segunda-feira, 25 de junho de 2018

Misturando Novos Candangos, Impro, Jogos de Tabuleiro e... ideias

Em Brasília faço parte do grupo de teatro Novos Candangos. Não é um grupo de Impro, mas temos a improvisação como ferramenta e aliada em nossa montagens. "A Falecida"  de Nelson Rodrigues, direção de Diego de León, foi nosso primeiro espetáculo e, na brincadeira com o futebol e as indicações de rubrica, temos um jogo vivo em cena em que objetos são ressignificados (ex.: a bola de cristal de Madame Crisálida pode ser um rolo de papel higiênico, um espelho, etc. Cada dia um objeto em que o ator que interpreta a personagem interage e "lê" a sorte de Zulmira com o objeto da vez, sem figura-lo como bola de cristal), o diretor dirige o espetáculo ao vivo interferindo com o megafone, etc. Este processo em especial teve na preparação de elenco a minha pesquisa de treinamento em viewpoints e Impro. O segundo espetáculo "Os Beatniks em 'A Gaivota'" com dramaturgia do nosso diretor Diego de León baseada na obra "A Gaivota" de Anton Tchekhov. Um grupo de teatro fictício, Os Beatniks, ensaia "A Gaviota", e o limiar entre ficção e realidade se confunde com o apoio da improvisação na interação com o publico e aberturas do roteiro. Em "Perdoa-me por me traíres" também de Nelson Rodrigues a improvisação teve espaço nos ensaios, nas descobertas de movimentação e cenas. Há a personagem do diretor Diego de León, que vaga sem parar pelo cenário em movimentações inconstantes e atentas, o que mantém em todo o resto do elenco a mesma viva presença. E nosso quarto espetáculo "Os Beatniks em 'Psicose'", dramaturgia do diretor baseada no filme "Psicose", no livro e nos bastidores do filme (livro e filme sobre), temos também a improvisação brincando de borrar a realidade e a ficção. Em cena "Os Beatniks", grupo de teatro que não existe, desiste do teatro e envereda pelo cinema no clássico de suspense de Hitchcock. O publico acompanha, normalmente em espaço alternativo (até o momento só relaizamos o espetáculo em Hostels) o fazer do filme, que é projetado em tempo real no mesmo espaço em que é feito. As relações das personagens de equipe (atrizes/atores e técnicas/os do filme) se intensificam com as personagens da história, e a improvisação conduz entre as falas decoradas essas relações que se estabelecem em intensidades diferentes à cada dia. Assim também como a interação com o publico. Nossas próximas apresentações desse espetaçulo se darão no Festival Internacional de Teatro de Brasília Cena Contemporânea em agosto de 2018. #ficaadica

Foto Arte retirada da Página do Novos Candangos no Facebook

Conto esse caminhar dos Novos Candangos com a improvisação para, além da propaganda das próximas apresentações, explorar um pouco uma ideia, um pensamento, ou provocação que apareceu nas experimentações em grupo no início deste ano.

Começamos a explorar por improvisações conduzidas entre nós mesmos, temas e estruturas que nos interessam pesquisar para a feitura de um novo trabalho. Entre os "jogos" propostos a estilo RPG, criação de avatares, etc., encontramos entre as nossas dificuldades de alguns dias o deixar a his'toria ou o jogo (quando não se tinah exatamente uma história) fluir e avançar. Por vezes permanecíamos em círculos sem conseguir sair do lugar. E sim, há muitas ferramentas na Impro para nos ajudar a exercitar isso e nos socorrer nessas horas. Ao mesmo tempo, que um dos nossos encontros finais, antes de eu ingressar nesta jornada ao menos, eu levei alguns jogos de tabuleiros ao ensaio para jogarmos e, além de nos divertimos em grupo, também analisarmos essa estruturas e regras que são pensadas para deixar o jogo fluir, com lberdades de estratégias, ao mesmo tempo que o faz avançar.

Em especial, levei o jogo "Explendor" de Marc André (emprestado pela amiga Larissa Rosa). Que é um jogo simples e divertido que permite o desenvolver de ideias entre jogadas e ao mesmo tempo força as/os jogadoras/es a agir depois de um tempo. Particulamente, esse é um dos meus pontos fracos. Pela estrutura do jogo você pode acumular peças sem agir diretmente no jogo, pode traçar a sua estratégia, mas em mais ou menos 3 ou 4 rodadas, as regras lhe obrigam a tomar uma atitude, a ser parte agente e desencadeadora de novos lances dentro do jogo das/os outras/os. Asssim, cada um/a no seu próprio jogo se vê dentro de um jogo único e conjunto.


Imagem retirada de: http://www.addisonrecorder.com/games-on-addison-splendor/

Nessas estratégias de criar jogos vejo novamente as regras como apoios e não limitações. E tudo depende do conhecimento delas, do porquê de suas existências, porque o entendimento as flexibilizam.

Talvez por saudade ou pela promoção na loja, eu acabei de comprar o jogo. To aqui jogando sozinha tentando traçar esse paralelo para Impro. As conexões começam a fazer sentido e são apensas ferramentas. Porque no final das contas é estar atenta/o ao que se passa em você e entre vocês em cena. Aquela escuta, ou presença ativa. Aquele conceito que é do teatro em si. Quele ouvido interno e externo qeu Peter Brook fala em um de seus livros (ou talvez seja Yoshi Oida... ou talvez Eugênio Barba... as referências estão a ser misturar aqui dentro) em que o contador de histórias escuta a si e ao mundo ao mesmo tempo.

Ás vezes, sair da caixinha da categoria (Teatro, Impro, Arte, que seja) nos faz enxergar o óbvio que não não víamos antes. Ou nos traz perspectivas diferentes. Aquele negócio lá de ouvir nosso universo, mas interagir com os outros, o ouvido interno e externo.

E entendo, este post não avançou muito, deu meio que voltas no mesmo lugar... Algo a trabalhar, né?

Estou de volta ao Brasil em uma semana, quem quiser jogar comigo, só ligar!

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Festival MOUNT OLYMPROV - Presente de Grego é coisa boa!

Aqui: minhas descrição dos workshops que participei e espetáculos que assisti e... relatos das transformações que sofri... sofri? Nem de perto! Este post é tão inconveniente quanto mensagem de voz de 5min no Whatssap. Mas vale a pena.. E está escrito então dá para procurar o lugar certo de continuar depois do pause! Lembro que é uma escrita pessoal e que são as minhas percepções das aulas e espetáculos, não o que realmente aocnteceu. Assim como o que você lê, não é exatamente o que eu escrevo. Aqui também compenso os 17 dias sem escrita no blog, pois pela intensidade de tudo me foi impossível escrever antes e assim jogo a intensidade toda aqui também!

Festivais são eventos que proposcionam momentos preciosos: encontro de pessoas, novas amizades, novas perspectivas... Festivais internacionias: abrem o mundo para gente. O Festival Mount Olymprov? SIM, trouxe tudo isso E mais. Digo isso em razões pessoais e nas oportunidades e ideias que se abriram com o festival, muito bem organziado num lugar... Deusas e Deuses!!! MARAVILHOSO!

Na correria dos cursos, documentário, viagem apra Colômbia com parada no México, lava roupa entra no avião às 6 da manhã apra ir a Atenas via Toronto (Canadá)... Eu só me toquei que estava sozinha nessa quando estava descendo do avião.  Eu não conhecia ninguém: absolutamente ninguém e... eu não sabia uma única palavra em grego. Eu esqueci disso completamente. Comecei a ficar aterrorizada um pouco... um pouco muito... Mas a gente aprende a dizer sim para essas coisas, até para o próprio terror e aí a gente consegue se mover. E aí... as coisas começam a mudar.


DIA 05/06/2018


Cheguei em Atenas às 9h da manhã, vale lembrar que as passagens de avião, ida e volta (e somente as passagens) foram custeadas pelo FAC, Fundo de Apoio à cultura do DF, pelo projeto Visando Impro. Peguei o metrô para o Hostel, fui passear pela cidade: ótima localização, calor enorme (matando saudades da temperatura brasileira), fiz meu dia de turista. No final do dia, já conhecendo alguns dos colegas de quarto: um polônes que fazia um registro independente sobre o festival, um canadence que estava viajando a Europa entre festivais de Impro e mais tarde um grego que vive na Escócia. A Polônia compareceu em peso e fiz algumas amizades rápidas. Fomos para o check in do Festival na sede da IMPROVIBE.



Como uma festa de abertura entre amigas/os, recebemos os comunicados e avisos, bebemos vinho (terra de Dionísio) e improvisamos em grupos divididos no soretio de copos. Cada copo tinha um brinde escrito em uma determinada língua, e, encontrando outras/os que tinham o mesmo brinde, encontrava-se o grupo. E entre estes que não falavam a mesma língua, mas se encontram por ela, improvisava-se uma cena, um dos 12 trabalhos de Hércules. Um jogo divertido que aprensentava-nos umas/uns às/aos outras/os. Seguimos para um bar e lá bebemos, dançamos, conversamos e eu comecei a me sentir entre amigas/os.

A partir daí: toda madrugada recebíamos um email com o resumo do dia anterior e as indicações para o próximo dia.


DIA 06/06/2018


Das 11h às 14h: Workshop EPIC IMPROVISATION com o australiano Nick Byrne. (Aberto para todas/os)

Estou a escrever quase há dez dias após o workshop, e dez dias bem intensos. Então... Ah! A memória! Que nos ajudem as musas!


Exercício #1: RODA DE CONVERSA
- O workshop se baseia em um formato. 
- São três peças claras do quebra-cabeça, que formam a estrutura. 
1) Coro em grupo; 
2) Função da Musa (Contadora de Histórias, Falas Poéticas);
3) Cenas Concretas
- Nick Byrne acredita e pratica em um estado de "relaxamento" para liberta-se, para improvisar plenamente. O estado de relazamento faz que naturalmente trabalhemos juntas/os.
- Quem somos e quais são nossas preocupações atuais em Improv... A minha é praticar com pessoas, contra-cenar...

Exercício #2: AQUECIMENTO = RELAXAMENTO
Deitadas/os no chão e de olhos fechados. Tensionamos os dedos das mãos e pés e relaxamos/liberamos. Depois acrescentam-se o pulso e tornozelo, depois braços e pernas. Ombros e pélvis.
Respiramos.

Exerício #3: MANTRA
Ainda deitadas/os e de olhos fechados começamos o som de MMMMM.... que aos poucos vai se fortalecendo. Depois de um tempo o som se propaga para o AAAAA.... Em uma única nota, nao tenta-se combinar/harmonizar com as notas das/os outras/os, só se preocupa com a própria. E mesmo assim, a harmonia vem, mas vem naturalmente e não na tentativa de acertar: relaxamento.

Exercício #4: MANTRA EM PÉ
Repetimos o exercício anterior porém em pé e de olhos abertos.

Exercício #5: LIDERAR OU SEGUIR
A única regra é: Ou se lidera ou se segue.
- Cuidado com as outras regras que se criam dentro da cabeça (ex.: ficar na roda, fazer em silêncio, não se tocar, etc.)
- Liderar é uma necessidade de mudança, ou ainda quando se percebe liderando
- Se você segue uma nota, você pode seguir em coro
- Repetimos o exercício sem as "luvas", sem as "regrinhas internas da cabeça". Se parece assim muito com os Viewpoints de Anne Bogart e Tina Landau. Relações Espaciais, Respostas Sinestésicas, Topografias, Gestos, Formas, Arquitetura, Tempo (Ritmo), Duração e Repetição.

Exercício #6: SUA HISTÓRIA EM RITMO
- Falamos sobre o coro e o papel da Musa no Formato:
1) O coro normalmente é acompanhado por percussão.
2) O coro traz a atmosfera, o tom, o ambiente. Geralmente as pessoas se movimentam e falam jutnas, e quando falam, falam poucas palavras.
3) A musa emerge do rebanho, do coro.
- O exercício: Estabelece-se o ritmo de 6 tempos andando e 2 paradas/os. Assim, todas/os ao mesmo tempo pelo espaço, contamos nossas histórias pessoais do dia anterior mantendo esse ritmo, e ao pararmos, nos calavámos.

Exercício #7: EM GRUPO EM RITMO
Em roda, mantendo o ritmo e 6 e 2 paradas/os, pega-se a última ou últimas palavras sa pessoa anterior (ordem do círculo) e se continua a história. 
Ferramentas: 
- Paixão ao contar, 
- metáforas, 
- pausas
- analogias.

Exercício #8: HISTÓRIA FICTÍCIA NO RITMO
Repete-se o exercício anterior individualmente e todas/os ao mesmo tempo. Pode-se fazer olhando para a parede ou em movimento. manter o ritmo de 6 e 2. O Ritmo traz o poético, assim como a repetição da última ou das últimas palavras.

Exercício #9: ESCULTOR/A ANDANTE
Em duplas. Escultura ao centro. Escutor/a sempre em movimetno em volta da escultura vai modificando-a sem fixar-se (a si mesmo) em um lugar). Se seus pés estão parados, você está concertando e não adicionando.

Exercício #10: ESCULTOR/A ANDANTE COM TROCA FLUÍDA
Mesmo exercício que o anterior. Porém agora a troca entre Escultor/a e Escultura acontece de forma fluída.


Exercício #11: (A) E (B) SEM PALAVRAS
Em duplas. Não pode falar. Quando (A) se movimenta, (B) está congelada/o. E assim se segue ao contrário também. Pode ser muito fluido, sem pausas nas trocas.

Exercício #12: (A) E (B) LIVRES
Mesmo exercício do anterior, mas agora sem a restrição de não falar. Não é preciso, só é liberado. Procurar falar quando necessário. Observar e responder.

Exercício #13: EU SOU UM/A...
Em roda. Uma pessoa vai ao centro, se pociona em uma forma e fala, definindo o que se é. Ex.: Eu sou uma formiga. (e se agachada fazendo as antenas). Uma segunga pessoa adentra o centro e complementa. Ex.: Eu sou a grama onde a formiga está (e deita no chão). Uma terceira pessoa entra e completa também. Ex.: Eu sou a folha da árvore que está caindo na grama (e faz a folha com a mão no no ar). A primeira pessoa então diz quem sai da imagem, e aí recomeça algo com quem quem ficou.

Exercício #14: EU SOU UM/A SÓ SE POSICONANDO
Mesmo exercício do anterior, sem falar.

Exercício #15: (A) E (B) EM DIÁLOGO DE 6 E 2
Em duplas. (A) faz um movimento (só um movimento e congela em uma forma). No rimto de 6 tempos, fala algo a (B). (B) após a pausa de 2 tempos, faz um único movimento e pausa em resposta a (A) e responde a (A) no ritmo de 6... Assim se continua.

Exercício #16: O FORMATO
- Pode falar no ritmo de 6, 12, 18...
- Relaxar e não complicar. Tirar regras do caminho, menos regras, mais liberdade: relaxamento.
1o.) CORO: como uma manada. Falar ao mesmo tempo (devagar para ser juntas/os). Se atrasar pode ecoar. Nos gestos, espaços e nas poucas falas trazer: atmosfera, ambiente e tom da história.
2o.) MUSA: narrativa, estabelece a ação e as personagens, fala poeticamente ritmada. Não precisa ser uma pessoa soxinha e nem sempre a mesma pessoa.
3o.) CENA: normalmente 2 personagens. Reagem e acrecentam algo ao que foi narrado. 1 movimento e uma posic'~ap e depois fala, no ritmo (como exercício anterior).- Ñao sei se isso é do formato ou foi acrescido para que exercitássemos mais
4o.) MUSAS E CORO: interferindo e integrando. Trazem o que faltam, o que precisa. Levam para outros lugares, tempos, etc.

***

Almoço... Oh, a comida!!!! Deusas e Deuses!!!! e tudo muito em conta, ainda mais com os descontos do Festival.

À Tarde: Entrevista com Nick Byrne e um pouco mais de turismo...

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À Noite: ESPETÁCULOS DO FESTIVAL (cada um com 30min)

1) NO EXIT (Improv Lisbon - Portugal) - Somente uma pessoa de Portugal que... não é portuguesa, mas, ok. A aprtir de uma sugestão da plateia na temática "sem saída" se constrói uma freeform. Figurino do tipo cada um escolhe o seu, confortável e bem arrumdo ao mesmo tempo. Participação do músico improvisador do Festival: Marios Karabotis
2) MIX TEAM A (Internacional) - lideradas/os por Garry Schwartz o elenco com improvisadoras/es inscritas/os no Festival realizou alguns dos jogos "mágicos" de Viola Spolin. Ao meu ver, pensando num publico que não é de Impro, foi uma tacada de mestre porque explica um pouco e de forma encadora o que fazdemos e como fazemos improviso. A plateia participou bastante e ficou em êxtase (mesmo formada por boa parte de improvisadoras/es). Talvez fazer os jogos em si, não tenha sido tão interessante pela espectativa de se querer jogar e fazer cenas, mas pensando no Festival, na formação de plateia e continuidade: ótima abertura com Mix Team. Figurino do tipo cada um escolhe o seu, confortável e bem arrumdo ao mesmo tempo.
3) REWL (Romênia) - Impro Musical a partir de sugestão inciial da plateia. Figurino com base em preto. Acompanhamento musical ao vivo do músico improvisador do Festival: Marios Karabotis
4) FOUR ROOMS (Internacional - Lee White) - A partir de sguestão da plateia e da inspiração da peça "Four Rooms", Lee White improvisa este rapaz que está no primeiro dia de trabalho um hotel e tem que atender chamados diferenciados em quartos com situações... "não convencionais". Participação do músico improvisador do Festival: Marios Karabotis

NOITE DE KARAOKÊ: Yeah, baby!
Divertidíssimo. Espaço para cantar e dançar. Só nós do Festival e quem queria conversar ia apra as mesas da rua e se divertia por ali! Sim, obviamente eu cantei. Não foi "Vá com Deus!" ou "Evidências", mas enfim, "Wanna be" das Spice Girls foi legal! 



DIA 07/06/2018



Das 11h às 14h: Workshop IMPROVISED DRAMATURGY com o argentino que mora em Madrid, Feña Ortalli. (Aberto a todas/os)

- Feña Ortalli começou com short form e se interessou por long form porque precisava de mais tepo e espaço para improvisar.

Exercício #1: PASSAR PALMAS
Em roda. Receber a palma e repassar para pessoa do lado. Contato visual, bater palmas junto à pessoa que lhe passa a bola e junto com quem irá passar. Manter o ritmo do grupo. 

Exercício #2: VARIAÇÃO PASSAR PALMAS
Mesmo exercício do anterior, mas agora pode-se mudar de lado ou jogar para outras pessoas do círculo que não estão do seu lado. Mantendo o ritmo e contato visual.
- Quando estiver simples: complique. Quando estiver complicado: simplifique.
- Analogia com celular ou bebê: se fosse um dos dois, ninguém deixava cair.

Exercício #3: PASSAR NOME
Em roda. Fala-se o próprio nome com um gesto de mãos como a jogar para alguém. Quem recebe faz o mesmo.
- Timing: opções de esperar, trocar de pessoa se não lhe olham: É a hora para nossa ideia? As/os outras/os estão prontas/os para receber a ideia? (Isso é ouvir também, escutar além das ideias, o timing, o momento de traze-las à cena)

Exercício #4: ESTRUTURA NARRATIVA BÁSICA
3 pessoas. Apensas com uma sentença primeira define a Introdução (Quem, Onde e Porque), a segunda o Plot (O que aconteceu), e a terceira o Final (Solução e Epílogo).
- Como exercício não usar a palavra "decidir". Ex: "Então ela decidiu que iria fazer algo a respeito." Usar "decidir" é só uma estratégia para ganhar tempo para pensar ao invés de fazer.
- Repete-se o exercício podendo-se usar mais de uma sentença

Exercício #5: ESTRUTURA NARRATIVA BÁSICA COM 5/6 PESSOAS
Mesmo exercício, mas com mais pessoas para distribuir as informações. A primeira traz a Introdução, a segunda e terceira o Plot, a quarta o Final (solução)  e a quinta o Final (epílogo).
- Pode-se fazer a analogia com a Espinha Narrativa de Kenn Adams no livro "How to Improvise a Full-Length Play": Introdução (Era uma vez e Todo dia); Plot (Até que um dia e Por causa disso); Final (Até que Finalmente - Solução; e Desde Então - Epílogo)
- Eu tenho uma tendência de expandir e não avançar. É um bom exercício diagnóstico também
- Pensar o número de pessoas e o tempo. Relativisar.

Exercício #6: EXPANDIR E AVANÇAR
Metade da turma, em torno de 7 alunas/os. Um/a do lado da/o outra/o. Cada um/a decide para si qual ação fará, expandir ou avançar, e faz.
- Introdução (Avançar) - (Expandir) - Plot (Avançar) - (Expandir) - Final e Epílogo (Avançar)
- Encontrar momentos de Expandir e Avançar de acordo com a duração da hitória.
- Expandir e encontrar seu caminho de escape, como "deixar" de expandir. Como um balão que você enche ar e expande, uma hora ele vai estourar, porque não tem mais espaço para expandir.
- Um professor de Feña Ortalli nos EUa disse algo como: "É mais fácil descobrir do que criar", tem haver com expansão.
- Ideia da Plataforma/Estrutura/Bases como uma cadeira: uma cadeira de 4 pernas (Peronsagem, Relações, Objetivos e Localização), as pernas são finas, ou seja não precisa se expandir muito sobre cada uma; Uma cadeira de 3 pernas é preciso ter pernas mais grossas, se reorganizar; Uma cadeira de 2 pernas também exige mais "expansão), assim como uma cadeira de 1 perna é quase um tronco.

Exercício #7: DESENHAR O CENÁRIO
Cada pessoa entra e desenha/descreve indicando onde está algo do cenário.
- Ideia de enxergar o coelho no ligar os pontos.Quando chegamos nos dentes temos uma ideia do que pode ser, confirmamos quando chegamos nas orelhas. Vá logo para as orelhas, assim terá mais tempo para relaxar e colorir os detalhes.

Exercício #8: DESENHANDO PERSONAGENS
Um/a a um/a entra em cena e diz quem é e seu objetivo. Então a cena começa.
- Analogia com Futebol (Feña tem um livro só sobre Impro e futebol): 2 passes curtos para um longo. Os passos curtos são expansão, o lugar seguro. Quando sente a pressão do outro time (no caso, a história) é preciso avançar, daí o passe longo. 

Exercício #9: "E ENTÃO" OU "MAS"...
A cena (2 pessoas) acontece até que alguém da plateia pausa e interfere com a narração que pode começar com "E Então..." ou "Mas..." que fazem a cena avançar e mudar de lugares e tempos.

Exercício #10: FINAIS QUENTES
Em roda. Uma ação e uma fala final. O grupo bate 1 palma em conjunto apra sinalizar o fim. 
- No final das cenas, para sinalizar às/aos técnicas/os, falamos em blocos, fechamos as frases.
- Por vezes: sentir que o momento passou e receber o tiro e continuar até o próximo momento.
- Depois fazer 5 segundos antes do fim. 30 segundos. 1 minutos. 1 cena anterior. 2 cenas. Até fazer todas as cenas de trás apra frente. (Perceber momentos de edição).


- O que eu gosto deste gráfico do Feña Ortalli é que a "equação" é de multiplicação e não de adicão como a ideia de "Sim, e..."... Só para constar minha nerdice e essa perspectiva
- 100% improvisadoras/es para não ser menos ou mais uma coisa. ao mesmo empo que somos 33% diretoras/es, 33% atrizes/atores, e 33% escritoras/es.


***

Corre, almoça e adora!

Das 15h às 18h: Workshop DESCONTRUCTION com a estadounidense Charna Halpern. (Nível iniciante)

Exercício #1: RODA DE CONVERSA
Um pouco sobre nós e Charna Halpern, Del Close, filosofia, "Truth in comedy")

Exercício #2: IMAGEM DE PALCO EM DANÇA
Metade da turma desenha no palco imagens corporais como uma dança inpirada por música colcoada na hora.
- Seguir e/ou liderar: fazer com segurança
- encontrar os padrões

Exercício #3: DESCONTRUÇÃO (ESTRUTURA) 
(EDIÇÕES FEITAS POR CHARNA)
Primeira cena é a Cena fonte (Source Scene) de onde as demais cenas serão inspiradas. A plateia dá uma dugestão para a primeira cena, nós usamos uma frase de poema. 
A segunda, terceira, quarta, etc. são inspiradas na primeira. 
A primeira cena volta. As demais cenas podem voltar ou outras serem construídas. Mas as informações vão se conectando.
Cenas mais rápdas ao final para conectar.
- É sobre Ração
- Ferramenta: o que a/o outra/o fala é sobre mim, é pessoal. A ideia da "paranóia". Ex.: Está faltando leite... Porque "eu" esqueci de comprar.
-  Mapping: cenas que são paralelas, repetem padrões, mas não são a mesma cena. Ex.: Um casal que se esbarra o tempo todo. Cena seguinte: dois cachorros que esbarram o tempo todo.
- "Deus está nos detalhes"
- Cenas de negociaçao (compra/venda) ficam sobre a ação e não a relação
- TAG OUT para Edição

Exercício #4: TAG OUT
Tag out simples só para especificar para quem não conhecia e todas/os praticarmos juntas/os.

Exercício #5: DESCONTRUÇÃO
(REFIZEMOS O EXERCÍCIOS COM EDIÇÕES POR NÓS MESMAS/OS)
- Não precisa repetir as informações ds cenas anteriores, nem a inspiração ou sugestão da plateia: podem haver nuances
- Relaxem, a sugestão está na sua cabeça, vai aparecer em algum momento da cena, não precisa começar mostrando-a
- A Cena Fonte não é a cena Principal necessariamente
- Use os presentes criados pelas/os parceiras/os de cena como se usa um figurino


***

Toma banho, come (obviamente) e vai ao teatro:

À Noite: ESPETÁCULOS DO FESTIVAL (cada um com 30min)
1) DE MANEKENE (Grécia) - Espetáculo inspirado na ideia de planta baixa do filme "Dogville". A plateia sugere 3 locais e as demais cenas são improvisadas entre esses lugares. Há uma ideia de conectar as cenas. Participação do músico improvisador: Panos Doukas.
2) MIXED TEAM B - liderado por Lee White. Monólogos que inspiravam cenas que inspiravam monólogos e que se seguia. Participação do músico improvisador do Festival: Marios Karabotis
3) 3 DEADLY SINNERS (Internacional). A plateia escolhe por palmas ouvindo a voz de Deus coordenar a ação quem será a/o pecador/a da noite e qual tipo de pecado capital é culpada/o. Essa personagem é convidada a revisitar sua vida e ver como o pecado a afetou. Participação do músico improvisador do Festival: Marios Karabotis
4) THE LUSTY MANNEQUINS (Canadá). Série de Tag outs e Sweeps a partir de uma sugestão inicial da plateia. Participação do músico improvisador do Festival: Marios Karabotis

Jantar em resaturante aberto com música cigana...



DIA 08/06/2018



Dia de entrevistas para o documentário!!!!! Dia de aprender muito, para caramba, segura essa, corre muito, aprende muito!!! Nathan Improv (UK), Kasia Chmara (Polônia), Gary Schwarz (EUA), Bogdan Untilã e Alexandra Bãjan (Romênia), Lee White (Canadá/Alemanha), Gael Perry (França)... ufa!

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À Noite: ESPETÁCULOS DO FESTIVAL (cada um com 30min)
1) THE AUDIENCE (EUA). Série de Tag out e Sweeps a aprtir de sugestão inciial da plateia. Participação do músico improvisador do Festival: Marios Karabotis
2) MIXED TEAM C - liderado por Feña Ortalli. Uma música toca no som eletrônico e o grupo compõe imagens de personagnes/ações. A música sai, a cena começa, algumas imagens se dissipam para dar lugar a cena.
3) 7 WOMEN OF DIFERENT AGES (Polônia e Grécia). A partir de sugestão da plateia, cada uma faz um breve depoimento sobre si e isso inspira a série de cenas. Participação do músico improvisador do Festival: Marios Karabotis
4) CAT'S CRADLE (Internacional - Charna Halpern). Com um/a improvisador/a de cada time do Festival. Uma sugestão da plateia (frase de poema). Série de cnas que ligam com algo da última e depois com o todo. Participação do músico improvisador do Festival: Marios Karabotis


Ia rolar um jazz no parque, mas chegamos tarde, então fomos para a praça beber, cantar, conversar... Tão Brasília! Adoro tanto... E, sim, rolou entrevista lá com Feña Ortalli (Argentina/Espanha), porque era o único horário que tínhamos, e ele foi um amor de interromper seu "descando" para a entrevista. Cidades grandes, capitais, cuidados mundiais.


DIA 09/06/2018 - ÚLTIMO DIA DE FESTIVAL


Das 11h às 18h: Workshop FREEFORM TOOLBOX: SCENE EDITS & ORGANIC TRANSICTIONS com o francês Gael Perry (Intermidário/Avançado)

Exercício #1: RODA DE CONVERSA
Sobre nós, sobre o que pensamos que é Freeform. Para Gael Perry: achar o jogo enquanto se está fazendo.

Exercício #2: POLEGAR E INDICADOR ALTERNADOS
As mãos cerradas. A direita só com o polegar levantado, a esquerda só com o indicador em riste. Troca. Troca. Troca. "PArece fácil, mas é difícil..."

Exercício #3: PASSAR PALMA EM RODA
Em roda paradas/os. Passa uma palma para a pessoa do lado amntendo contado visual e batendo a palma juntas/os. manter ritmo. Receber e passar.
Depois pode-se passar com o mesmo princípio para qualquer pessoa da roda.

Exercício #4: PASSAR PALMA ANDANDO
Mesmo exercício, mas... andando.

Exercício #5: MÃO + BOCHECHA + ABRAÇO
Construindo intimidade. (Me lembrou tanto a minha defesa de mestrado quando falei que cumplicidade e intimidade são dois aspectos diferentes... Vide minha dissertação). Andando pelo espaço. Com quem fizer contato visual, executa-se a sequencia de gestos mantendo o contato visual: aperto de mão, mão no rosto (bochecha), abraço (aqui, obviamente se quebra o contat visual), mão no rosto, aperto de mão. Daí se segue para outra pessoa. A duração de cada gesto vai se acordo com cada encontro.

Exercício #6: CORRER E FORMAR IMAGEM EM GRUPO
Duas linhas, metade do grupo em cada linha. Cada linha de frente para outra. A linha da esquerda sempre começa. Devem correr juntas/os até o centro e parar juntas/os, mas cada um numa pose. Agora a linha da direita está liberada para fazer o mesmo, mas sua pose deve completar a da pessoa à sua frente da linha anterior. Então quando quiserem/sentirem. s duas linhas saem juntas terminando a travessia e trocando, assim, de lugar, para recomeçar o jogo.
Depois de um tempo, acrescenta-se pressão no completar as poses, um apoiar-se.

Exercício #7: TRABALHO DE CENA
Em duplas. É dada uma sugestão. Todas as cenas acontecem simultaneamente. Entre as sugestões trocam-se as duplas. Sugestões:
1) Primeira vez que no casal 1 diz "Eu te amo"
2) Momento exato pós sexo
3) Uma pessoa do casal traiu a outra e vai contar
4) Colegas de trabalho que são um casal mas não deveriam estar junta/os
- Usar o medo, o desconforto, o real, para fazer a ficção.

Exercício #8: O JOGO QUE NÃO EXISTE
Inicilamente em duplas e sem conversar sobre começa-se um jogo que não existe. Joga-se. Depois, ao sinal da/o condutor/a do exercício se conversa a respeito de quais eram as regras. 
Mesclam-se duplas em quarteto e o mesmo de dá. Em grupos de 8. Com todo o grupo junto.
- Observar ao invés de criar, criar. criar... usar o simples e o que se tem
- Reconhecer as regras, adicionar sem negar ou dispensar o que foi criado antes.

Exercício #9: ASSOCIAÇÕES
Sentadas/os em roda. PRimeira a associação é livre. Numa nova rodada, tenta-se achar a regra, o padrão. Ex. Água - Oxigêncio - Átomo - Neutron (até aqui a regra é: o que está contido em) - Letra N (continuamos na mesma regra) - Nariz - Nuca - Norte (mudamos para o palavras que começam com "N") - Neve - Leve - Deve (rimas com eve)...
- Procurar esgotar uma regra antes de mudar
-Achar categorias e delas os pivôs para os momentos de "seca" de ideias: ampliar categorias (ex.: Urso - Leão - Girafa... - Lona - Palhaço... A categoria era animais, e passou a ser circo sem negar ou dispensar a anterior), especificar categorias (ex.: Tubarão - Baleia - Lula - Camarão... A categoria são animais marinhos) ou relamente redirecionar o jogo (como o exemplo do primeiro parágrafo)
- Esse ecercício é baseado na filosofia da UCB: achar algo diferente ou estranho, reagir, identificar, aumentar o risco, explorar o mundo que se criou. Achar o jogo e daí editar.

***

Almoço rápido e delicioso. Volta para a continuação do Workshop

Exercício #10: PASSAR ESTALO
Em roda. Estalam-se os dedos para jogar a "bola", estalam-se os dedos para receber a "bola", um gesto depois do outro, como se houvesse uma bola. Pode quicar, bricnar como se joga, mas manter o ritmo e a ideia de jogar e receber.

Exercício #11: ZIP +USH! AH... + BANG
Em roda. "Zip", com um gesto diagonal com o braço reto a partir do cotovelo, é o comando de se jogar a bola para pessoas do lado. "Ush!" é comando com um gesto de jogar com as duas mãos para jogar para qualquer outra pessoa do círculo que recebe a "bola" com um "Ah..." de alívio e satisfação e continua o jogo. "Bang", gesto com o punho fechado como uma rebatida, devolve a "bola" para quem jogou.

Exercício #12: BUNNY BUNNY
Em roda. Todos batem nas coxas o ritmo enquanto falam, no ritmo, "Bum Chaca".
Com as duas mãos fazendo dois coelhinhos (dedos indicadores e do meio como orelhas), a pessoa fala "Bunny Bunny" movendo os dedos no mesmo ritmo da fala para seus próprios olhos e, mantendo o ritmo, vira as mãos e repete o gesto com "Bunny Bunny" indicando uma nova pessoa, que continuará no ritmo, fazendo pirmeiro apra si e depois para a/o outra/o...
As pessoas dos dois lados diretos de quem faz o "Bunny Bunny" abrem os braços e se sacodem de um lado para o outro falando no ritmo: "TAC TAC"

Exercício #13: SAMURAI
Em roda. A pessoa que está com a "bola" Levanta sua espada samurai fazendo um som. Só pode jogar para putra pessoa quando é fatiada pelas duas pessoas ao seu lado. Então lança a "bola" como um corte de espada para alguém.

Exercício #14: TUDÃO
Juntamos os exercícios 10, 11, 12 e 13. Não simultaneamente, mas numa mudança fluida entre eles.
- Bunny Bunny ganhou mais um comando: Quando a pessoa termina de lançar o "Bunny Bunny", ela gira em seu lugar canatarolando no ritmo: "Eu não sou mais um coelhinho" ("I'm not a little bunny anymore")
- Sentir o momento da mudança e da edição
- Perceber as mudanças e incorporar, não tentar concertar ou ignorar, sem negar o que foi feito antes.

Exercício #15: EDIÇÕES POR ENTRADA EM CENA
- Conversando sobre ferramentas de edição: Sweep, tag Out, funcionais, mas bruscos e artificais.
- Podemos suavisar o Sweep cruzando o palco e começando uma nova cena, ou somente entrando. Como um Fade in, Fade out. Até mesmo uma sensação de "Corta para", mas com Fade. Pode ocorrer o Overlaping (uma cena encima da outra, paralelas e simultâneas), também é suave.
- Confiar e não dirigir.
- A suavidade vai ser atingida quando os espaços entre perosnagens e atrizes/atores for respeitado. Quanto menos invasão, mais suavidade (o que não quer dizer que não possa haver invasão, é um estilo estético de edição).




- Presuma ao invés de duvidar "é uma edição ou uma nova personagens entrando?". Presuma!
- Prontidão nos batidores

Exercício #16: TAG OUT SUAVE
Sem necessidade do toque, só sinalizada pela entrada de perosnagens e o contato visual
- Cilada do TAG OUT: comentar a última cena e não avançar
- Quem fica: presuma! Escolhas fortes!

Exercício #17: NARRATIVA (EDIÇÃO AMELIE)
Inspirado no filme "Amelie Poulin". Link entre duas cenas que não são "conectadas" a partir de narrativas que pintam a próxima cena. Ex.: Duas crianças brincando na casa da árvore sentem o vento bater. Narração: "O vento desprende uma folha do alto que se envolve na dança área por meses e meses até pousar na mão de uma noiva minutos antes de seu casamento, a esperar anciosa o momento no jardim ao lado da capela."
- Dica: assistir ao grupo "Rocket Sugar Factory" por conta dos tipos de edições "cinematográficas". Gael Perrry indicou este link de vídeo do grupo: https://vimeo.com/191303613

Exercício #18: TRANSFORMAÇÃO DE OBJETOS
A partir do trabalho de objeto de uma pessoa em cena (A), (B) entra pega o objeto o mantém por alguns segundos  e o transforma em outro objeto completamente diferente (outra forma, outro uso), (C) entra e faz o mesmo com (B), e (D) com (C)... Até que uma dessas transformações se fixa e começa uma nova cena.
- (B), (C), (D) ficam no palco até a nova cena começar ou simplemente saem quando lhe "roubam" o objeto
- É preciso acontecer ao menos umas 3 transformações antes de se definir uma nova cena. Deixar o código evidente. Só uma transformação, por esemplo, é estranho, e só faz abrir perguntas na plateia que a desconectam do que acontece no palco.
- O ritmo é essencial: dinâmica que contrói uma neblina. Quansod se dá tempo da neblina dssipar e o publico começa a ver ao redor de alguém, uma nova cena já começou
- Transforme os objetos: Pegue-o, transforme-o (ação) e então interaja com o novo

Exercício #19: TRABALHO DE CENAS, FOCO EM EDIÇÕES
Com foco nas edições, usamos todas as que trabalhamos num trabalho em Freeform, podendo acrescentar outras mais também (o que não aconteceu, mas tinhamos essa liberdade).


***

Toma um banho muito rápido e corre para o teatro porque você está no Mix Team daquela noite e você tem que cehgar mais cedo apra saber o que fazer... O que fazer?

Gael Perry (sim, um dia inteiro com ele, hehehe) era nosso líder e...

À Noite: ESPETÁCULOS DO FESTIVAL (cada um com 30min)
1) THE RACING JAYNES (EUA). Duas bailarinas e atrizes improvisadoras. Duas pessoas da plateia as colocam em uma posicão e sorteiam dois mitos inexistentes que elas não tem conhecimento. A plateia escolhe o mito por intensidade de palmas. Elas improvisam entre movimentos/dançados e cenas, azendo conexão e retomando movimentações. Participação do músico improvisador do Festival: Marios Karabotis
2) MIXED TEAM D - liderado por Gael Perry. Eu estava neste Mix Team. A proposta foi a de dividir o time em duplas para que cada dupla tivesse uma cena de 5 minutos para desenvolver inpirada em música tocada ao vivo. Participação do músico improvisador do Festival: Marios Karabotis
- Pressões da cabeça e que ensinamos o contrário às/aos alunas/os: ter que ser boa, impressionar, agradar. Aff! Mas foi divertido, com a certeza que poderia ser melhor e assim seguimos.
3) NOUS (França). É uma proposta de jogo/demonstração de habilidade muito bem costurada em cenas improvisadas. Uma dupla, homem e mulher. A mulher sai do teatro para não ouvir ou ver  as sugestões. A plateia sugere 20, sim 20, coisas que podem ser tocadas, cheiradas, vistas ou sentidas pelo tato, também sugerem o número da lista, e tudo isso é anotado por uma terceira pessoa que não participará das cenas. O improvisaador nunca olha o quadro de anotações, asism como a improvisadora qunado volta. A cena a ser improvisada terá as palavras sugeridas pelo publico, com contexto e na ordem proposta. Algumas das palavras serão ditas pela improvisadora que não sabe de nada, apenas pela indução da cena proposta pelo improvisador. Participação do músico improvisador: Panos Doukas
4) CUTE (Internacional - Nick Byrne). Improvisadoras/es do festival foram convidados apra compor o elenco. Há um apelo ambiental na temática: metade do elenco é ser humano e a outra metade são animais (imrpovisadoras/es usando cabeças/acessórios de cabeça de animais). Também há projeções de fotos de animais ao fundo. Nick Byrne conduz a história como narrador/musa usando ritmo poético. Participação do músico improvisador do Festival: Marios Karabotis

Festa no IMPROVIBE. Dizer adeus à muitas e muitos. Ir ver o sol nascer ao lado da Acrópole... Satisfação, melancolia, vinho, abraços e promessas!


DIA 10/06/2018 - DESPEDIDA E NOVAS AVENTURAS


Às 15h um almoço tardio com quem ainda estava por lá... Foi quando eu cosnegui um tempinho com alguém da Grécia para entrevistar: Billy Kissa. Outras despedidas e preparativos para a viagem à "ilha". 

ISLAND SCAPE. E no último dia e último minuto, com carinho consegui entrevistar Charna Halpern (EUA). Queria entrevistar tanta gente mais, mas também aprovietar o Festival, Escolhas! 

Sobre a ilha... é outra história, outra aventura e muito amor envolvido! Que experiência! Indescritível! Vale a felicidade! Grécia, sua linda! Conexões internacionais! Que venham novos festivais, projetos e reencontros.

E tudo que posso dizer é que aquele meso que me deu ao descer do avião, de estar sozinha e não conehcer ninguém, me voltou como lembrança boba. "Olha só, e eu achando que iria me sentir solitária!" Não aqui. Talvez por ser um Festival de Impro, talvez por ser a Grécia, talvez pelas pessoas, talvez por mim também... Talvez... Fatos de muito acolhimento.

FESTIVAL MOUNT OLYMPROV: Eu recomendo por demais!
http://mountolymprov.com/
A quem interessar possa: 
- o pacote promocional para imrpovisadoras/es, que incluia hispedagme para todos os dias de festival, desconto nos workshops, desconto nos restaurantes afiliados ao festival, cartÃo SIM de celular, brindes, passeios turísticos e entrada para as festas... O pacote saia a 150 euros. 
- O pacote da Ilha saiu a 180 euros incluindo hospedagem na ilha, transporte para a ilha e passeios pré-organizados.
- Teve campeonato de luta de robôs durante o Festival (não consegui ver)
- Teve caça ao tesouro (estava em workshop, não consegui participar)
Enfim, várias atividades para quem não esta ocupada/o com workshops e documentários.


sexta-feira, 1 de junho de 2018

Um Trem Chamado Impro - escutando umas aulinhas na Colômbia

Viajando de avião, metrô, e... Trem! Chegamos eu e Alexandre Heládio na Colômbia para colher entrevistas para o Documentário... ou série de documentários... ou... sei lá... o negócio está crescendo. No caminho para cá, eu passei no México e fui recebida na Casa do Humor para algumas entrevistas, tacos e cerveja na conexão de 9 horas na Cidade do México.

E aqui em Bogotá, assisti um pedacinho de uma das aulas da Maestra japonesa Yuri Kinugawa no IX Diplomado de Improvisação Teatral (Ênfase Long Form). E no observar (e vontade imensa de estar em cena) "apreendi" um formato exercitado pela turma (que por sua vez foi "apreendido" de outro alguém, talvez do Canadá, talvez da Bélgica... a gente se perde nas traduções... e assim se segue este passa-passa de conhecimentos).

O TREM (nomes não importam porque não são os "verdadeiros")



Este é um formato por associações. Como vagões de trem, um momento é ligado ao outro por alguma associações de algo do momento anterior. Pode-se associar com qualquer coisa de qualquer ponto do momento anterior, seja um som, gesto, fala, palavra do início, meio ou final. Os "momentos" podem ser:

MONÓLOGO: 1 pessoa fala diretamente ao publico. É pessoal. Para este formato: sem personagem. 
CENA: desenvolvimento de personagem, lugar, situação, etc.
MOVIMENTO: movimentações abstratas. Não importa a quantidade de pessoas.


Não há uma ordem e nem uma duração estipulada para cenas, monólogos ou movimentações. O "tamanho" do vagão, ou seja, de cada momento, é diferente. Só precisam ser bem definidas para não se confunidrem umas com as outras. 


Pega-se com o publico um título para a improvisação. Assim o primeiro momento será inspirado no título (e pode ser monólogo, movimento ou cena, tanto faz, não há ordem). O segundo momento (que pode ser cena, movimento ou monólogo, tanto faz...) vem inspirado no momento anterior e não no título. é sempre uma associação, uma inspiração do que veio antes.


Quem fez parte do momento anterior não participa do próximo momento. Isso cria uma divisão evidente dos vagões/momentos e permite a participação de todas/os. Por exemplo: Se (A) fez um monólogo, e (B) e (C) entram fazendo uma movimentação inspirada no monólogo de (A), (A) pode até usar a movimentação para fluir sua saída, mas sai, pois não stá no próximo momento. E (B) e (C) não estarão no próximo momento que é um monólogo de (D) inspirado na movimentação de (B) e (C). (D) não estará na cena seguinte inspirada em seu monólogo e realizada por (A) e (B)...


Buscar com os momentos a variedade: gêneros, espaços, quantidade de pessoas, duração, etc. (lembrei aqui do exercício de  YING YANG com Holly Laurent no curso I LOVE IMPROV no Second City. Vide publicação do dia 12/04/2018: Construindo as tensões - I LOVE IMPROV - Dia 2 de 4)

Como a caminhar pelo trem, os momentos são sempre novos vagões, nunca voltam. Por exemplo, uma cena é completa em si, não iremos ter uma aprte dela, depois um monólogo, e a continuação da cena depois. Ela não voltará. Assim como o monólogo ou uma movimentação.

Porém. quando o trem pára, quando as criações de novas cenas páram, todas as portas dos vagões se abrem e todas/os descem do trem. Então, neste formato, quando se chega ao final, tudo que foi feito volta. E aí sim, cenas podem ter continuidade, ou também só serem lembradas ou referênciadas. Um monólogo pode ter um fechamento ou um gancho com o título da improvisação. Esta volta de tudo, pode ser uma coisa de cada vez, como uma descidatranquila do trem, ou ter/ser caótica com mistura de momentos.

Defini-se anteriormente a duracão da improvisação para se definir quando o final começará. Exemplo: 1 hora de improvisação, começando às 19h. Então às 19h50 começará a ser criado o final.


O Diplomado de Improvisação Teatral realmente é um projeto riquíssimo para o estudo e investigação teatral em si. Em improvisação, obviamente, mas no questionar-se sobre o que e como estamos fazendo e percebendo o que fazemos em teatro. Com o intercâmbio do que se está percebendo e fazendo por aí, esse trem Mundo. Que o documentário traga essa vibração "intercambiar" do Diplomado.

Vontade bem grande de estar no próximo... Para quem tem interesse é sempre entre o período de abril e junho com professoras/es daqui e de fora, cada ano com ênfase em algum tema. E aqui estou, na vontade de participar algumas vezes, vibrando que se expande, contamine outros países e nos aprofundemos em pesquisa e Impro.

Este trem está me levando para lugares e questionamentos que me parecem naturais, amigos antigos, mas que se conectam e se mostram à luz pela primeira vez. Amanhã já deixo Bogotá na madrugada. Alexandre Heládio fca aqui para colher mais entrevistas. Eu volto a Los Angeles para trocar de malas e partir para o festival Mount Olymprov na Grécia! Tentarei relatar o mais constante possível sobre os workshops, as questões estéticas e de estrutura dos espetáculos e demais experiências improváveis do Festival. Mas paciência... respire e suba no trem aproveitando os meus minutos de silênio também!