vontade de conhecer além.

Por isso também o projeto VISANDO IMPRO surgiu. Eu cheguei a me inscrever em duas universidades dos estados Unidos também para Doutorado. Não passei. O dinheiro não está tão fértil assim para apontar para todas as universidades legais por aí. Escolhi universidades boas, perto de centros de Impro e da família, mas nào passei. Além do financeiro, confesso que esse período no início do ano nos Estados Unidos, que foi muito frutífero, sanou boa parte da minha curiosidade quanto ao cenário de Impro desse lado de lá. Resolvi olhar para a Europa, porque a América do Sul já tinha u certo acesso das proximidades (e também porque o meu espanhol não iria segurar um doutorado de qualidade). O interesse de olhar para Europa foi o que me fez escolher o Festival Mount Olymprov na Grécia como o evento Festival Internaiconal de Impro que iria frequentar pelo projeto VISANDO IMPRO. Mas entre Estados Unidos e Grécia abriram0se as inscrições para o Doutamento e Português. Enfim! Não há por aí nesse mundão afora um programa acadêmico voltado a Impro acessível linguisticamente a mim. Na verdade não sei realmente de nenhum (e eu procurei, mas pode ser que, né? Eu que não tenha achado). Me restou escolher uma boa instiutição combinada a um lugar que eu quisesse morar (porque o Doutorado é de 3 a 4 anos) e pesquisar. E Portugal foi uma porta bem bacana: produzir em português! Eu estou nessa cruzada... e uma vez em Portugal, tenho acesso mais fácil ao restante da Europa... e quem sabe África e Ásia? Quiçá Oceania, hein?

Mas como é o projeto? Até o momento (porque tudo muda) é um projeto de desenvolvimento de espetáculo de Impro como estudo de caso, em hibridismo com dança e projeção ao vivo... Algo que venho namorando paralelamente com o meu solo que já flerta com a dança (e tem tanta coisa sobre contato-improvisação que a gente pode aproveitar em Impro!!!!) e o espetáculo "Os Beatniks em Psicose" do meu grupo Novos Candangos em Brasília, que flerta com Impro e com essa dramaturgia onde a projeção ao vivo é elemento compositivo e narrativo.

Pois sim! Quem viver, verá! Ou lerá! Continuarei ainda a postar muito sobre Impro e essa pesquisa em nova etapa que começa.

Mais uma notícia: Novembro estarei no Brasil para prestigiar o Festival Circuito Impro no Rio de Janeiro, parte ainda do projeto VISANDO IMPRO, e última ação presencial do projeto. Então, aguardem mais e mais material!

Estão preparadas/os? Eu não!

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Revista STATUS - Revista de Impro: IMPRO É UMA ARMA PODEROSA

A revista Status é uma revista de Impro mensal que traz artigos de opinião, entrevistas e divulgação de cursos e festivais. Ótima ferramenta de discussão, provocação, compartilhamento e acompanhamento do que acontece em alguns cantos do mundo com Impro. A revista é publicada em espanhol e nos últimos meses também em inglês.

Trago aqui um artigo do Caderno Opinião traduzido do inglês para o português por mim (daquele jeito meu de envidenciar o feminino na generalização masculina da língua portuguesa) a fim de levantar alguns debates e ideias.

Quem quiser saber mais e apoiar a revista, acesse: http://www.statusrevista.com/ 

Fonte: http://www.statusrevista.com/


IMPRO É UMA ARMA PODEROSA

O QUE ACONTECE QUANDO OS SEGREDOS DA IMPRO CAEM EM MÃOS ERRADAS?

Por Feña Ortalli

Não é novidade que pouquíssimas pessoas vivem do seu trabalho como atrizes/atores. Ainda mais quando elas/es se ficam na impro. 

É por isso que muitas pessoas dedicam seu tempo em compartilhar seus conhecimentos à todas/os que querem descobrir os segredos desta linda e nobre técnica. Há cada vez mais e mais cursos regulares e workshops intensivos que buscam acordar o impulso criativo de "pessoas comuns". Entretanto, existem também muitas/os professoras/es que encontraram no treinamento coorporativo um negócio muito mais lucrativo e existem várias empresas que estão dispostas a gastar toneladas de dinehiro para treinar suas/seus empregadas/os.

Mas, você está disposta/o a compartilhar os segredos da impro com o mundo coorporativo? Você realmente quer deixar o capitalismo entrar na nossa casa? Você acredita que a filosofia impro vai preencher os escritórios dessas empresas com unicórnios e raios de luz? Bem, pense de novo. 

Se as empresas estão mesmo interessadas em improvisação eu não acredito que é necessariamente para se tornar pessoas melhores. Conceitos valiosos como escuta, aceitação, capacidade de oferta, respeito pelas ideias de outras/os e dinâmicas de grupo sendo usadas a favor de perpetuar um sistema desumano, hierárquico, classicista e competitivo. Não as deixe engana-la/o. Não se engane.

Eu não estou dizendo que é errado faze-lo, de maneira alguma. É a mesma economia capitalista (gerenciada por estas empresas) que a/o força a aceitar esses trabalhos. Eu entendo. É simplesmente uma questão de saber com quem você está lidando. Eu fiz e provavelmente vou continuar fazendo, talvez até que eu consiga me manejar sem essa renda.

Improvisação é uma técnica muito nobre para dividir com qualquer um/a. Pense sobre isso, se você vai cobrar o mesmo ou menos do que você cobraria para "pessoas comuns", você faria? Pense a respeite e se responda honestamente.

"Eu não sou ingênuo, ou não-realista; Eu sei que não será uma grande revoluçao. Apesar de tudo, nós podemos fazer coisas úteis, como colocar limites no sistema." Slavoj Zizek. Filósofo esloveno.

Revista Status no. 87. Caderno Opinião, p. 04. (Tradução minha do inglês para o português - grifos do autor)


***

Entendo o texto de Ortalli como provocação, e a partir daí doso alguns pontos de vista que me parecem "radicais" ou extremistas" num primeiro olhar. Me toca o seu lugar de fala, de quem faz e se questiona quanto o porquê faz e apra quem faz. 

No meu paradoxo pessoal não concordo com a "sacralidade" dos segredos do "nosso mundo Impro", porque a Impro me é muito natural. Um dos motivos da minha paixão por Impro foi entender que ela sempre esteve aqui, foi percebe-la em mim e a minha volta por todo o caminho e... bom, isso é meu sagrado, não é? Como disse: paradoxo. Mas o que eu quero dizer é que para mim a porta está aberta, "não há segredos" (parafaseando e citando o diretor inglês Peter Brook). Estudamos em Impro e praticamos o invisível e paupável da vida... ou invisível e abstratado. Ok... estou filosofando um tanto.

Aceitando (sim, e...) a provocação de Feña Ortalli a pensar a respeito de com quem se compartilha os nossos conhecimentos, eu penso que também precisamos pensar em como compartilhamos. Não falo da metodologia, mas das condições dos trabalhos. Por vezes também sou chamada a usar as ferramentas e técncias da Impro e do Teatro em si (que eu também não diferencio já que Impro é teatro e a meu ver, a base do teatro) em treinamentos coorporativos. As propostas dos "treinamentos" são, muitas vezes, de uma hora com sei lá, duzentas pessoas. Recuso, pois aceito a ineficiência do trabalho com um tempo que não é hábil com ainda uma quantidade de pessoas que potencializa o desastre. Aceitar sem escuta dessas condições é usar martelo em parafusos, até é possível enfiar o metal na parede, mas vai danificar tudo em volta e as próprias ferramentas. Ou seja, um deserviço.

Não se muda comportamento ou se treina de verdade sem qualidade de presença. Quando o comportamento muda, é só o começo.

Minha mãe está dando aulas de reforço em matemática como voluntária numa escola pública. Conversou comigo sobre a apatia e dificuldade de foco e aprendizado das/os alunas/os pré-adolescentes. Me pediu dicas de exercícios para tal. Eu dei alguns exemplos e a alertei quanto a esse como, sobre as condições. Ela foi para a sala de aula e executou um dos jogos que lhe expliquei. Me ligou novamente dizendo: "o jogo foi um sucesso, as/os estudantes adoraram, ficaram super concentrados, mas... depois não consegui dar aula, muita energia, não paravam quietos. Como faço?" Aí eu a lembrei das condições e também das responsabilidades de uma decisão em mudar comportamentos, começando inclusive com o dela. Se quer ter uma aula diferente, não adianta fazer um exercício para dizer que foi diferente e voltar ao padrão na sequência. Mudar requer aceitar a mudança em si e com isso, escutando e aceitando (bem auto-ajuda Impro) se aprofundar. No caso, estudar também não é?Se quer usar teatro na sala de aula, que se proponha a estudar teatro para que possa atender e atentar às provocações que tocam as/os alunas/os. conversar com a minha mãe é sempre muito elucidante para mim também, porque há nela a precisão matemática com o olhar da pintora.

Causos a parte, pensemos sobre as condições que nos são requisitadas para a sala de aula, trabalho ou treinamento. Repense e converse as ações, tente mais tempo, menos gente, mude para palestra, mude o enfoque, seja honesta/o. 

Honestidade é uma Ação Poderosa.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Cena Contemporânea - Oficina Dramaturgia Espontânea do Ator com Ricardo Behrens (Argentina)

O Festival Internacional de Teatro de Brasília Cena Contemporânea está em sua 19a. edição. E juntamente com a Oficina dos Menestréis, a Cia Néia e Nando, o curso de Artes Cênicas da Universidade de Brasília, o Mestrado em Artes da Universidade Federal de Uberlândia e as experiências profissionais com diretoras/es como Adrianao e Fernando Guimarães, Catarina Accioly, William Ferreira, Hugo Rodas... o Festivalé parte definitiva na minha formação artística, no meu olhar estético, ético, nas experiências formativas e na apreciação.

Por meio do Cena Contemporânea tive a oportunidade de trocar em sala de aula com diretoras/es da Escócia, Argentina, México, Chile e outros estados do Brasil como Rio de Janeiro, São Paul, Bahia e também o Distrito Federal. E isso é somente os exemplos que me vem agora à memória. E aí eu não consigo nem inumerar os trabalhos artísticos de quantos países eu tive o privilégio de asssitir sem sair da minha cidade.

Neste 2018 o Cena contou em sua programação com o espetáculo "Shakespeare Inédito" e com o curso "Dramaturgia Espontânea do Ator", trabalhos com improvisação do argentino Ricardo Behrens. Pense numa pessoa feliz por demais!!!!

Com a autorização do Ricardo, relato e compartilho aqui os exercícios da oficina de 4 dias (que benção de tempo!). O que estiver escrito em itálico se refere aos meus comentários e observações pessoais.

DRAMATURGIA ESPONTÂNEA DO ATOR 
Professor: Ricardo Behrens



DIA #1
27/08/2018 - Segunda-feira. Das 9h às 13h. Sala Augusto Boal - Curso de Teatro IESB (Asa Sul) - Festival Internacional de Teatro de Brasília Cena Contemporânea

Aquele tempinho para chegar, para alongar, aquecer a voz. Conversa:

Improvisação: teatro no seu espaço mais puro, embrionário. Existem mecanismos para ajudar a se tornar apresentação.
- Pode ter a profundidade e as relações do teatro de texto. Sem precisar ser "festivo"ou "light".

Acordos: 
- Aceitação (conceito): no teatro de texto é a mesma coisa. A diferença é que tem o roteiro, o texto, sabe-se a ordem e o final. 
- Entrar na mesma frequência.
- Aceitar a proposta e juntas/os avançar.
- Se aparecer o conflito, sair. Ceder para avançar.

Exercício #1: Passa Tapa contando até 7
Em roda. Bater com a mão no ombro cruzado (mão esquerda no ombro direito ou mão direita no ombro esquerdo) para passar a "bola" imaginária na direção do ombro que se bate. Pode-se trocar de direção a hora que quiser. Quando se passa a "bola" se fala ao mesmo tempo a sequência númerica de 1 a 7. 
No número 7 o passar a "bola" é diferenciado: se usa os dois braços retos paralelos na frente do corpo: um acima da cabeça e o outro abaixo. A "bola"segue a direção do braço de cima. A contagem recomeça no 1.
* Variação: no número 3 se pula no lugar sem bater no ombro.

Exercício #2: Presidente
Em roda. A primeira pessoa escolhida é a/o Presidente (Presi.), a segunda a sua esquerda é a/o Vice-Presidente (Vice), a próxima é Tesoureira/o (Tesi.), a próxima Secretária/o (Sec.), e a partir daí segue-se a sequência numérica a partir do 1.
No ritmo estipulado de 4 tempos passa-se a "bola". Dois primeiros tempos (1) e (2) se fala quem é marcando o tempo batendo na perna, no tempo (3) a palavra "chama" batendo palma, e no tempo (4) estalando os dedos fala para quem se passa a "bola". Todas/os batem o tempo juntas/os. Ex.:
(1) Pres. 
(2) Pres. 
(3) Chama 
(4) Doze.
--
(1) Doze.
(2) Doze.
(3) Chama
(4) Sec.
Quando se perde o tempo ou "erra", a pessoa vai apra o final da roda na sequência numérica, assumindo o último número e reorganizando automaticamente toda a sequência. Ex.: 20 pessoas jogando: Presi, Vice, Tesi, Sec, Um... Desseis. A pessoa no lugar do número Seis perde o tempo na sua resposta. Vai então para a posição Desseseis. A pessoa que era Desseis passa a ser Quinze, a Quinze passa a ser Quatorse...  

Exercício #3: Vou? Sim!
Em roda. Pessoa "A" olha para outra pessoa "B". "A" pergunta: "Vou?", "B" responde "Sim!".Então "A" se desloca para o lugar de "B" enquanto este já faz contato vizual com outra pessoa "C" para dar continuidade ao jogo.
* Variação: sem falar, só olhar e receber uma acenada de cabeça como "Sim".

Exercício #4: Passa gesto com Som
Em roda. Uma pessoa faz um gesto com som (onomatopéia) que é passado na sequência da roda (direita ou esquerda). O objetivo é tentar passar o mais preciso possível o que recebeu (e não o primeiro gesto e som). 
Há uma mudança natural do gesto e som, não tentar mudar de propósito e enviar o que recebeu sem tentar "corrigir".
* Variação: Poder enviar a qualquer pessoa da roda, não apenas direita e esquerda.

Comentários:
- Atrás da ficção, há uma comunicação abaixo da superfície
- Incorporar o "erro"
- Fluir mudança naturalmente e não tentar mudar
- Perceber quando o gesto+som se esgotou e então, aí, propor mudança propositalmente

Exercício #5: Associação Joga a Semente
Em roda. O grupo com o pé direito para frente fazem juntas/os o gesto de arremessar semente para o alto. Imagem poética. "A" fala uma palavra no momento que se abra a mão para jogar a semente. "B", a pessoa ao lado, na sua vez de "jogar a semente", fala uma palavra associada a de "A"; "C" fala uma apalvra associada a de "B" e assim segue.
* Variação: Competitivo, quem perde o tempo e não fala, sai da roda. Não pode repetir palavras.

Comentários:
- Ansiedade, querer acertar X se por em risco. 
- Exercícios que buscam estado de atenção mais elevado. Corpo em uma presença a mais que o cotidiano. (Tensão 4 das 7 tensões de Lecoq).

Exercício #6: História com Palavras da/o Outra/o
Em duplas. Em 30 segundos "A" fala o máximo de palavras que consegue. "B" nos próximos 30 segundos conta uma história usando o máximo de palavras possíveis que foram ditas por "A".

Comentários:
- Não preparar a história para a/o outra/o
- Usar o corpo
- Olho no olho

Exercício #7: História em Grupo: Avançar
Em roda. Mais ou menos 14 pessoas. As 3 primeiras definem a plataforma. As seguintes avançam a história e a quadragésima finaliza. Uma pessoa sempre repete as infromações anteriores antes de acrescentar nova informação.

Comentários:
- Plataforma: Quem, Onde e O que. O quarto elemento é a relação.
- Avançar X Expandir. Avançar faz a história andar: ações, aocntecimentos. Expandir traz o colorido, o detalhe, o desenvolvimento do que se disse, mantém-se a história no lugar.
- Treino de memória pra não contradizer
- É fácil para ator/atriz expandir por se treinada/o com o texto que já toma conta do avançar por si só.

INTERVALO

Exercício #8: YÁ + AÍ + RONDON + ZAP
Em roda. Jogo de passar a "bola" imaginária. 
- Para a pessoa ao lado se faz o gesto com o braço na diagonal para baixo falando "YÁ", a bola segue na direção apontada.
- Quando a pessoa faz dois círculos com as mãos na frente dos olhos falando "AÍ": a "bola" mantém a direção de onde vem pulando uma pessoa.
- Com as mãos cerradas  com os bracos ao lado do corpo apontando para cima como um escudo se fala "RONDON" e a "bola" volta para quem a jogou.
- Batendo uma palma e falando "ZAP" se joga a "bola" para qualquer pessoa da roda.

Exercício #9: Eu Sou
"A" vai para o espaço de cena e se posicona falando o que representa. "B" faz o mesmo completando. "C" faz o mesmo na sequência. "A" então sai de cena dizendo quem sai com ela/e. Quem ficou repete quem é, entra "D" e complementa. Depois "E". Ex.:
"A" - Eu sou uma formiga. (se posicona figurando "a formiga")
"B"- Eu sou a folha que a formiga carrega (se posicona como tal)
"C" - Eu sou a grama (se posiciona como tal).
"A" - Eu saio com a folha. ("A" e "B" saem de cena).
"C" - Eu sou a grama
"D" - Eu sou a árvore (se posicona como tal)
"E" - Eu sou a maçã na árvore (se posiciona como tal)
"C" - Eu saio com a maçã ("C" e "E" saem).
"D" - Eu sou a árvore.
(...)

Exercício #10: Bloqueios
Em duplas. Bloquear as propostas dizendo o porquê. As propostas podem ser verbais, ações ou combinado fala e ação.

Comentários:
- Um exercício que não faremos nunca mais
- Bloqueio gera rizo, mas não desenvolve a cena (não avança)
- Quando ressiginificação é bloqueio: se vê a proposta e se muda o que foi proposto.

Exercício #11: Três Afirmações e Aceitação
"A" faz as propostas da cena. "B" só pode falar as frases: "Estou de acordo."; "Me parece perfeito."; ou "Fantástico!". E seguem as ações pela aceitação das propostas numa mesma cena.

Comentários:
- Fiz muitas perguntas, mas o tipo de respostas meio que induz para isso.
- Não ser somente ordens
- Desenvolver a primeira ideia e não anular ou "resolver" a proposta. Ex.: o avião vai cair... Não aperta um botão e resolve, isso é negação. Desenvolva, deixa cair: o que acontece?

Conversa Final:
-  A comédia aparece na primeira instância por conta da cumplicidade da plateia
- Escatológico e sexual como procura do lugar seguro do riso.
- Para aprofundar: ter a decisão do grupo de fazê-lo. É uma fecisão, mas é muito frágil por conta da primeira instância do rizo. É delicado.
- Não é diferente do teatro de texto
- Maior concentração e energia.
- Entrar "vazio", disponível.
- Imagem de Água (Serpente Água - título da Conclusão da minha dissertação de Mestrado)
- Manter o estado de jogo tanto no teatro de improviso quanto no de texto.


DIA #2
28/08/2018 - Terça-feira. Das 9h às 13h. Sala Augusto Boal - Curso de Teatro IESB (Asa Sul) - Festival Internacional de Teatro de Brasília Cena Contemporânea

Tempo de alongamento pessoal.

Exercício #1: Passa Tapa contando até 7
Repetição do exercício da aula anterior.
*Variação: No número 5 se bete uma palma.

Exercício #2: Passa Nome
Em roda. "A" fala o nome "B". "B" encosta no ombro de "C" à sua direita. "C" fala o nome de "D". "D" encosta no ombro de "E" à sua direita. Ex.: Em roda em sentido horário: Alexandre, Bianca, Carlos, Débora e Elias.
Alexandre: Débora!
(Débora encosta no ombro de Elias)
Elias: Bianca!
(Bianca encosta no ombro de Carlos)
Carlos: Alexandre!
(Alexandre encosta no ombro de Bianca)
Bianca: Elias!
(Elias encosta no ombro de Alexandre).

*Variação: poder encostar no ombro da pessoa à direita ou à esquerda
*Variação: ao invés de enocstar no ombro, fazer careta para alguém mesmo não estando à sua direita ou esquerda.

Exercício #3: Movimentos 1, 2 e 3
Em duplas.
"A": Um!
"B": Dois!
"A": Três!
--
"B": Um! (faz um movimento)
"A": Dois!
"B": Três!
--
"A": Um! (repete o movimento que "B" fez quando falou "Um!")
"B": Dois! (faz um movimento diferente de "Um")
"A": Três!
--
"B": Um! (repete o movimento que foi feito em "Um!")
"A": Dois! (repete o movimento que "B" fez quando falou "Dois!")
"B: Três (faz um movimento diferente de "Um" e "Dois")
--
"A": Um! (repete o movimento de "Um!")
"B": Dois! (repete o movimento de "Dois!")
"C": Três! (repete o movimento de "Três!")

* Variação: Tirar os movimentos um a um quando já estiver aborrecido.

Exercício #4: 10 centímetros
Em duplas. "A" conduz o olhar de "B" pelos espaço e planos mantendo-se sempre a distância do dedo para olhar de 10 centímetros.

*Variação: encontrar climas e perosngaens e desenvolve-los.

Comentários:
- Conhecia esse exercício como hipnose de fio.

Exercício #5: Stop
Círculo. Duas pessoas no centro fazem uma cena. Alguém do círculo bate palma. A cena congela. Quem bateu palma tira uma pessoa da cena com a sinalização de um tapinha nas costas, e começa uma cena nova, diferente e dissociada a partir da posição de quem ficou.

Comentários:
- Quando sentir: dar continuidade à história. Reconhcer a/o protagonista e dar sequência emc enas diferentes da mesma narrativa
- Quem entra está livre, não precisa assumir posição anterior de ninguém
- Estabelecer a plataforma
- Atenção ao redor também
- Arriscar: não esperar o momento ideal

INTERVALO

Exercício #6: Passar Gesto+Som
Repetição do exerçicio da aula passada.
*Variação: Ao mesmo tempo passa-se uma palma num único sentido da roda sempre para a pessoa ao lado.

Exercício #7: Isso é uma...
Em roda. Dois objetos na mão da pessoa que conduz "A". Vira-se para a direita "B" e fala "Isso aqui é um tomate" (tem que ser algo diferente do que o objeto é). "B" pergunta: "O que?". "A" responde: "Um tomate".  "B" pega o objeto e oferece para "C" dizendo "Isso é um tomate". "C" pergunta: "O que?". "B" se vira para "A" e pergunta: "O que?". "A" responde: "Um tomate.". "B"responde à "C": "Um tomate". "C"vira-se para "D".... Enquanto isso o segundo objeto é passado da mesma forma pela esquerda. Em deterinado momento haverá o cruzamento dos objetos e com isso o cruzamento das perguntas.

Comentários:
- Adoro usar esse jogo para trabalhar também a forma como tratamos uns/umas aos/às outros/as. Porque é fácil de ser grosseiro/a e perder a paciência.

Exercício #8: Essa é a história da/o...
Em roda. Uma pessoa dentro da roda "A" corre até qualquer outra "B" e diz a frase completando-a. Ex.: "Essa é a história da serpente". "B" responde por associação: "Essa é a história da cobra". "A" corre até outra pessoa "C" e repete o que "B" falou. "C" responde por associação ao que ouviu: "Essa é a história do veneno"...

*Variação: O número de pessoas dentro do círculo ao mesmo tempo.

Exercício #9: Foto Título
6 pessoas alinhadas lado a lado prontas para correr. É dado um título. Pelo sinal do apito. Uma pessoa, "A", se posciona no espaço de cena relacionando uma estátua a partir do título. Apito! Uma segunda pessoa "B" entra e complementa a proposta de "A". O mesmo acontece até que todas as 6 pessoas estão em cena. Um último apito, e na posição que se encontram, olham para o publico.

Exercício #10: Olhar Fixo ou Desviar
Duplas. Uma pessoa fixa o olhar na outra que sempre desvia o olhar. Depois de um tempo pode, se necessário, falar.

Exercício #11: Olhar Fixo ou Desviar com Exagero Corporal de Status
Repetir o exercício com o extremo de um Status Alto no olhar fixo e o extremo do status baixo no olhar que desvia.

Comentários:
- Extremo status alto: Peito aberto, nariz empinado, olhar de cima para baixo, braços pendurados espaçosos, andar devagar. - meio Magnifício da Comédia Del Arte.
- Extremo status baixo: Peito fechado, encurvado, olha de baixo para cima, braços grudados no corpo, anda rápido -  meio Zanni da Comédia Del Arte.

Exercício #12: Dois Status Altos
Duplas. Cena com duas pessoas de status alto.

Comentários:
- Não precisa dar briga.

Exercício #13: Dois Status Baixos
Duplas. Cena com duas pessoas de status baixo.

Exercício #14: Sala Errada
Uma pessoa entra com status alto para dar uma palestra. Em determinado momento coloca os óculos e se percebe na sala errada e assim o status cai drasticamente. Vai abrir a porta que demora para abrir, emperrada, caindo mais o status.

Conversa Final
- Muita atenção e energia: cansa mesma
- O riso é consequência

DIA #3
29/08/2018 - Quarta-feira. Das 9h às 13h. Sala Augusto Boal - Curso de Teatro IESB (Asa Sul) - Festival Internacional de Teatro de Brasília Cena Contemporânea

Alongamento pessoal.

Exercício #1: Jogar Letras e Números
Em roda. Com gestos indica-se para quem se joga as letras do alfabeto que são ditas na ordem. Pode-se mudar para números, também seguindo a ordem numérica sempre começando do 1. PAra voltar às letras, sempre começando pela A, é preciso ter passado por pelo menos 3 números e vice-versa.
*Variação: Depois pode-se começar com as letras e números em qualquer ponto, mas mantendo a ordem a partir de onde se começou.
* Variação: os números podem ser ditos em ordem crescente ou decrescente.

Comentários:
- Lidar com o erro

Exercício #2: Choque
Em duplas. Podem se fazer o getos com as duas mãos com os polegares para cima, tanto na frente do corpo, quanto para a direita e quanto para a esquerda. Entre cada gesto se marca o tempo batendo com as duas mãos nas coxas. Quando as duas pessoas coincidem no gesto, fazem o barulho de choque: BZZZZ.

Exercício #3: Duelo do Guardanapo
Uma pessoa ao centro segurando um guardanapo. Outras duas nos cantos opostos. A partir do sinal de "3, 2, 1, Vai!" competem para pegar o guardanapo. As duas pessoas não podem passar do meio, ganha quem pega o guardanapo sem ser tocada pela outra pessoa.

Exercício #4: Bola Estalo
Em roda. Passar uma "bola"imaginária ao jogar um estalo do dedo. Receber com uma mão e jogar com a outra. Obaervar a tragetória e velocidade da jogada para receber com correspondência da proposta.
*Variação: jogar a "bola" quicando, pelo chão, etc.

Exercício #5: Competição de Palavras
Em roda. Um objeto é passado pela direita de mão em mão a partir de "A" que tem o tempo da volta do objeto para falar o maior número de palavras possível sem repetir. A pessoa à esquerda de "A"é responsável por contar as palavras de "A". Todas as pessoas da roda farão o mesmo. 
*Variação: palavras a partir de temática.

Exercício #6: História Conduzida por Números
4 pessoas à frente de quem conduz. Começam a contar uma história que muda de narrador/a pela indicação da pessoa de fora. Tentar continuar extatamente de onde a história anterior parou e manter o clima, o estilo inicial da história.
*Variação: acrescentar o comando de Expandir e Avançar

Comentários:
- A dificuldade de avançar é uma vontade de ficar onde se está, no conhecido, não se arriscar.

INTERVALO

Exercício #7: Dr.a. Sabe Tudo
3 pessoas de braços dados. Fazem apenas um personagem, a mesma pessoa especialista em um assunto pré-determinado. Responderão às perguntas da/o entrevistador/a como uma mesma pessoa, cada um falando uma palavra de cada vez na ordem que se posicionam.

* variação: Gêmeas/os siamesas/es. São duas pessoas que respondem como uma, uma palavra por pessoa de cada vez. Por vezes podem ter discussões entre si dessa forma.

Comentários:
- Pelo menos duas ou três rodadas de palavras para uma resposta, como exercício.
- Dizer o óbvio funciona demais
- Tendência de se desviar da definição. Ex.: "Tem uma dificuldade grande." Qual dificuldade?


Exercício #8: Dublagem 2 a 2
A partir de um lugar sugerido, duas pessoas fazem a ação enquanto outras duas fazem as falas da cena.

Exercício #9: Gatilhos de Saída e Entrada
3 pessoas. É escolhida uma palavra para cada pessoa. "A" uma bebida (ex.: vinho); "B" uma cor (ex.: verde); e "C" um nome (ex.: Suzana). Toda vez que alguém disser uma dessas palavras, a pessoa correspondente deve sair ou entrar em cena, justificando sua entrada ou saída.

Comentários:
- Dar espaço de cena, foco, para que a pessoa justifique
- O recurso de usar a própria palavra deve ser usado quando necessário
- Ao final intensificar a velocidade do uso das palavras
- Para ajudar a  dar foco: depois que falar a palavra se faz estátua enquanto a pessoa da palavra justifica sua entrada ou saída.

Conversa Final
- Perceber onde/quem está com o foco para baixar ou subir a energia, para dar ou receber o foco
- Não querer controlar
- Os jogos que já tem uma estrutura cômica condicionam uma interpretação "light"sem aprofundar personagem e história. Porque o próprio jogo sustenta a dramaturgia. É um nível legal, mas é um nível tão somente. 
- Quando a técnica está bem aplicada, se vê a peça porque a técnica "desaparece", não se vê que é improvisdo. - "O Ator invísivel" de Yoshi Oida: quando um ator aponta para a lua, o publico não vê o gesto, vê a lua. Vê o invisível e não vê o visível.


DIA #4
30/08/2018 - Quinta-feira. Das 9h às 13h. Sala Augusto Boal - Curso de Teatro IESB (Asa Sul) - Festival Internacional de Teatro de Brasília Cena Contemporânea

Tempo de Alongamento Pessoal.

Exercício #1: Passa Tapa contando até 7
Repetição de exercício anterior.

Exercício #2: Ninja
Em roda. Toda/os com o pé direito para dentro da roda marcam o tempo de começar o jogo colocando as mãos para frente no ritmo que falam: "Ninja, Ninja, Há!" Quando se fala "Há!" as mãos devem vir para algum lugar na frente do corpo, o pe'não pode sair do lugar: estátua.
Seguindo o sentido anti-horário (porque o pé direito está na frente) a partir de uma pré-determinanção de quem começa, com um único gesto cada pessoa deve tentar bater na mão de outra do círculo. É considerado toque válido do punho para os dedos. Se o toque acontece, a pessoa que foi tocada deve "perder" a mão, colocando-a para trás, fechada encostando em suas costas. Quem "perder" as duas mãos sai. Quem faz o golpe deve deixar a mão exatamente onde era o objetivo do golpe. A pessoa que é alvo do golpe pode num movimento só também mover-se para escapar. Neste momento, golpe e defesa, pode-se mover de lugar, mas somente com um movimento único. Sempre fica-se em estátua depois do movimento, seja golpe ou defesa.

Comentários:
- Na sua vez o objetivo é acertar e nào "aproveitar" para se mover

Exercício #3: Passar Foco
Duplas. "A" fala e se movimenta enquanto "B" está em estátua e silêncio. "B" só pode falar e se mover quando "A" se cala e fica em estátua.
* variação: "A" fala e se movimenta enquanto "B"pode se movimentar mas não fala. Só fala quando "A" se cala.
* variação: "B" só pode falar depois que "A" toca em seu ombro e vice-versa.
* variação: o sinal para permitir a fala é uma piscadela

Comentários:
- Usar legendas para mudar tempo e espaço. Ex.: No Hospital... Três anos depois
- Definir plataformas
- Falar que vai fazer X Fazer
- Definir detalhes do espaço
- A duabilidade de aceitar e desapegar sem contradizer o que foi criado internamente, pois algo já apareceu para o publico.

Exercício #4: E Então?
Uma pessoa "A" é responsável por expandir a cena ao estar em cena. "B' e "C" assitem sentadas/os e são responsáveis por avançar a história quando "A" lhes aponta e pergunta: "E então?"

Comentários:
- Negação ao resolver o problema e não desenvolver a ideia. Ex.: O olho doia. Põe um colírio e passa. Voltamos para o início e não avançamos.
- Não é preciso quebrar tudo, é possível desenvolver no positivo. Ex.: constrói um robô. A cena funciona com o robô ganhando vida, atingindo as expectativas, criando relações, se tornando um membro da família, casando com sua/eu criador/a, tanto quanto ou até mais que explodindo, quebrando, destruindo o laboratório.
- Quando "A" perceber o bloqueio pode usar o comando de "Outra opção!"

INTERVALO

Exercício #5: Passa Gesto+Som
Repetição de exercício anterior com a variação das palmas, agora ainda para várias direções.

Exercício #6: Seis Cenas
10 minutos para em grupos de 3 ou 4 criarem uma história que tenha 6 cenas. Pensar as transições (edições)

Exercício #7: Edições de Histórias
Em roda. Somente cenas com duas pessoas no centro da roda. serão criadas 3 histórias diferentes que depois de apresentadas começam a ser revisitadas com novas cenas dessas histórias. Entre uma história e outra, cena e outra usar edição de fusão (fade in e fade out). As histórias não precisam se interligar.

Comentário:
- Decisão pelo dramático
- Ter uma palavra de inspiração
- Reconhecer pratagonismos e status
- entrar uma terceira pessoa se é necessário
- podem haver saltos de tempo e espaço
- Neste exercício não ficamos no falar o que iríamos fazer, fizemos.

Conversa Final
- Arriscar-se
- Decisão
- Escuta
- Comunicação por baixo da superfície da cena


O Teatro de Improviso em Brasília, cursos com essa técnica já são realizados há 14 anos pelo menos na cidade. Por que será que entre a "classe" isso é tão novidade????

***

No final de semana foi apresnetado o espetáculo "Shakespeare Inédito" do Ricardo Behrens.

Fonte: http://cenacontemporanea.com.br/2018/eventos/shakespeare-inedito-argentina/


Como estrutura o espetácuo traz (ou trouxe porque pode ter sido só daquele dia, não é mesmo?) a idéia de que se entrou em contato com uma herdeira de Shakespeare que encontrou um baú com peças inéditas. Assim como na Comédia Dell'Arte , as atrizes e atores irão sempre interpretar as mesmas perosnagens que no caso serão: Lady Macbeth, Julieta, Ricardo III e Hamlet. Estas personagens emblemáticas serão colocadas em novos contextos, relações e situações. A plateia define com o Ricardo, uma figura que ronda a peça e passa mensagens cochichadas às personagens assim como aponta por gestos direções de início e final de cena, o reino e o que acontece de peculiar naquele local.

O cenário propõe três diferentes espaços, a luz mais alguns outros com corredores e focos. A música é responsável pela transição de cenas juntamente com a luz. O figurino é condizente com as personagens em suas peças originais em harmonia com as demais.

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Gratidão ao Ricardo Behrens pelas aulas, generosidade e por estar também como um dos entrevistados no documentário de Impro que estou a desenvolver por este projeto.